Estudo de profissionais do Sabin Diagnóstico e
Saúde destaca importância da identificação do tipo de vírus nos casos graves de
síndromes respiratórias
A
chegada do frio traz a reboque as temidas doenças respiratórias, por conta dos
ambientes mais fechados e da imunidade abalada pela friagem. Quando a gripe é
muito forte, ir ao pronto-atendimento se torna uma necessidade, e é nessa hora
que a testagem simultânea para influenza A, B e H1N1 se faz essencial. Essa é a
conclusão do estudo "Perfil Epidemiológico dos Testes Rápidos de Influenza
em Hospitais e Unidades Ambulatoriais Brasileiras: Insights da Rede de
Medicina Diagnóstica e Saúde entre 2019 e 2023", publicado no International
Journal of Biological and Natural Sciences.
Conduzido
por biomédicos e bioquímicos hospitalares do Sabin Diagnóstico e Saúde, o artigo
levantou informações sobre a prevalência da influenza em pacientes de unidades
hospitalares e ambulatoriais nos quais o Sabin atua. “Nossos dados mostraram a
necessidade de se ampliar a vigilância por especialidades no pós-covid e
reforçaram a importância da testagem rápida como ferramenta de triagem em
urgências e emergências”, assinala o biomédico Henrique Kappel, gerente
hospitalar do Sabin. Ele é o principal autor do trabalho, ao lado de Saulo
Valente, Regis Silva e Henrique Almeida, partes integrantes do grupo de trabalho
e líderes responsáveis pelo atendimento e pela realização dos exames dos quase
20 hospitais no Brasil em que o Sabin atua.
O
estudo avaliou solicitações de testes rápidos, realizados pelo Sabin
Diagnóstico e Saúde, que rastreiam simultaneamente os três sorotipos. A partir
de um banco de dados interno, sem identificação individual, foram analisadas
solicitações médicas por testes rápidos de influenza para os sorotipos A, B, e
H1N1 e comparados os resultados de janeiro de 2019 a abril de 2023.
No
período abordado, houve uma prevalência do sorotipo A, com exceção de 2023,
quando o grupo B predominou (58,1%). Casos de H1N1 foram detectados em 0,1% dos
testes. A menor demanda coincidiu com os períodos de pico de covid-19, enquanto
o ápice de pedidos pelo teste ocorreu no primeiro trimestre de 2022.
“A
principal motivação do estudo foi a circulação concomitante à covid de outros
agentes virais no período, o que despertou a atenção para surtos regionais. A
testagem foi determinante para o diagnóstico diferencial de covid e para
descartar outras infecções virais, gerando desfecho clínico favorável devido ao
monitoramento e tratamento direcionado”, afirma Kappel.
Vacinação | Segundo o Boletim Infogripe da Fiocruz, publicado em 16 de maio, em 2024 foram notificados mais de 53 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 47,4% ocasionados por algum vírus, especialmente o sincicial respiratório (VSR), o SARS-Cov-2 e a influenza. Para os sorotipos prevalentes (A ou B) da influenza há vacina disponível no sistema público e na rede privada. “Vale a pena buscar com a vacinação a proteção e a diminuição do risco de agravamento da doença, evitando o risco de internação e, eventualmente, de morte”, alerta Kappel.
O estudo dos profissionais do Sabin avaliou 4.257 testes em 27 cidades brasileiras, de pacientes com idade média de 26,8 anos. A prevalência de positividade foi constante, sem diferença significativa ao longo do período estudado, com média de 8,6%. Em 2023, o percentual chegou a 10,6%, a mais alta dos cinco anos do estudo, sendo 239 testes positivos (contra oito, em 2019), o que demonstra maior circulação do vírus. “Apesar da atenção que se voltou ao novo coronavírus, não podemos negligenciar outras doenças infecciosas, como a influenza, que podem causar impacto significativo na saúde pública”, completa Kappel.
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