- Pesquisa C6 Bank/Datafolha revela que, de cada dez brasileiros,
três reconhecem que poupança tem rendimento desfavorável, mas continuam
achando que a caderneta é um bom investimento
- 48% dos entrevistados não poupavam antes da pandemia e continuam
sem guardar dinheiro, percentual que vai a 66% entre nas classes D/E
- Pesquisa também revela que 15% das pessoas pararam de
investir por causa da pandemia do coronavírus
De cada dez brasileiros, um terço (33%) afirma que a poupança ainda
é um bom investimento, mesmo rendendo menos que a inflação, segundo pesquisa C6
Bank/Datafolha. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de
0,24% em agosto de 2020. Já a poupança (considerando as aplicações feitas a
partir de 4 de maio de 2012) rendeu 0,13% em agosto.
“Durante o Império, a poupança de fato era o investimento mais
seguro do Brasil, porque havia uma garantia do Estado. Esse histórico ajuda a
explicar a confiança dos brasileiros na aplicação. Hoje em dia, o panorama mudou.
Outros produtos, como CDB e LCI, contam com a mesma garantia do FGC (Fundo
Garantidor de Créditos) que a poupança tem”, diz Liao Yu Chieh, educador
financeiro do C6 Bank.
Na pesquisa, que mediu a percepção dos brasileiros sobre
investimentos, quase metade dos entrevistados (48%) afirmaram que não investiam
antes de pandemia e que continuam sem guardar dinheiro. Entre os entrevistados
menos escolarizados, esse percentual chega a 66%.
Por outro lado, 17% dizem que estão guardando mais dinheiro que
antes. Esse percentual atinge 28% entre os brasileiros com ensino superior. A
pesquisa também mostra que 11% estão economizando a mesma quantia e 7% continua
investindo, mas aplicam um valor menor que do costumavam fazer. Do total de
entrevistados, 15% relatam ter parado de guardar dinheiro por causa da
pandemia.
Segundo o Datafolha, a pandemia parece
não ter afetado tanto a parcela da população que já tinha o costume de poupar
ou investir, visto que a maior parte dessas pessoas manteve ou aumentou o total
que guarda habitualmente. No entanto, a situação se agrava quanto mais baixa é
a escolaridade e o poder aquisitivo da população, indicando um possível efeito
de aumento na desigualdade – os menos favorecidos já representavam a maioria
entre que não tinham condições de poupar e, entre as pessoas com menor que
conseguiam investir, parte perdeu a possibilidade.
Entre os entrevistados, 19% não souberam se posicionar sobre o
tema investimentos, percentual que sobe para 32% entre as pessoas com ensino
fundamental e entre os integrantes das classes D/E.
A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 31 de agosto de 2020, com
base em 1.536 entrevistas nas cinco regiões brasileiras. A margem de erro
máxima para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para
menos, considerando um nível de confiança de 95%.
C6 Bank
Nenhum comentário:
Postar um comentário