Pesquisa inédita mostra que 73,5% dos brasileiros entrevistados usam plataformas como Netflix, Globoplay e Amazon Prime
Pesquisa realizada pela
divisão de Mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, com foco em
hábitos e tendências do consumo digital, revela que 42,8% dos brasileiros
entrevistados assistem a conteúdos de streaming todos dias, enquanto outros
43,9% tem essa prática ao menos uma vez por semana. Apenas 2,5% das pessoas
declaram nunca assistir algo por este meio. O estudo foi realizado no dia 30 de
junho e abrange os hábitos e comportamentos desses brasileiros ao longo das
quatro semanas do mês.
O levantamento aponta
que o vídeo por streaming lidera como meio preferido entre os entrevistados: 73,5%
dos que responderam afirmaram usar plataformas como Netflix, Globoplay e Amazon
Prime, enquanto 63,8% utilizam sites de vídeos como YouTube e Vimeo, 61,5% TV
aberta e 54,9% TV a cabo.
Os números da Nielsen e
Toluna deixam claro que, entre os mais jovens, as plataformas de streaming são
ainda mais fortes: 77,2% dos respondentes entre 24 a 35 anos usam estes
serviços e, entre 16 a 23 anos, o percentual é de 76,8%. Por outro lado, a TV a
cabo é a favorita para os entrevistados com mais de 56 anos (65,7%), enquanto a
TV aberta é uma opção bastante considerada pela faixa de 46 a 55 anos (62,9%).
Entre os serviços
utilizados, dois gigantes lutam pela dianteira: YouTube (89,4%) e Netflix
(86,6%), seguidos de Amazon Prime (40,2%), Globoplay (25,5%), Instagram TV
(18,8%), Telecine Play (18,6%), HBO Go (14,3%) e Google Play (12,3%). Os demais
serviços, como Apple TV, Globosat Play, Net Now, e Youtube Premium não chegaram
a 10% da preferência.
Antes mesmo da pandemia
da COVID-19, que impôs o isolamento social, o Brasil já figurava entre os dez
maiores mercados consumidores desses conteúdos no mundo. Com as restrições, os
números do levantamento da Nielsen Brasil deixam ainda mais evidente que é um
segmento em expansão no país. Como explica a líder de Mídia da Nielsen, Sabrina
Balhes.
"Os conteúdos sob
demanda realmente se tornaram companheiros da população nos momentos mais
complicados da pandemia. Neste sentido, a qualidade e variedade do conteúdo
oferecido pelas plataformas de vídeos e áudios é chave para atração e retenção
de mais consumidores", afirmou Sabrina.
SMARTPHONES SE DESTACAM COMO DEVICES PREFERIDOS PARA CONSUMO DE
STREAMING E COMPRAS ONLINE
Neste novo mundo de
consumidores ligados em vários aparelhos e conteúdos ao mesmo tempo, os
smartphones se destacam. Eles não são apenas os devices preferidos para
assistir vídeos, como seu momento de pico coincide com o ápice das compras
online. O horário do dia que concentra maior venda no e-commerce no Brasil, das
9h às 15h, com 28,6% das vendas digitais, é também onde o smartphone tem
liderança entre os devices mais utilizados: 86,2%, muito à frente de
laptop-notebook (62%), desktop (40,4%), SmartTV (39,5%), consoles de jogos
(17,1%) e tablets (17%).
Os smartphones seguem de
perto as grandes telas de TV na hora de ver vídeos de streaming ou baixados da
internet. Enquanto os aparelhos de TV são a preferência de 76,6% dos
pesquisados, os telefones respondem por 64,8%, à frente de
laptop/notebook/desktop (56,3%), tabletes (18,2%) e consoles de jogos (13%).
Segundo Renata Bendit,
líder do time de Satisfação do Cliente na América Latina da Toluna, o conforto
de assistir aos conteúdos em uma tela grande ainda prevalece, mas os hábitos
estão mudando: “As pessoas também foram conquistadas pela facilidade de
realizar atividades em seu dia a dia utilizando os aplicativos para smartphones
– sejam eles para fazer compras, realizar um atendimento de telemedicina ou
acessar os serviços de streaming de vídeo e de música. Os consumidores estão
preferindo realizar essas operações em apps em vez de usar o acesso pelos
sites”, afirmou.
Neste ambiente, a maior
parte dos entrevistados não se sente incomodada com a publicidade durante o
surto da Covid-19: 21,3% disseram estar muito confortável com anúncios durante
a pandemia, e outros 22,5% responderam se sentir pouco confortável. Por outro
lado, um grupo de 29,9% dos entrevistados apontaram ser “neutros” sobre a
questão. Apenas 11,9% se classificaram como muito desconfortáveis com a
publicidade em tempos de coronavírus e 15,4% um pouco confortável.
METODOLOGIA
A Nielsen Mídia e a
Toluna - fornecedora de insights sobre consumidores sob demanda - entrevistaram
1.260 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de
classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa,
onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês.
Estudo feito com pessoas acima de 16 anos, de todas as regiões brasileiras, com
3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança. A coleta
de dados ocorreu no dia 30 de junho de 2020, considerando as quatro semanas
anteriores à sua aplicação, e em algumas questões somente na semana anterior
(entre 24 e 30 de junho).
Nielsen
Toluna
tolunacorporate.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário