Vivemos um momento único na história recente do País. Momento que requer uma união muito grande de todos os setores da sociedade. É hora de unir o executivo, o legislativo e o Judiciário para olhar para o País e fazê-lo crescer. Essa união deve favorecer um raciocínio em torno de questões básicas: O que pode ser feito para que o Brasil volte a crescer? O que pode ser feito para que a indústria passe a gerar emprego, contribuindo para a diminuição do número de pessoas desempregadas.
Precisamos de novos investimentos, precisamos de
uma reforma tributária e precisamos atuar tornando o sistema
tributário mais simples para aumentar a produtividade, competitividade e
inovação de quem empreende e quer crescer no Brasil.
Então é hora de deixarmos de pensar em nossos próprios
umbigos e unirmos esforços para que o Brasil volte a crescer. Não interessa se
temos uma indústria, um comércio, ou uma empresa prestadora de serviços. Não
importa se somos trabalhadores ou empresários, temos que defender o Brasil, o
crescimento e o desemprego que é perverso e tira a dignidade dos brasileiros.
No ranking mundial, o Brasil está em último lugar
em tempo gasto por empresas para pagamento dos impostos. Essa
complexidade tributária afeta o crescimento das empresas e do País. E esse não
é o nosso único problema. Precisamos ainda da reforma administrativa. Diminuir
o peso do Estado. Em um sistema mais simples, as empresas podem produzir mais e
melhor com menos custos, gerando desenvolvimento para o país.
Talvez aqui estejamos sugerindo um pacto pelo
Brasil não nos termos políticos propostos, onde muitas vezes a complexidade
ideológica afeta os reais interesses do País. Mas propomos um pacto que foque
nas questões essenciais, gerando emprego e renda, sem o que não iremos para
lugar algum.
Por exemplo, além das reformas, a disponibilidade
de crédito para investimentos a juros equivalentes às taxas praticadas nos
mercados concorrentes é um fator determinante para propiciar aos produtores
nacionais condições isonômicas de competição no mercado internacional e um meio
de combater um dos principais componentes do “Custo Brasil”.
Para que essas metas de disponibilidade de capital
sejam alcançadas, é necessário, o fortalecimento do sistema de financiamento e
garantias às exportações. Os instrumentos públicos de financiamento devem ter
previsibilidade e garantir recursos para alavancar a competitividade das vendas
ao exterior e ampliar o total de vendas ao mercado externo dos bens
manufaturados.
O ambiente de negócios no Brasil é um dos
principais entraves ao crescimento econômico. E isso também precisa de uma ação
de todos para melhorar. Tudo o que estamos mencionando aqui tendem a
promover segurança jurídica e reforçar a credibilidade do país com vistas a
atrair investimentos estrangeiros e de tornar seu mercado um ambiente propício
para negócios, diminuindo o tempo de espera e os custos financeiros e
econômicos decorrentes de procedimentos burocráticos para investir no país.
Alguns passos já foram dados nesse sentido, por
exemplo a aprovação da reforma da Previdência e o lançamento de um amplo
pacote de medidas destinadas a reduzir os gastos públicos e a burocracia
assinalam o compromisso da atual gestão com o controle da dívida pública e com
a melhoria do ambiente de negócios do País.
Mas acredito que dentro dessa ideia de união de
todos os setores em torno do crescimento do país, consideramos
imprescindível as ações de reestruturação normativa e institucional que
evidenciem a busca pela convergência de diretrizes e estratégias com as melhores
práticas adotadas internacionalmente. Ações de desburocratização da estrutura
administrativa e simplificação do sistema tributário são bem-vindas para
reforçar a imagem do Brasil de estabilidade jurídica e econômica frente ao
mercado.
É necessário, portanto, que as políticas sigam
alinhadas com a adoção de uma agenda de desenvolvimento econômico, com ações
focadas na garantia de um ambiente capaz de atender à demanda crescente já em
curso e que todos trabalhem não na busca de atendimento das necessidades
individuais de cada setor envolvido, mas que busquem o crescimento do País como
um todo.
João Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ
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