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Segundo a FGV Social, quase 63% da renda dos idosos são provenientes de pensões e aposentadorias; mas o cenário de contas a pagar é desafiador
Atualmente, o Brasil registra um intenso
envelhecimento populacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a população nacional acima dos 60 anos de idade triplicou
nos últimos 50 anos, passando de 5,8% na década de 70 para 18,8% em 2020.
Esse fenômeno, amplamente registrado em
diversos países do mundo, tem diferentes fatores entre os motivos, sendo os
mais destacáveis: a menor taxa de fecundidade, isto é, de nascimentos e a
melhora no processo de envelhecimento, em termos de saúde do idoso, velhice
assistida, aumento do salário mínimo, seguridade social, aposentadoria e
outros.
A expectativa de vida de um brasileiro,
ao nascer, já ultrapassa os 75 anos de idade, e deve continuar se elevando com
o passar do tempo. No entanto, quando falamos em finanças para idosos, alguns
pontos merecem ser analisados:
Idosos
enquanto alicerces financeiros
Conforme dados de uma recente pesquisa
feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 21% dos aposentados brasileiros continuam
ativos no mercado de trabalho. Desse total, 47% afirmam que o fazem por
necessidade financeira. A pesquisa ainda revela que 91% dos aposentados
brasileiros ajudam ativamente no orçamento familiar, e 43% são os principais
responsáveis pelo sustento da casa.
Idosos
enquanto pagadores
Segundo um recente estudo da Serasa
Experian, os consumidores com 60 anos ou mais são os pagadores mais pontuais do
empréstimo pessoal, embora tenham direito ao crédito e ao cartão consignado. De acordo com o levantamento feito no
mês de maio deste ano, a população componente desta faixa etária, teve uma taxa
de pontualidade de 91,3%, representando o maior índice na comparação com os
demais grupos de idade. Além disso, os idosos brasileiros que pagam suas
parcelas de crédito em dia estão acima da média nacional, que é de 85,8%.
Família
de idosos em situação de crise
De acordo com dados da FGV Social, quase
63% da renda dos idosos são provenientes de pensões e aposentadorias, o que
garante estabilidade às famílias por meio da regularidade do ganho. No entanto,
a pandemia de Covid-19 provocou a transformação desse cenário: com o óbito de
idosos, principal parcela da população afetada pelo vírus SARS-CoV-2, a falta
de renda a essas pessoas acabou levando muitas famílias ao endividamento e,
como consequência, ao empobrecimento.
Todos os pontos analisados refletem um impacto em grande parte da população nacional, idosa ou não. Portanto, vale rever alguns hábitos no tratamento ao dinheiro no período de terceira idade, de forma a respeitar a aposentadoria ou descanso remunerado daqueles que trabalharam a vida toda e, agora, precisam de apoio.
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