Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) tem por objetivo mostrar o que é a doença, diminuir estigma e promover inclusão de pacientes
A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) lançou campanha para conscientizar as pessoas sobre a doença celíaca, que é uma reação imunológica à ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio. O objetivo da campanha é mostrar a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de seguir uma dieta sem glúten para controlar a condição. “Muitos acham que não consumir glúten é uma modinha atual, mas não, a doença celíaca é grave e merece atenção.”
Além disso, a campanha visa diminuir o estigma em torno da doença e promover a inclusão de pessoas com doença celíaca na sociedade, pois a prevalência dela no país é significativa e muitos casos ainda podem estar subdiagnosticados.
A legislação brasileira reconhece a importância da dieta sem glúten para as pessoas com doença celíaca, garantindo o acesso a alimentos específicos em programas de alimentação escolar e em unidades de saúde. No entanto, ainda há desafios em garantir que todas as pessoas com doença celíaca tenham acesso a uma dieta adequada e em educar a população sobre a importância da dieta sem glúten para o controle da doença.
“Informar a população é necessário para que as pessoas com a condição recebam o diagnóstico e tratamento adequados”, explica dr. Áureo Delgado, coordenador da campanha da FBG. Além disso, a conscientização pode ajudar a evitar a exposição involuntária ao glúten e a garantir que as pessoas com doença celíaca tenham acesso aos alimentos e serviços adequados. “Além da população, também é importante que profissionais da saúde reconheçam a doença e orientem os pacientes sobre os cuidados necessários.”
Os sintomas geralmente incluem diarreia e/ou constipação, dor abdominal, flatulência, náusea, vômitos, empachamento, perda de peso e baixa estatura (em crianças). A condição também pode causar outros problemas de saúde, como anemia, osteopenia, osteoporose, depressão, ansiedade, enxaqueca, ataxia, dermatite herpetiforme, amenorréia e infertilidade.
Estima-se a prevalência mundial da DC em 1% da população.¹ De acordo com uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2018 a Doença Celíaca (DC), porém, muitos pacientes são assintomáticos e só são diagnosticados durante uma triagem, mesmo quando são submetidos a um questionário pormenorizado, e apesar de terem presença de lesões intestinais características. Uma dieta sem glúten conduz muitas vezes à melhoria na qualidade de vida, até em pacientes considerados assintomáticos no momento do diagnóstico. Isto apoia a continuação da restrição dietética a longo prazo.
A doença celíaca é comum em todo o mundo e sua prevalência aumentou significativamente nos últimos 20 anos. Esse aumento aconteceu, em parte, graças às melhores ferramentas diagnósticas e à avaliação profunda dos indivíduos considerados de alto risco para o transtorno. A doença celíaca ainda representa um iceberg estatístico, com muito mais casos não diagnosticados do que diagnosticado. A prevalência nos países ocidentais é de cerca de 1% da população geral, mas está aumentando substancialmente em outras partes do mundo. No Brasil a prevalência é de 1,66: 1000.
A predominância da doença é maior entre
mulheres, mas homens também são afetados. A doença celíaca é hoje conhecida por
afetar todas as faixas etárias, inclusive os idosos. Mais de 70% dos novos
pacientes são diagnosticados em pacientes acima dos 20 anos. O risco de ter
doença celíaca é muito maior em parentes de primeiro grau (até 10%) de
portadores diagnosticados, em pessoas com diabetes mellitus tipo 1 e outras
doenças autoimunes, Síndrome de Down e outras doenças associadas.
https://campanhas.fbg.org.br/maio-verde/
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