Oncologista alerta que amamentar
protege contra o câncer
Agosto é considerado
o mês de conscientização sobre o aleitamento materno e a Organização
Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde instituíram a semana de 1 a 7 de
agosto como a Semana Mundial da Amamentação. O objetivo é incentivar o
aleitamento materno e a criação de bancos de leite para melhorar a
qualidade de vida de crianças.
Em todo o mundo, apenas
38% das crianças são amamentadas. No Brasil, 41%. Conforme a
Organização Mundial da Saúde, a meta global a ser atingida até 2025 é de que
pelo menos 50% dos bebês recebam o aleitamento materno até o sexto mês de vida.
Um dos avanços, desde o ano passado, para alcançar esta meta, foi a lei
sancionada pelo Congresso Nacional, que institui o mês de agosto como o “Mês do
Aleitamento Materno”, que passa a ser chamado de “ Agosto Dourado”.
Segundo Hélio
Pinczowsky, oncologista do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior
centro privado do país na assistência oncológica, com 10 mil atendimentos por
mês, estudo publicado sobre mulheres da Comunidade Europeia, sugere que parte
do aumento da incidência de câncer de mama se deve a queda na amamentação.
“As evidências de
associação da amamentação com proteção, em todas as idades, para o câncer de
mama são bastante consistentes. Os pesquisadores também têm sugerido uma
relação de redução da incidência de câncer de ovário e endométrio com a prática
da amamentação devido a redução da exposição de níveis elevados hormonais que
estão ausentes durante a amamentação”, explica o oncologista do Hemomed.
O médico acrescenta
que a amamentação reduz os tumores nos bebês por reduzir o risco de
obesidade e consequentemente tumores relacionados a esta situação como câncer
de endométrio, mama na pré e pós menopausa, esôfago, cólon e
pâncreas. Além disso, o leite materno fortalece a imunidade, diminui
os riscos de alergias e combate a anemia, sendo fator importante na diminuição
da mortalidade infantil.
Outro item bem influente
é o tempo que as mães amamentam os filhos. A cada cinco meses de
amamentação, o risco de a mãe desenvolver câncer de mama diminui em 2%. Estudos
demonstraram que quanto maior o tempo de duração da amamentação maior o fator
de proteção que essa prática representa para a saúde da mulher, sendo que o
tempo mínimo de amamentação acumulada seria de 12 meses.
Câncer de mama é o de
maior incidência nas mulheres
Segundo dados do
Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre
mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por
25% dos casos novos a cada ano.
No Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, o
câncer de mama é o de maior incidência nas mulheres com 300 pacientes em
tratamento quimioterápico e hormonioterápico.
Foto: divulgação