As peças úmidas e o calor do verão facilitam a reprodução em excesso do fungo causador da candidíase
O uso de biquíni molhado por horas é um dos
principais vilões da saúde vaginal no verão. O motivo está na combinação da
umidade da roupa de banho associada às temperaturas altas da estação, que pode
facilitar o desenvolvimento da candidíase. São sintomas da infecção ardência,
coceira e corrimento esbranquiçado da vagina.
A candidíase é uma infecção causada na maioria das
vezes pelo fungo Candida albicans. O micro-organismo geralmente está presente
no microbioma vaginal sem causar incômodos. Porém, em condições de alta umidade
e temperatura, reproduz-se em excesso, gerando problemas ginecológicos. Por
isso, durante os períodos mais quentes - que devem se tornar ainda mais
frequentes devido às ondas de calor intenso -, o ideal é evitar o uso da peça
molhada por longos períodos.
O ginecologista do Hospital do Servidor Público
Estadual (HSPE) e encarregado pelo Setor de Patologia do Trato Genital
Inferior, Dr. Ilzo Vianna Júnior, aconselha a levar peças secas para substituir
o biquíni molhado após os banhos de piscina e mar. “É aconselhável evitar o uso
constante de tecido sintético e de absorventes diários, pois dificultam a
ventilação da região genital e facilitam a reprodução do fungo. Outra dica é
dormir sem roupas íntimas.”, explica.
Também facilitam a ocorrência da candidíase
condições como sistema imunológico debilitado, pacientes em tratamento com
medicamentos imunossupressores, antibióticos e corticoides, além do
diabete.
O diagnóstico da candidíase é realizado a partir de
exame ginecológico. A análise é essencial para identificar o fungo e descartar
outras infecções ou doenças com sintomas semelhantes. O tratamento é feito com
medicamentos antifúngicos e os incômodos são suavizados em poucos dias.
Atenção! A candidíase não é considerada uma
infecção sexualmente transmissível (IST). O problema pode ser desenvolvido por
desequilíbrios de causas variadas no microbioma vaginal. Porém, quando o
problema está sintomático, pode, sim, ser passado para o parceiro no sexo.
Instituto de Assistência
Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe
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