Risco de ter o
problema intensifica a partir dos 40 anos
A doença
arterial coronariana (DAC) é um dos principais problemas cardíacos que afeta a
população mundial e brasileira, está entre as doenças cardiovasculares e
doenças crônicas responsáveis pela alta taxa de mortalidade no mundo.
O
Dr. Ronaldo Barroso Chaves, cardiologista do Hospital VITA, em Curitiba,
explica que a DAC se caracteriza pela redução do fluxo sanguíneo nas artérias
coronárias e que ocorre devido a diversos fatores de risco, dentre eles a
disfunção endotelial - alterações do endotélio dos vasos sanguíneos,
caracteriza-se por menor produção e biodisponibilidade de óxido nítrico.
O
médico acrescenta que ocorre uma obstrução intermitente ou fixa do fluxo
coronariano, o que ocasiona um suprimento sanguíneo inadequado para as
necessidades do tecido miocárdico. Essa obstrução pode ocorrer de forma
progressiva ou de forma súbita.
Problemas
como as dislipidemias (alteração do colesterol), aterosclerose e a hipertensão
arterial sistêmica (HAS) apresentam, em sua origem, ou em seus mecanismos
fisiopatológicos, alterações na função endotelial.
No
Brasil, o estudo “AFIRMAR” (Avaliação dos Fatores de Risco para Infarto Agudo
do Miocárdio no Brasil) apontou o tabagismo, diabetes mellitus, razão cintura-quadril,
história familiar de DAC, lipoproteína de baixa densidade (LDL) colesterol e
HAS como os principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio (IAM)
no país.
De acordo com dados do Estudo de Framingham, para um adulto de 40
anos de idade, o risco de desenvolver essa condição durante a vida é de 49%
para homens e 32% para mulheres.
Diagnóstico
O
Dr. Ronaldo explica que o diagnóstico da doença arterial coronariana pode ser
realizado por meio da história clínica da pessoa, existência de alguns sintomas
e com o auxílio de exames complementares, como:
-
Sensação de aperto no coração;
-
Desconforto que se espalha pelo corpo, em regiões como costas, pescoço, nuca,
ombros e braços (especialmente o esquerdo);
-
Dor recorrente e de intensidade variada, que dura alguns minutos, desaparece e
retorna;
-
Eletrocardiograma;
-
Ecocardiograma;
-
Teste ergométrico;
-
Cintilografia do miocárdio;
-
Angiotomografia;
-
Coronariografia (“cateterismo”).
Tratamento
O médico
destaca que o tratamento da DAC tem dois objetivos: combater a placa de
aterosclerose e melhorar o fluxo sanguíneo pela coronária. O cardiologista
complementa ainda que assim como outras doenças cardiológicas, a primeira etapa
é a mudança de hábitos, como:
-
Dieta com menor teor de gordura e carboidratos simples, além do
aumento do consumo de fibras, vitaminas e fitoquímicos;
-
Manter um peso ideal;
-
Praticar atividade física regularmente;
-
Evitar o tabagismo;
-
Reduzir o consumo de álcool.
- Ácido acetilsalicílico (AAS) e clopidogrel - medicações que
reduzem a atividade plaquetária, diminuindo o risco de o sangue obstruir a
artéria;
- Estatinas (sinvastatina, rosuvastatina e atorvastatina, por
exemplo) - redução do colesterol e da inflamação e crescimento da placa de
gordura.
Prevenção
Quanto à
prevenção, o especialista enfatiza que é possível prevenir por meio da mudança
do estilo de vida, como praticar atividade física e seguir uma dieta saudável.
Hospital VITA
www.hospitalvita.com.br
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