Entenda a
diferença e os sintomas do Transtorno de Ansiedade, Síndrome do Pânico e
Depressão
O Brasil é o país mais ansioso do mundo de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS). São 18,6 milhões de pessoas, o que
equivale a 9,3% da população nacional. Com o isolamento social, o medo e as
incertezas econômicas geradas pela pandemia do novo coronavírus, o quadro tem
se agravado ainda mais. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP) aponta crescimento importante na busca por suporte médico,
tanto de pacientes novos, quanto daqueles que já haviam recebido alta.
Os diagnósticos mais comuns são Transtorno de
Ansiedade, Síndrome do Pânico e Depressão. As causas são variadas, mas foram
agravadas, em sua maioria, devido à mudança de hábitos ocorrida nos últimos
anos. “A correria do dia a dia, excesso de tecnologia e informações e também a
falta de conexão consigo mesmo, têm levado as pessoas a um empobrecimento do
autocuidado, gerando privação do sono, autocobrança, ansiedade, estresse,
alterações de humor, assim como dificuldade na regulação emocional”, aponta a
psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, Ana Paula Zanardi.
Cada paciente precisa ser avaliado individualmente,
para identificação do problema, construção do tratamento e identificação dos
gatilhos que desencadeiam as crises. Segundo a psiquiatra credenciada da Paraná
Clínicas, Dra. Priscila Hage Bonicontro, “casos leves podem ser conduzidos
apenas com psicoterapia. Já os casos moderados a graves, requerem uso de
medicamentos específicos e podem ser aliados a psicoterapia” para o alívio do
sofrimento emocional.
Além do tratamento convencional, é importante
aprender a administrar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia,
incluindo na rotina atividades que gerem prazer. “Cuidar do organismo
proporciona saúde mental. Por essa e outras razões, devemos manter hábitos
saudáveis e praticar atividades físicas regularmente, inclusive porque estudos
demonstram que a liberação de hormônios e outras substâncias são importantes
para a manutenção do humor”, reforça a psiquiatra.
Você sabe a diferença?
A ansiedade é um sentimento normal e benéfico para
o ser humano. É uma resposta do organismo para um momento de perigo ou alguma
situação diferente e pode ser traduzida como um “friozinho na barriga”. “O
problema é quando esse sentimento se torna mais intenso e constante, trazendo
sofrimento e prejuízo social para o indivíduo, deixa de ser ‘normal’ e passa
ser considerado doença e deve ser tratado de forma correta”, explica a
psiquiatra, Dra. Priscila.
Transtorno de Ansiedade: mal-estar e
estresse causados por medos, preocupações excessivas ou antecipações de
problemas que ainda não aconteceram e talvez nem aconteçam, estão entre os
primeiros indícios de que a ansiedade ultrapassa os níveis saudáveis. Durante
as crises, podem surgir sintomas físicos como pupilas dilatadas, batimentos
cardíacos e respiração aceleradas, aumento da pressão arterial e também dos
níveis de glicose no sangue.
Síndrome do Pânico: ocorre
quando as crises de ansiedade começam a ganhar intensidade e frequência. “É o
medo de ter uma crise e não conseguir ser socorrido em lugares muito abertos ou
com muitas pessoas, por exemplo. Os sintomas podem variar desde tonturas e
vertigens, aumento da respiração e palpitações, sensações de nervosismo e
pânico incontroláveis, até sensação de iminência de morte”, contextualiza Dra.
Priscila.
Depressão: é caracterizada pela perda ou
diminuição do interesse e prazer pela vida, gerando angústia, tristeza, choro
fácil, desesperança, prostração, isolamento social, pensamentos pessimistas,
alterações do sono e apetite, entre outros sintomas. “A depressão não promove
apenas a sensação de ‘infelicidade crônica’, mas pode provocar alterações
fisiológicas, como prejuízo no sistema imunológico e o aumento de processos
inflamatórios”, completa a psiquiatra.
Paraná Clínicas
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