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terça-feira, 4 de junho de 2024

LIPEDEMA: CONHEÇA OS PRIMEIROS PASSOS PARA IDENTIFICAR ESSA CONDIÇÃO

Nesse mês de conscientização do lipedema, médica cirurgiã vascular comenta a importância do diagnóstico, e como identificar a doença.
 

Você sabe o que é lipedema? Essa é uma condição que vem levantando muitas questões nos últimos anos, isso porque ela pode ser facilmente confundida com a famosa celulite. Segundo levantamento da Universidade Paulista (USP), uma em cada dez mulheres sofre com o lipedema no mundo e, no Brasil, 5 milhões convivem provavelmente com essa condição e não sabem. Por isso, junho é o mês de conscientização do lipedema, visando levar mais pessoas ao conhecimento da doença, bem como suas causas e seus tratamentos. 

Segundo a médica cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Carol Mardegan, o lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura inflamada nos membros inferiores e braços. “A condição, também conhecida como a síndrome da gordura dolorosa, está relacionada a um hormônio feminino, o estrogênio. Por isso, momentos específicos da vida da mulher, como puberdade, gestação, uso de anticoncepcionais, tratamentos para engravidar e menopausa, tendem a ser gatilhos. Já na celulite, o acúmulo de gordura é difuso pelo corpo e não se observa dor ou sensibilidade ao toque da pele. 

Para te ajudar a identificar, conversamos com a Dra. Carol Mardegan que destaca os primeiros passos para identificar o lipedema, veja:
 

1 - Conheça os sintomas: como mencionado pela Dra. Carol, lipedema é caracterizado pelo acúmulo de gordura desproporcional e simétrico nas extremidades, diferente da celulite, ele possui sintomas peculiares, sendo eles: dor ao toque, sensação de peso nas pernas, tendência a hematomas e, em estágios avançados, mobilidade reduzida. A identificação precoce desses sinais pode facilitar um diagnóstico mais rápido.
 

2 - Observe as diferenças: é importante reforçar, que essa condição é muitas vezes confundida com obesidade, celulite ou linfedema, porém o lipedema tem características distintas. Enquanto a obesidade causa um acúmulo uniforme de gordura, o lipedema afeta apenas áreas específicas, como: pernas, braços, quadris e nádegas. Diferenciar essas condições é crucial para buscar o tratamento correto.
 

3 - Histórico familiar: o lipedema pode ser um resultado da hereditariedade. Se há casos de lipedema na família, é importante estar atento aos sintomas e procurar orientação médica especializada para avaliação e possíveis testes genéticos.

 

4 - Consulta com especialista: caso suspeite de lipedema, procure um médico especializado em doenças vasculares. O diagnóstico é clínico e pode ser complementado por exames de imagem para descartar outras condições e confirmar a presença da condição.

 

5 - Busca por informação: por fim, educar-se sobre o lipedema é um passo importante. Existem diversas organizações e comunidades online dedicadas ao apoio e disseminação de informações sobre a condição. Participar desses grupos pode proporcionar suporte emocional e compartilhar experiências pode ser benéfico para outras pessoas.

 

Carol Mardegan -Graduada em medicina pela Universidade de Taubaté, com residência médica em Cirurgia Vascular pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especialização Fellowship em Cirurgia Endovascular. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular buscando sempre os melhores resultados através das modernas técnicas minimamente invasivas.


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