Esses tumores causam 10 mil mortes por
ano no Brasil, de acordo com o Ministério da SaúdeFreepik
O câncer de cabeça e pescoço é o quinto tipo mais incidente no Brasil e causa cerca de 10 mil mortes por ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Ele se desenvolve na cavidade oral, faringe, laringe e tireoide e pode atingir os seios da face, glândulas salivares e linfonodos localizados no pescoço.
A preocupação dos especialistas para essa doença é a falta de
informação a respeito dos sintomas, que podem ser confundidos com doenças
comuns e recorrentes, como por exemplo gripe ou dor de garganta.
“Os sintomas de alerta para procurar um especialista são o
surgimento de lesões na cavidade oral ou nos lábios, que apresentem sangramento
ou estejam crescendo, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas e
demais regiões da boca, nódulos no pescoço, rouquidão, entre outros”, afirma o
Dr. Fábio Feio, oncologista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) e
especialista neste tipo de câncer.
Tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição ao sol e gordura corporal excessiva são os principais fatores de risco quando se trata desse tumor. A infecção pelo vírus HPV também está relacionada com casos que afetam a orofaringe.
O médico do IPC também afirma que 76% dos cânceres de cabeça e
pescoço são descobertos em fase avançada: “Isso impacta o tratamento e a
mortalidade da doença, que se diagnosticada precocemente, tem 80% de chance de
cura”, comenta o Dr. Fábio.
Tratamento
Os tratamentos para os tumores que envolvem as áreas de cabeça e pescoço consistem na realização de cirurgias, radioterapia combinada ou não com quimioterapia e a utilização de imunoterapia a depender do estágio da doença após avaliação médica especializada.
O oncologista do IPC ainda salienta que muitos casos precisam
também de suporte nutricional, reabilitação de fonoaudiologia e mudanças
bruscas no estilo de vida, caso o paciente seja fumante, sedentário e
consumidor assíduo de bebidas alcoólicas.
“A vacinação das crianças contra o HPV, entre os 9 e os 14 anos,
também é muito importante para evitar o surgimento. Se atentar para qualquer
alteração nas regiões mencionadas e visitar regularmente dentistas e
especialistas é essencial”, finaliza o Dr. Fábio Feio.
Instituto Paulista de Cancerologia (IPC)
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