Nesse mês de conscientização do lipedema, médica cirurgiã vascular comenta a importância do diagnóstico, e como identificar a doença.
Você sabe o que é lipedema? Essa é uma condição que vem levantando muitas questões nos últimos anos, isso porque ela pode ser facilmente confundida com a famosa celulite. Segundo levantamento da Universidade Paulista (USP), uma em cada dez mulheres sofre com o lipedema no mundo e, no Brasil, 5 milhões convivem provavelmente com essa condição e não sabem. Por isso, junho é o mês de conscientização do lipedema, visando levar mais pessoas ao conhecimento da doença, bem como suas causas e seus tratamentos.
Segundo a médica cirurgiã vascular e
membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV),
Carol Mardegan, o lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo
desproporcional de gordura inflamada nos membros inferiores e braços. “A
condição, também conhecida como a síndrome da gordura dolorosa, está
relacionada a um hormônio feminino, o estrogênio. Por isso, momentos
específicos da vida da mulher, como puberdade, gestação, uso de
anticoncepcionais, tratamentos para engravidar e menopausa, tendem a ser
gatilhos. Já na celulite, o acúmulo de gordura é difuso pelo corpo e não se
observa dor ou sensibilidade ao toque da pele.
Para te ajudar a identificar,
conversamos com a Dra. Carol Mardegan que destaca os primeiros passos para identificar
o lipedema, veja:
1 - Conheça os
sintomas: como mencionado pela Dra. Carol,
lipedema é caracterizado pelo acúmulo de gordura desproporcional e simétrico
nas extremidades, diferente da celulite, ele possui sintomas peculiares, sendo
eles: dor ao toque, sensação de peso nas pernas, tendência a hematomas e, em
estágios avançados, mobilidade reduzida. A identificação precoce desses sinais
pode facilitar um diagnóstico mais rápido.
2 - Observe as
diferenças: é importante reforçar, que essa
condição é muitas vezes confundida com obesidade, celulite ou linfedema, porém
o lipedema tem características distintas. Enquanto a obesidade causa um acúmulo
uniforme de gordura, o lipedema afeta apenas áreas específicas, como: pernas,
braços, quadris e nádegas. Diferenciar essas condições é crucial para buscar o
tratamento correto.
3 - Histórico
familiar: o lipedema pode ser um resultado da
hereditariedade. Se há casos de lipedema na família, é importante estar atento
aos sintomas e procurar orientação médica especializada para avaliação e
possíveis testes genéticos.
4 - Consulta com
especialista: caso suspeite de lipedema, procure um
médico especializado em doenças vasculares. O diagnóstico é clínico e pode ser
complementado por exames de imagem para descartar outras condições e confirmar
a presença da condição.
5 - Busca por informação: por fim, educar-se sobre o lipedema é um passo importante. Existem diversas organizações e comunidades online dedicadas ao apoio e disseminação de informações sobre a condição. Participar desses grupos pode proporcionar suporte emocional e compartilhar experiências pode ser benéfico para outras pessoas.
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