Dra. Marcella
Marinho possui especialização na área e descreve como é realizado o tratamento
para esse problema
Problemas de saúde feminina acontecem o tempo todo
e é necessário estar sempre atenta no que se refere ao bem estar de forma
geral. Por isso, é fundamental que consultas e exames estejam em dia. Dessa
forma, é possível tratar doenças que possam acarretar qualquer situação
desagradável no dia a dia e também ao longo da vida.
Esse é o caso da Síndrome de Ovários Policísticos
(SOP), que impacta milhões de mulheres entre os 15 e 45 anos de idade em todo o
mundo e pode causar estresse. A ginecologista e especialista no tema, Dra.
Marcella Marinho, revela que esse problema infelizmente não pode ser evitado.
“A SOP pode ser minimizada e controlada, mas não evitada, por ser uma doença de
origem genética. Atualmente, é o foco de muitas pesquisas da área médica, mas
não existe uma resolução quanto ao impedimento desse transtorno ocorrer”,
explica.
No entanto, é possível alinhar que existem alguns
agravantes para a condição, como o bisfenol A, alguns medicamentos e a
obesidade. E embora seja comum em mulheres com excesso de peso, esse não é um
critério para apontar um diagnóstico. Entre os sintomas mais comuns está a
irregularidade menstrual, sinais de excesso de hormônios androgênicos no corpo
(acne, pele oleosa, excesso de pelos, escurecimento da pele e alopecia) e
múltiplos pequenos cistos nos ovários que são detectados pela ultrassonografia.
Para o diagnóstico da síndrome é necessário que o
médico realize uma avaliação completa com anamnese, exames físicos,
laboratoriais e de imagem, isso porque existem outras doenças que podem causar
os mesmos sintomas. Os exames obrigatórios de sangue incluem um perfil
hormonal, glicêmico e a ultrassonografia. “É fundamental que todas as pacientes
com SOP façam o rastreamento para dislipidemias e diabetes, uma vez que a
síndrome oferece riscos de apresentar outros distúrbios, como resistência
insulínica, hipertensão, obesidade, síndrome metabólica e doenças
cardiovasculares”, relata Dra. Marcella.
Além de menstruação irregular e problemas
hormonais, as complicações causadas pela síndrome de ovários policístico podem
ir mais além, provocando o risco de infertilidade em casos que não há o
tratamento adequado. “Algumas mulheres podem sim engravidar sem tratamento,
porque a ovulação ocorre mesmo que de maneira irregular, já outras talvez
necessitem a indução da ovulação por meio de medicação. Para uma gravidez
saudável, o ideal é realizar a avaliação pré-concepcional e conversar com o
médico para minimizar transtornos durante a gestação”, ressalta a especialista.
Segundo a médica, o tratamento é individualizado e
dependendo da gravidade e também dos objetivos da paciente, uma vez que a
queixa de acne é diferente da dificuldade para engravidar. Ela também destaca a
importância da prática de exercícios físicos, visando evitar sobrepeso, que é
um dos fatores de risco.
Marcella Marinho - especialista em ginecologia e
obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO). É pós graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo
Hospital do Servidor Estadual (IAMSPE), em Sexualidade Humana pela USP e em
Ciências da Longevidade Humana – Grupo Longevidade Saudável. Realiza acompanhamento
preventivo de mulheres, priorizando o atendimento integral em todas as fases da
vida, da adolescência até a menopausa. Como obstetra, dedica-se em estar junto
a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para
mais informações, acesse @dramarcellamarinho, por e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com
ou através do telefone 11 93429.0805
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