Com a chegada do SARS-CoV-2 ao Brasil iniciou-se o trabalho de monitoramento genético para averiguar se o vírus apresentava mutações, o que poderia lhe conferir maior patogenicidade. Quem sequenciou o coronavírus no país foi uma biomédica, a Drª Jaqueline Goes, profissional muito experiente que já havia atuado no trabalho de combate a outros vírus. Mas a Biomedicina não é só isso.
Diferente
de outros profissionais, o biomédico profissional é essencial para os serviços
de saúde, atua dentro de diversos tipos de laboratórios, em equipes cirúrgicas
como perfusionista, na gestão em serviços de saúde, na imagenologia e no
controle de qualidade. São muitas as áreas de atuação, porém vamos dar ênfase
na atuação biomédica nestes dias de pandemia.
Fomo
todos pegos de surpresa, vivemos uma guerra com o invisível, um vírus com alta
transmissibilidade e disseminação exponencial, espalhado por todo o planeta.
Trazendo à tona todas as deficiências e fragilidades dos sistemas de saúde e
por se tratar de um vírus novo, não se tem informações sobre o real processo de
disseminação, características bioquímicas no meio ambiente e formas eficazes de
prevenção. Onde entra o biomédico nessa história? Qual sua importância e
contribuição neste cenário?
Somos
laboratoristas por excelência, por isso, as testagens sejam elas moleculares
(por RT-PCR) ou sorológicas (confirmando a presença de anticorpos) realizadas
por biomédicos, tonaram-se essenciais no monitoramento da evolução da
disseminação viral e para real confirmação dos casos. Além disso, outros exames
devem ser realizados, analisados e laudados por biomédicos, pois neste momento
não existe apenas exames para confirmação de COVID-19.
Nossa
formação permite que atuemos nas linhas de pesquisa em busca de vacinas e
tratamentos eficazes e lá estamos, além de produzirmos por diferentes
metodologia e equipamentos, imagens para o diagnóstico, que em muitos casos
tornam-se importantes para auxiliar nas decisões da equipe médica qual
estratégia tomar para salvar vidas.
Não
somos profissionais médicos, não tratamos o paciente, nossa função é usar o
conhecimento para garantir que todas as informações fisiológicas, oriundas de
técnicas laboratoriais, das mais simples às mais complexas, sob nossa
responsabilidade técnica, contribuam para que vidas sejam salvas.
Temos
biomédicos em contato direto ou indireto com a COVID-19, gestores de qualidade,
responsáveis técnicos envolvidos com biossegurança afim de garantir condições
seguras de trabalho aos seus colegas ou subordinados mesmo com o risco
biológico tão eminente. Biomédicos por trás dos bastidores atuantes em saúde
pública, vigilância sanitária afim de auxiliar programas governamentais de
saneamento para erradicação de doenças, atuantes agora na tentativa de
erradicação do causador desta pandemia.
Essa
situação terá fim e após esse período conturbado, a Biomedicina será
fundamental neste chamado, novo normal, pois a saúde agora deve ser encarada
como área estratégica de defesa de um país, e sabemos que estamos expostos a
outros patógenos com potencial pandêmico. A vida precisa continuar, logo, áreas
que atuam em contato direto com os pacientes trabalhando com autoestima e
bem-estar das pessoas, visto que estamos todos com o psicológico abalado por
toda esta instabilidade, como Acupuntura e Biomedicina Estética vão ganhar
destaque.
Portanto,
o trabalho do biomédico durante e com certeza, após a pandemia, será
fundamental para manutenção do bem-estar do brasileiro. Estamos no Brasil desde
a década de 60 e continuaremos contribuindo para o crescimento da qualidade dos
serviços de saúde.
Nathaly
Tiare Jimenez da Silva Dziadek - biomédica, habilitada em Análises clínicas,
especialista em Biomedicina Estética, tutora do Curso de Biomedicina do Centro
Universitário Internacional Uninter.
Benisio
Ferreira da Silva Filho - biomédico, habilitado em Análises clínicas e
Genética, doutor em Biotecnologia, coordenador do Curso de Biomedicina do
Centro Universitário Internacional Uninter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário