Órgão regulador
comprova a eficácia e segurança do uso de Harvoni® e Epclusa®, medicamentos da
farmacêutica Gilead Sciences, para tratamento de pacientes em hemodiálise
A prevalência da
hepatite C é cinco vezes maior em pacientes que realizam terapia renal
substitutiva1
Os dois medicamentos já disponibilizados pelo SUS
para tratamento da hepatite C no Brasil, Harvoni® (ledipasvir 90 mg/ sofosbuvir
400 mg) e Epclusa® (sofosbuvir 400mg/velpatasvir 100mg), acabaram de ter um
ampliação de uso aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) para o tratamento de pacientes com comprometimento renal grave,
incluindo a Doença Renal em Estágio Final (DREF).
Harvoni® e Epclusa® não tinham recomendação de uso
em pessoas com insuficiência renal em estágios 4 e 5 – níveis mais graves da
doença que levam o paciente à necessidade de hemodiálise – porque os estudos
nesse grupo de pacientes ainda estavam em curso.
“A partir de agora, as pessoas com as formas mais
graves de insuficiência renal poderão ter acesso às terapias mencionadas, as
quais proporcionam chances de cura de mais de 95% e um perfil de segurança
adequado para o uso seguro das drogas nessa população de pacientes”, destaca
Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e diretor médico associado da Gilead
Sciences no Brasil.
O médico explica ainda que pacientes com doença
renal têm mais risco de contrair o vírus C, comparados à população em geral, já
que a transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado. E
com o tratamento é possível eliminar a hepatite C no ambiente da hemodiálise,
já que não existe vacina.
A Hepatite C
A hepatite C é uma infecção causada pelo vírus da
hepatite C (HCV), que possui pelo menos seis tipos (genótipos) distintos e que
acomete preferencialmente o fígado, provocando uma inflamação que leva à
formação de cicatrizes (fibrose hepática) e que, com o decorrer do tempo e sem
um tratamento, pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Além do fígado,
outros órgãos também podem ser acometidos, incluindo os rins.
A hepatite crônica C afeta aproximadamente 70
milhões de pessoas no mundo2. No Brasil, há uma estimativa de 700
mil portadores da doença2. Cerca de 155 mil foram diagnosticados entre
1999 e 2016 e há indícios de que ainda faltem 502 mil pessoas para serem
diagnosticadas. Nesse período foram realizados 110 mil tratamentos, sendo 57
mil somente entre 2015 e 2017. Entre 2000 e 2016, foram identificados mais de
50 mil óbitos relacionados à hepatite C. O fato é que grande parte das pessoas
desconhece seu diagnóstico e poucas sabem como ocorreu a transmissão ou que
exista tratamento para a doença.
O vírus da hepatite C é transmitido pelo contato
com sangue infectado, sendo que os principais meios de transmissão são
reutilização e esterilização inadequada de equipamentos médicos, odontológicos
e outros, compartilhamento de seringas e agulhas (como no uso de drogas
ilícitas), práticas sexuais de risco e transmissão vertical (da mãe para o filho).
Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 também podem ter
contraído a infecção.
A Hepatite C é a maior causa de cirrose, câncer de
fígado e transplante hepático no mundo. Além das complicações relacionadas ao
fígado, ela pode desencadear uma verdadeira doença sistêmica. Estudos comprovam
que o vírus da Hepatite C aumenta os riscos do aparecimento de outras doenças
como a Diabetes do tipo 2, Glomerulonefrite e do Linfoma, por exemplo.
Gilead
Sciences
Referências: 1 – Dados publicados no site do
Ministério da Saúde. Acesse. | 2 – Fonte: Boletim Epidemiológico do Ministério
da Saúde de 2019.
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