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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Prevenção é a melhor maneira de evitar a disseminação da AIDS




Médica infectologista Anelise Pezzi Alves destaca que a população precisa fazer uso dos métodos que impeçam a contaminação pelo vírus causador da doença, o HIV


Nos últimos 30 anos, a AIDS deixou de ser uma doença fatal e passou a ser tratável. Ainda assim, os casos de transmissão do vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, seguem crescendo em todo o mundo. Anualmente, cerca de 28 milhões de pessoas recebem o diagnóstico positivo para HIV no planeta, sendo que, no Brasil, são registrados 40 mil novos casos por ano. Esta situação preocupa a médica infectologista, sócia da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e que atua no Hospital Conceição e no Posto de Saúde do IAPI, em Porto Alegre, Anelise Pezzi Alves. Na avaliação da especialista a prevenção segue sendo o meio mais eficaz de evitar a propagação do vírus que causa a doença, mas é importante que a população tome consciência disso e faça uso da camisinha em suas relações. Além disso, o uso de preservativo é considerado o método mais eficaz para se prevenir contra outras doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e alguns tipos de hepatites que podem ser assintomáticas e evoluir para cronicidade. Convém ressaltar, ainda a Gonorréia, que está demonstrando resistência aos antibióticos usuais. Portanto, torna-se cada vez mais necessário e imprescindível o uso de preservativo.

- Os jovens estão iniciando sua vida sexual mais cedo, mas nem sempre contam com a devida orientação para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Por isso, a faixa da população entre 16 e 24 anos representa o grupo com maior incidência dos casos de contaminação pelo HIV nos últimos anos. Entre os jovens de 20 a 24 anos, por exemplo, a taxa de HIV positivo subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos por 100 mil habitantes em 2015 - destaca.

Anelise Pezzi Alves ressalta que este crescimento pode ser explicado por fatores como os jovens não buscarem os serviços de saúde e, em muitas situações, negarem sua condição de soropositivo. Para a médica, é preciso inovar a comunicação com este tipo de público, falando seriamente do quanto a doença prejudica a vida de cada pessoa contaminada.

- Ainda que não seja mais totalmente fatal, que possa ser tratada com os medicamentos existentes, a AIDS é uma doença crônica que traz consequências danosas para o paciente. Como dezembro se caracteriza por ser o mês de Luta contra a AIDS, precisamos disseminar cada vez mais informações sobre suas causas e seus efeitos prejudiciais - lembra a especialista.

A médica aponta, também, como prevenção necessária o não compartilhamento de seringas e instrumentos cortantes, salientando que a sobrevida ao vírus obtida nas últimas décadas não pode servir de fator para que as pessoas deixem de se prevenir. Também é importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para fazerem os exames que detectam a doença.

- Quanto mais rápido fizermos o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar o tratamento e evitar a mortalidade. É importante salientar que o tratamento aos soropositivos é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e que as pessoas devem começar a se tratar o mais rápido possível, a fim de conviver com o vírus da melhor maneira possível - enfatiza Anelise Alves.

Os medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus HIV no organismo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico são fundamentais para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS. Mas o tempo de sobrevida é indefinido e muda de pessoa para pessoa.

- Continuo afirmando que a prevenção é o melhor caminho. O tratamento, os medicamentos, eles estão à disposição da população. Mas é uma ação complexa que necessita de acompanhamento médico para avaliar como o organismo se adapta ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em acatar as recomendações médicas, pois nem sempre é fácil seguir em frente nessa hora. Então, não custa nada se proteger - finaliza a associada da AMRIGS.
A AMRIGS está engajada no mês de Luta contra a AIDS, dando continuidade ao projeto "Saúde Preventiva: Pratique essa Ideia!", que busca orientar a população sobre a necessidade de se prevenir e de buscar orientações contra uma série de enfermidades. A ação está apoiada na educação e na prevenção, com o objetivo de promover o conhecimento sobre a medicina preventiva e levá-lo à sociedade gaúcha.



César Moraes




Câncer de pele: diagnóstico, tratamento e prevenção



Só quem sente na pele, literalmente, o câncer de pele sabe o quanto é importante a palavra prevenção. A doença é agressiva e deixa marcas físicas e psicológicas, independentemente da parte do corpo que atinge. Por isso, é constante a preocupação de profissionais e entidades no sentido de esclarecer a população sobre os riscos e da necessidade de estar atento a qualquer sinal da patologia.
No Hospital Daher Lago Sul, esse trabalho de conscientização não para, por meio do serviço de Oncologia, que oferece aos pacientes o que há de moderno quanto à prevenção, diagnóstico e tratamento. A oncologista Dra Karin Kok, que faz parte da equipe do hospital, entende que esse trabalho de esclarecimento é diário. “Nós precisamos pecar pelo exagero, pela insistência, pelo incessante trabalho de informar as pessoas. Quanto mais esclarecidas e mais cientes elas ficam dos riscos, mais elas sabem da necessidade de se cuidar”, afirma.
Para ter uma ideia, o Hospital Daher Lago Sul investe esforços nos avanços surgidos nos últimos anos para os pacientes com neoplasia de pele, especialmente aqueles com o subtipo melanoma. As cirurgias minimamente invasivas com melhores resultados estéticos e sem comprometer a parte terapêutica, as técnicas de radioterapia conformacional em três dimensões, que minimizam efeitos colaterais ao tratamento irradiante, os tratamentos de tumores de pele sem bisturi, por meio de maquinário de última geração, são alguns dos exemplos que se encaixam na nova tendência.
Quer saber mais sobre o câncer de pele? Acessou o local certo. Aqui, a Dra. Karin Kok esclarece vários aspectos relacionados à doença.
Carcinoma basocelular (CBC):
Tem esse nome porque se origina nas células basais e representa cerca de 75% dos casos de câncer de pele diagnosticados. Ele acomete principalmente pessoas de meia idade e idosos. O desenvolvimento ocorre lentamente em regiões mais expostas ao sol, como costas, ombros, rosto, orelhas, pescoço e couro cabeludo. Nas áreas que recebem pouca incidência dos raios solares, não é tão visto. A forma mais observada é de uma lesão avermelhada, brilhosa e com crosta central que na maioria dos casos sangra com facilidade. Como raramente se espalha, é facilmente tratado apenas com cirurgia. 
Carcinoma espinocelular (CEC)
Representa 20% dos casos e, desta forma, é o subtipo que ocupa o segundo lugar na prevalência de neoplasias de pele. É mais frequente em homens e começa nas células escamosas da pele. Pode atingir todas as regiões do corpo, porém, é mais visto em áreas expostas ao sol. Esse oferece mais perigo pela capacidade de invadir o tecido gorduroso e atingir os linfonodos (gânglios linfáticos) e outros órgãos. Apresenta-se como verrugas ou feridas que não cicatrizam e, ocasionalmente, podem sangrar. Somente em algumas situações exige tratamento suplementar à cirurgia.
Melanoma
Representa 5% dos casos. Menos frequente e menos ofensivo? Pelo contrário. Esse é o tipo que possui o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Quando descoberto no início as chances de cura podem chegar a 90%. Ele surge nos melanócitos (células que produzem melanina, pigmento que dá cor à pele) e aparece, geralmente, em áreas com maior exposição solar. Tudo começa com uma pinta ou sinal aparentemente inofensivo. Ele chama a atenção quando cresce, muda de cor ou sangra.
Tem grande potencial de metastatização, por isso requer uma avaliação especial e individual de cada paciente que geralmente é feita em conjunto com a Oncologia Clínica e a Cirurgia Oncológica. Dependendo do tamanho do tumor e o nível de infiltração nos tecidos adjacentes, há necessidade de realizar procedimentos como exames de imagem, cirurgias com margens mais amplas e retirada dos primeiros linfonodos da cadeia de drenagem do tumor. As situações mais graves exigem tratamentos sistêmicos com quimioterapia, imunoterapia e radioterapia.
Vale ressaltar que novos medicamentos lançados nos últimos anos pela indústria farmacêutica, alguns já disponíveis no Brasil, têm conseguido aumentar a sobrevida global naqueles onde a doença já é metastática.
Pelas características apresentadas de cada subtipo, percebe-se que a exposição solar excessiva é um dos principais fatores causadores da doença. Profissionais que tomam muito sol, por conta da atividade que exercem, podem ser considerados grupos de risco, como agricultores e vendedores ambulantes. Tem como principal alvo as pessoas de pele clara com tendência a queimaduras solares, cabelos loiros ou ruivos, olhos claros e sardas.
Em geral, a suspeita da doença começa pelo próprio paciente que percebe lesões no corpo e procura o profissional. Durante a consulta e o exame físico, o especialista avalia as características das lesões e pode indicar a exérese (retirada) daquelas que considerar uma suspeita para neoplasia. O que confirma na verdade o diagnóstico e seu subtipo histopatológico é sempre a biopsia, que permite confirmar a neoplasia e classificar o tipo de câncer.
O foco deve estar sempre na prevenção e, nesse sentido, há cuidados que precisam fazer parte do dia a dia:
- usar protetores solares diariamente, independentemente de estar exposto ao sol. Espalhar o produto principalmente em áreas como rosto, orelhas, pescoço e braços;
- tornar um hábito a utilização de chapéus e óculos escuros. As camisas de manga longa também são grandes aliadas;
- evitar exposições prolongadas ao sol, principalmente em horários de maior intensidade. Preferir os intervalos das 8h às 10h e depois das 16h;
- evitar bronzeamentos artificiais. Estudos científicos apontam essa prática como fator de risco para o câncer de pele melanoma;
- observar a presença de sinais e pintas no corpo. Qualquer alteração, procurar o médico;
- visitar pelo menos uma vez ao ano o oncologista ou o dermatologista. São profissionais com capacitação para diagnosticar e tratar a doença.
Câncer de Pele (Números)
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no país. O Inca estima que, até o fim deste ano, no Brasil, sejam registrados 175.760 novos casos, 80.850 em homens e 94.910 em mulheres. No Distrito Federal, a estimativa (2016) é de:
Câncer de pele não melanoma
Homens: 96,23 casos para cada 100 mil homens
Mulheres: 101,74 casos para cada 100 mil mulheres
Melanoma:
Homens: 3,78 casos para cada 100 mil homens
Mulheres: 3,30 casos para cada 100 mil mulheres


Dra. Karin Kok - natural de Não Me Toque (RS). Formou-se pela Faculdade de Medicina do Planalto Central (Faciplac). Fez Residência Médica em Oncologia, na Santa Casa de Belo Horizonte (2010). Em 2016, passou a integrar a equipe médica da Oncologia do Hospital Daher Lago Sul, no Distrito Federal.

Hospital Daher Lago Sul
(61) 3213-4848
SHIS QI 07 - F - Lago Sul - Brasília/DF



Estudo identifica os novos valores dos brasileiros em tempos de crise



Levantamento feito pela agência Dim&Canzian cria termo “Transparencidade” (junção de “transparência” e “cumplicidade”) para definir os valores mais importantes nesse momento de Brasil


Olhar os brasileiros de perto e perceber como a crise está influenciando as suas vidas. Com este objetivo, a agência Dim&Canzian realizou um estudo nacional para entender os novos valores dos brasileiros em novos tempos, novas tecnologias e mudanças sociais.

O levantamento foi feito nas cinco regiões do Brasil e entrevistou, em profundidade, dezenas de brasileiros, somado à metodologia de etnografia. Foram 16 mil quilômetros percorridos, mais de 40 horas de voo e mais de 50 horas de entrevistas gravadas pela equipe da Dim&Canzian.

Os resultados trouxeram 10 big insights em áreas como saúde, alimentação, redes sociais, relacionamentos, consumo, mobilidade, além dos principais valores que vêm ganhando força e que movem as pessoas.

“Essa pesquisa veio com a missão de decifrar o que estão pensando os brasileiros desses muitos ‘Brasis’ que há no Brasil e nos trazer uma leitura contemporânea desse momento tão singular que estamos vivendo, globalmente”, explica Samantha Barbieri, Diretora de Planejamento e Pesquisa da
Dim&Canzian e também curadora do estudo.

O retrato desta nova sociedade pode ser definido em 10 “big insights”:


1 - Relações: Em tempos de incerteza econômica, os brasileiros estão estreitando os laços e apertando o nó. Sair de casa ficou mais caro, mas nem por isso as pessoas pararam de se ver ou celebrar suas conquistas. As reuniões em casa, em torno da mesa para comer e beber com amigos e parentes, ganham força; assim como as relações familiares. “Menos consumo se traduz em mais relações”, conta Samantha.


2- Consumo consciente: Em tempos de crise, quem comprava por impulso passou a pensar duas vezes antes de adquirir supérfluos. A preferência é pelos itens básicos para casa. A recessão criou uma alavanca para o consumo mais consciente. Outra tendência é a procura maior por produtos usados e a venda direta entre amigos e vizinhos. A internet também impulsionou esta tendência, com sites que oferecem produtos de segunda mão com preço convidativo. A tendência da cultura maker, do faça-você-mesmo, ganha força. O mercado de assistência técnica aumenta porque as pessoas têm interesse em consertar ou reformar os produtos. “As marcas começam a ser responsáveis pelo ciclo de vida dos aparelhos. Elas terão de lidar com o um novo ciclo do produto: o pós vida útil”, ressalta Samantha. A questão da mobilidade também ganha destaque: os carros estão sendo deixados de lado porque as pessoas não podem mantê-los, em um primeiro momento. Depois, as pessoas aderem a esse novo mindset de mobilidade e encontram outras maneiras de se locomover pelas cidades.


3 - Saúde: o investimento em saúde é o último gasto que o brasileiro considera cortar ou reduzir. Ter um plano de saúde se mantém como prioridade, já que a rede pública continua não transmitindo confiança para os usuários. Como alternativa, começa a surgir um segmento de atendimento express em clínicas e consultórios com preços populares.


4 - Alimentação: produtos industrializados estão perdendo espaço para comida feita em casa com alimentos mais saudáveis. Este crescimento vem promovendo um boom na demanda por conteúdo culinário na TV e no YouTube.


5 – Redes sociais: Em um mundo onde as pessoas não são ouvidas e se sentem cada vez mais sem voz, as redes sociais ganham status de palanque e militância, gerando empoderamento. Com a crise, as mídias sociais também viram alternativa de entretenimento possível.


6 - Marcas: os consumidores dependem cada vez menos das marcas para formar sua identidade e têm paixão por empresas que entreguem um serviço além do seu business. A crise tem gerado oportunidades para marcas novas, sem histórico. “Não se aplica só a produtos de consumo. Startups em todos os segmentos vêm ganhando espaço. Até mesmo no setor financeiro, onde conquista principalmente, os jovens”, complementa Marcio Canzian, Chief Media Officer da Dim & Canzian.


7 - Geração de renda: a segunda e até terceira fonte de renda estão se tornando comuns em tempos de recessão. As pessoas estão transformando hobbies e expertises em negócio, com versatilidade e criatividade.


8 – Sonhos e medos: o maior medo é o de FRACASSAR. Ainda assim, o maior sonho é ter tempo e, consequentemente, tranquilidade. O brasileiro quer “ser”, mesmo que para isso precise “ter” menos. “As pessoas têm aderido ao home office, elas querem ter mais flexibilidade no trabalho”, destaca Samantha.


9- Futuro do Brasil: se pudessem mudar um único aspecto do País seria a educação. A resposta foi unânime: 100% dos entrevistados destacaram este quesito quando falam e pensam em novos valores para o futuro.


10 - Valores: Transparência e Cumplicidade foram os dois valores que mais se destacaram entre os entrevistados. Este novo brasileiro quer transparência dos partidos políticos, das operadoras de telefonia, do síndico; e cumplicidade de quem está ao seu lado e das marcas com as quais se relaciona. Para definir a importância destes valores e do exercício deles, foi criada a palavra “Transparencidade”. “A palavra não existe no dicionário, mas já está no coração do brasileiro. Só tomamos a liberdade de criar um nome”, reforça Michele Dim Dippolito, Chief Creative Officer da Dim & Canzian.





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