No Havaí, uma
mulher quase morreu após cortar a mão em uma caixa de papelão; SBCM explica os
riscos
Os acidentes domésticos estão entre as principais
causas de ferimentos nas mãos. Uma simples caixa de papelão, por exemplo, pode
causar cortes e resultar em graves infecções, como aconteceu com uma mulher de
49 anos, no Havaí (EUA). O caso ocorreu em 2017, mas veio a público na última
semana, após entrevista dela ao jornal britânico DailyMail. A mulher ainda faz
fisioterapia para recuperar os movimentos da mão.
Ao organizar a mudança para uma casa nova, ela
cortou a mão em uma caixa de papelão onde estavam itens que seriam
transportados. Durante a noite, a mulher percebeu que o local estava ficando
vermelho e inchado. No dia seguinte, a situação piorou, com quadro evoluindo
para febre e dor para movimentar o braço. A havaiana procurou um hospital e foi
constatado que ela contraiu estafilococos no corte, um tipo de bactéria
presente na superfície de pele de cerca de 20% das pessoas.
Especialistas da SBCM (Sociedade Brasileira de
Cirurgia da Mão) explicam que as bactérias fazem parte da flora normal da pele,
mas basta um pequeno corte, arranhão ou mesmo uma picada de inseto para que
alguns desses micro-organismos ultrapassem essa barreira e provoquem infecções.
Pessoas obesas, portadoras de diabetes, com problemas no sistema circulatório e
deficiências de imunidade estão mais suscetíveis a infecções.
No caso da havaiana, enquanto as bactérias iam para
o sangue, causando a sepse (infecção que pode atingir vários órgãos ao mesmo
tempo), sua mão era devorada por uma fasceíte necrosante, mais conhecida como a
ação das “bactérias devoradoras de carne”. Foram 65 dias de internação e
tratamento com antibióticos. A mulher teve a pele morta removida a cada três
dias e, quando a área parou de se desintegrar, foi submetida a transplante de
pele, mas sofreu um abcesso. Com isso, foi preciso uma cirurgia reconstrutiva.
Ela passou por mais duas cirurgias até voltar para casa e ainda hoje passa por
sessões de fisioterapia.
Como evitar
De acordo com os cirurgiões da SBCM, a melhor
maneira de evitar infecções bacterianas é lavar com água e sabão as mãos e o
local lesionado por um corte. Os especialistas ressaltam que é preciso ficar
atento à aparição de algum sinal de infecção, como febre, vermelhidão intensa,
mal-estar e dores no corpo.
Caso o ferimento demore para cicatrizar ou se
houver sinais de inflamação, como vermelhidão, pus ou dor excessiva, a orientação
é buscar rapidamente por um médico.
SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão
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