Kultivi surgiu para democratiza conhecimento de idiomas, empreendedorismo e para exames; instituição conta com aproximadamente 40 mil acessos diários em seus 134 cursos gratuitos, que somam mais de 5 mil aulas
Um estudo da PwC mostra que a economia
compartilhada deverá movimentar mundialmente US$ 335 bilhões em 2025 – o número
é 20 vezes maior do que o obtido em 2014, quando o segmento foi responsável por
US$ 15 bilhões. Parte desse valor estará nas grandes empresas de economia
colaborativa, como o Airbnb e a 99, mas também em novos negócios, caso da
curitibana Kultivi (www.kultivi.com), uma plataforma de ensino
gratuita, que conta com 134 cursos em diferentes áreas, como idiomas,
empreendedorismo, medicina, ENEM e OAB – ao todo, soma mais de 5 mil aulas
distintas.
“Após 8 anos no mercado de edição de material
didático e cursos preparatórios para concursos, observamos que o modelo de
negócios predominante – com os usuários pagando pelos cursos – estava perdendo
fôlego. Desse insight, surgiu a ideia de buscar um novo modelo, no qual os
usuários contassem com conteúdo de primeira, mas sem a necessidade de
pagamento”, afirma Cláudio Matos, um dos sócios da Kultivi, ao lado dos
empresários Ricardo Pydd, Emir Conceição e
Carlos Siaudzionis.
A Kultivi estima que cerca de 15 milhões de
pessoas já conheceram seus serviços. Hoje, 4,8 milhões de alunos estão
cadastrados na plataforma. A empresa conta também com 645 mil inscritos no canal
de YouTube – com avaliações positivas em mais de 99% das aulas. Por dia, a
audiência segue com média de 40 mil usuários, somando acessos via site,
aplicativo e canal no YouTube.
“Na plataforma, a maioria dos usuários busca
cursos de idiomas, especialmente o inglês”, diz Matos. Uma pesquisa da Catho
apontou que somente 5% dos brasileiros falam um segundo idioma, sendo que menos
de 3% - o equivalente a 1,5 milhão de pessoas - têm proficiência na língua. Com
o domínio de um segundo idioma, o aumento do salário pode chegar a 52%, segundo
o levantamento da companhia.
Até o último mês de abril, a Kultivi contava com
2.265.000 alunos no curso principal de inglês, que oferece 225 aulas e
materiais de apoio, e 156.000 alunos no curso de inglês 2.0. Os cursos de
francês e italiano também seguem ativos: o primeiro conta com 76 aulas e
436.000 alunos, enquanto o curso italiano básico soma 37 aulas e 170.000
alunos, e o curso italiano completo (básico ao avançado) reúne 82 aulas e
82.000 alunos.
Outro perfil que busca o conteúdo é o de
estudantes interessados em realizar provas de exames, como o Enem ou a OAB.
“Logo em seguida, aparecem os alunos buscando conteúdo para o Enem. No YouTube,
a maioria dos usuários é de estudantes universitários, especialmente de Direito,
que buscam as aulas em época de provas e exames para revisar os assuntos”,
relata Matos.
Empreendedorismo
Uma das novidades recentes da plataforma são as
formações específicas para a área de negócios, especialmente o
empreendedorismo. A criação e a sobrevivência de novos negócios podem
contribuir para que a economia dê o salto de crescimento esperado para os
próximos anos. “Se as pessoas tiverem um mínimo de conhecimento técnico para
gerir seus empreendimentos, a vida de todos tende a melhorar muito nos próximos
anos”, projeta Cláudio Matos.
De 2007 a 2023, o número de empreendedores no
Brasil cresceu significativamente: saltando de 14,6 milhões para cerca de 90
milhões de pessoas com algum envolvimento com empreendedorismo, segundo o
Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado em parceria com o Sebrae.
Como é possível gerar conteúdo de forma gratuita
para os estudantes?
A lógica de funcionamento é simples. A plataforma
é mantida pela venda de espaços publicitários para marcas parceiras que acreditam
no projeto, além da captação de recursos na iniciativa privada. “São empresas
que querem desenvolver educação de qualidade no Brasil e atrelar sua marca a
esse projeto”, explica o sócio da Kultivi.
Entre os professores, encontram-se aqueles com experiência
em instituições de ensino públicas e privadas, com titulações elevadas, como
mestres e doutores, assim como jovens educadores com uma didática mais
dinâmica, especialmente para os cursos preparatórios para os exames.

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