Medidas mais valorizadas por consumidores são uso de máscaras para clientes e funcionários e álcool em gel na entrada e dentro dos estabelecimentos
Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão
dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho
melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia.
Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a
mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.
O dado faz parte da “Consumer Health and Safety
Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil
e comercializada pela Ipsos com o objetivo de mapear informações sobre o que
faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando
resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e
estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das
restrições impostas pela pandemia.
No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas
implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e
seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes. Em primeiro
lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma
precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários
apareceu na segunda posição, com 51%. A medida de disponibilizar álcool em gel
para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade
do mesmo na porta de entrada (44%). Fechando o top 5, ter funcionários
desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores
foi considerado essencial por 38%.
Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa,
88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia,
52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.
O “novo normal”
A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em
cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar
imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as
restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de
ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de
horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.
Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar
às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em
um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo
menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de
venda físicos. Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63%
dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita
gente comprando nas lojas.
Na hipótese de remoção das restrições e reabertura
total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em
voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam
responder.
O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi
realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo
o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos
últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de
junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..
Ipsos
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