Ações de prevenção
e tratamento precoce das infecções são essenciais para reforçar a qualidade do
tratamento, seja em casa ou no ambiente hospitalar
Quando um paciente precisa ser hospitalizado, as
primeiras preocupações da equipe médica e assistencial giram em torno do
diagnóstico correto e da terapia adequada para cada caso. Mas durante todo o
período de permanência dentro do hospital, existem outras metas a serem
batidas, como as relacionadas à segurança do paciente. Isso não significa que
toda pessoa que ficar internada terá um vigia ao lado de sua cama fiscalizando
todas as suas ações, por exemplo. O objetivo é reforçar a qualidade do
atendimento, evitando intercorrências que possam levar a complicações ou a
extensão do tempo de cuidado.
São seis pontos de atenção constante: 1. a
identificação correta do paciente; 2. comunicação efetiva; 3. uso seguro dos
medicamentos e hemocomponentes; 4. cirurgia segura; 5. prevenção de quedas e
lesões de pele; e, talvez a mais importante de todas, 6. a prevenção de
infecções. Mas por que os quadros infecciosos preocupam tanto a equipe médica
de um hospital? Segundo a gerente de Qualidade do Hospital Santa Cruz, a
infectologista Dra. Adriana Blanco (CRM-PR 19.294, RQE 325), isso acontece
devido à rapidez com que esses quadros evoluem, podendo levar o paciente à
óbito.
“Por isso, aplicamos o protocolo de prevenção de
sepse, que antes era chamada de infecção generalizada. Com essas diretrizes,
conseguimos avaliar precocemente os sinais de deterioração clínica e iniciar o
tratamento precoce com antibióticos para os casos suspeitos”, detalha a médica.
A equipe está sempre alerta e acompanha de perto todos os pacientes, mas
existem alguns perfis que demandam mais atenção. Entre eles, estão as crianças,
os idosos, os portadores de doenças crônicas e os imunossuprimidos. “Nesses pacientes,
os casos de infecção tendem a evoluir com ainda mais rapidez”, completa.
Você sabia que a sepse não ocorre apenas no
hospital?
Exatamente. Por ser um conjunto de manifestações
graves e atingir todo o organismo, a infecção pode acontecer em qualquer
momento e não apenas em pacientes internados. “É preciso ter em mente que
qualquer tipo de infecção é preocupante, mas o mais importante é estar atento
aos sintomas clínicos que indicam um agravamento do quadro, como falta de ar,
redução da produção de urina, tontura ou alteração do estado mental com
confusão, agitação ou sonolência. Esses podem ser encarados como os principais
marcadores de disfunções orgânicas”, explica Dra. Adriana.
E como saber qual a hora de procurar um médico?
De acordo com a infectologista do Hospital Santa
Cruz, os primeiros sintomas são aqueles associados à fonte de infecção
normalmente: tosse devido à pneumonia, dor abdominal se o foco for uma
apendicite, por exemplo. Em paralelo, pode ocorrer febre e aumento das frequências
cardíaca e respiratória. Mas o mais importante é: “toda suspeita de sepse deve
ser encaminha ao hospital para investigação”, enfatiza a médica. Ou seja, com
esse cenário, é hora de procurar o pronto-socorro.
Hospital Santa Cruz
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