Organizações que
não estabelecerem relações de mais cuidado com seus stakeholders, tendem a ter
vida curta neste novo contexto socioeconômico
A
discussão sobre o desenvolvimento das relações centradas no ser humano,
sobretudo no ambiente de trabalho, foi acelerada após a pandemia da Covid-19
evidenciar a necessidade de um olhar mais humano das empresas. Para o Instituto
Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), que incentiva, ajuda e inspira
empresários e empreendedores a aplicar os princípios do capitalismo consciente
em suas organizações, a empresa é um organismo vivo e o processo de construção
ou revisão de seus elementos culturais gera um propósito, princípios e
comportamentos que estão na tensão entre como as coisas são e como se deseja
que elas fossem.
“Um
bom processo de transformação cultural passa pela manifestação de um propósito
maior que emerge do coletivo de uma organização, em especial de suas
lideranças; bem como através da manifestação de princípios fundamentais e
comportamentos que tangibilizam a cultura desejada”, argumenta Dario Neto,
diretor geral do ICCB.
A
temática acerca do capitalismo consciente e as empresas humanizadas
definitivamente caminha com força para o centro das discussões nos ecossistemas
de negócios e as lideranças têm se aproximado do assunto pelos mais diversos
motivos. “Qualquer líder de organização que já percebeu que este não é
mais um jeito de fazer negócios e investir, mas sim o único jeito capaz de
viabilizar prosperidade coletiva e sustentável, dado o contexto de absoluta
urgência e emergência quando se fala da agenda climática e da desigualdade
reinante que se acentua no planeta. Alguns se interessam, pois já perceberam
que o não-alinhamento a essa nova ordem nos negócios pode ser fatal nos
próximos 10 a 15 anos, enquanto outros se interessam pois têm interesse genuíno
em co-construir essa nova economia e acreditam fortemente que negócios podem
ser agentes de mudança e impacto socioambiental positivo”, complementa.
Ainda
segundo Neto, apesar da mudanças observadas, ainda estamos no início de uma
adoção massiva dos negócios e do capital à abordagem capitalista consciente,
logo temos empresas nas mais distintas fases e nos mais diferentes temas em sua
jornada de consciência. “Aquelas organizações, no entanto, que não iniciarem
sua jornada de transformação para estabelecer relações de mais cuidado com seus
stakeholders, tendem a ter vida curta neste novo contexto socioeconômico do
mundo. Horas das pessoas alocadas no trabalho e dinheiro para consumo são cada
dia mais atos políticos; são votos. Quem não fizer por merecer, irá perder mais
e mais ‘votos’ ano após ano”, conclui o diretor geral do ICCB.
Instituto Capitalismo Consciente Brasil
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