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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Quarentena pode levar a ‘epidemia’ de dor crônica


Segundo especialista do Centro de Coluna e Dor, do Hospital Leforte Liberdade,a falta de movimentação e noites mal dormidas são os principais fatores


Após quase três meses do início do isolamento social, considerado o melhor meio de prevenção contra o coronavírus, a rotina de movimento e as boas horas de sono precisam ser mantidas para que o corpo não sinta outros efeitos da pandemia.

“A quarentena nos obrigou a mudar nosso ritmo. Passamos o tempo todo em casa e a tendência é de nos movimentarmos pouco. Essa falta de mobilidade é sentida por nosso corpo e o aviso vem em forma de dor, seja de cabeça, na coluna ou em outras regiões”, explica o neurocirurgião Vinícius Guirado, coordenador do Centro de Coluna e Dor do Grupo Leforte.

De acordo com o especialista, a melhor forma para evitar que essas dores pontuais se tornem crônicas é adotar uma postura proativa e procurar movimentar-se durante o dia, mesmo dentro de casa. “Quem está fazendo home office, por exemplo, pode parar a cada hora para se alongar ou fazer outro tipo de exercício”, diz.

Também é preciso manter uma boa higiene do sono durante a quarentena. “Além do corpo parado, o uso excessivo de smartphones ou computador, a má alimentação e a falta de uma rotina afetam o funcionamento do nosso cérebro. O resultado são noites mal dormidas e mais dores no dia seguinte, já que nosso corpo não teve tempo de se reequilibrar.”

Se as dores persistirem mesmo com a adoção desses hábitos ou com a prática de exercícios físicos, é preciso ajuda especializada. “A dor crônica só é tratada de forma efetiva por meio de atendimento especializado, para que a medicação e outros tratamentos sejam prescritos de forma adequada. O acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar oferece uma abordagem integral, que devolve o bem-estar ao paciente”, afirma Guirado.

O médico ainda faz um alerta para os perigos da automedicação durante esse período. “Com o isolamento, as rotinas de cuidados médicos ambulatoriais foram interrompidas  para os pacientes com doenças crônicas. Isso pode interferir em tratamentos anteriormente prescritos. Portanto, é necessário ficar alerta para evitar equívocos, e um deles é a automedicação. Se as dores se modificaram ou não responderem aos medicamentos já utilizados, o paciente deve procurar um atendimento médico, que hoje já pode ser feito por telemedicina. A prática da automedicação pode trazer danos ao organismo, agravar o verdadeiro problema e levar a uma epidemia de dor crônica ao final da quarentena”, completa.




Centro de Coluna e Dor do Grupo Leforte.



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