As infecções podem
ser virais ou bacterianas, mas seus sintomas podem ser muito semelhantes
Com a chegada dos dias mais frios, muitas pessoas
se queixam de dores na garganta que podem ser muito incômodas. Mas quais são as
causas dessas dores e o que fazer para evita-las? O médico
otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ronaldo Américo
responde algumas dessas dúvidas.
O especialista explica que as dores de garganta são
processos inflamatórios ocasionados em aproximadamente 80% por infecções virais,
porém a origem bacteriana deve ser sempre considerada. Ronaldo detalha que, por
serem transmitidas através do ar, o período de inverno acaba favorecendo a
disseminação dessas infecções. “Neste período do ano há maior circulação de
vírus que ocasionam infecções do Trato Respiratório Superior. No inverno as
pessoas buscam ambientes fechados e com menor circulação de ar, favorecendo a
transmissão destes patógenos”, detalha ele.
Os sintomas de dor de garganta, de diferentes
causas, podem ser bastante semelhantes. O médico afirma que a dor pode ser de
intensidade variável e pode estar associado a outros sinais e sintomas como
mialgia (inflamação que gera dor muscular), astenia (perda ou diminuição da
força física), febre, obstrução nasal, coriza, otalgia (dor de ouvido) e
irritação ocular. Segundo ele, a presença de pus nas amígdalas pode indicar uma
infecção bacteriana, embora também possa estar presente em infecções virais.
“As faringites podem apresentar uma variabilidade
muito grande na intensidade e duração de seus sintomas. A maior parte dos casos
são autolimitados, de curta duração e apresentam resolução espontânea. No
entanto, em alguns casos mais graves elas podem evoluir para dor intensa,
náuseas e vômitos, queda do estado geral e desidratação, necessitando inclusive
internação hospitalar para tratamento, entre estes dois espectros, porém, pode
haver uma infinidade de outras possibilidades. ”, destaca Ronaldo Américo.
O especialista indica que parte dos casos de
infecções virais pode evoluir de forma desfavorável para uma infecção
bacteriana secundária, evoluindo com complicações como as sinusites agudas,
tonsilites agudas (amigdalites e adenoidites), otites médias e agudas,
laringites e traqueítes.
Para todos os pacientes que apresentem este tipo de
afecção as principais recomendações são: dietas mais leves, incremento na
hidratação, repouso, além de evitar a ingestão de alimentos muito gelados
durante este período. O consumo de chás quentes também pode contribuir para
amenizar o desconforto. “Em relação aos medicamentos, o uso de
anti-inflamatórios e analgésicos ajuda a diminuir a intensidade dos sintomas.
Mas, caso o diagnóstico seja de uma provável infecção bacteriana, o uso de um
antibiótico será requerido”, detalha.
Para além deles, alguns medicamentos específicos
também podem contribuir com o tratamento das dores de garganta: os colutórios
(para gargarejo), que diminuem o desconforto para engolir favorecendo a
manutenção da alimentação e hidratação; os nutracêuticos, os lisados
bacterianos e outros imunoestimulantes como a Timomodulina que são capazes de
estimular o sistema imunológico e auxiliar na cura e/ou recorrência das
infecções do Trato Respiratório Superior.
Ronaldo Américo recomenda que os usos de medicamentos sejam feitos sob supervisão médica. “A intensificação dos sintomas, como aumento exagerado da dor, febre alta, intensa dor no corpo, náuseas e vômitos persistentes, falta de apetite e dificuldade para engolir são sinais de alerta para uma evolução desfavorável destes quadros de dor de garganta. Procure atendimento médico”, finaliza.
Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br
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