Médicos da
Sociedade Brasileira de Mastologia alertam para “Fake News” que atrapalham o
rastreio de casos precoces de câncer de mama no Brasil
Apenas
24,1% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram a mamografia pelo SUS em 2018.
Os dados são da pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em
Mastologia em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia. Além da
dificuldade de acesso para conseguir o diagnóstico e o tratamento, a SBM alerta
para o grande número de mulheres que não faz o exame porque acreditam em
informações inverídicas, as famosas “Fake News”.
Para
o Dr. Vilmar Marques de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de
Mastologia, o medo ainda afasta as mulheres de realizar os exames preventivos.
“Há dúvidas sobre a radiação na hora do exame, periodicidade e até o
desconforto com a dor. Mas podemos garantir que este é um exame seguro e o único
capaz de identificar com precisão possíveis lesões”, explica o médico,
completando que as mulheres podem buscar informações seguras e tirar dúvidas no
site da SBM (www.sbmastologia.com.br).
Ele
lembra que cerca de 80% dos nódulos encontrados nas mamas tendem a ser
benignos. “Por isso a importância de consultar o mastologista para que ele
oriente da melhor forma. Se a mamografia detectar alguma alteração o importante
é fazer o diagnóstico e iniciar o quanto antes o tratamento para evitar futuras
complicações e ter uma boa qualidade de vida, complementa o mastologista.
No
Brasil, o rastreamento mamográfico é recomendado pelo Ministério da Saúde dos
50 anos aos 65 anos bianualmente (estratégia de menor impacto na mortalidade
com melhor custo benefício e menor número de biópsias). A SBM / CBR / FEBRASGO
recomendam rastreamento anual a partir dos 40 até os 75 anos. Essa estratégia é
a que tem maior impacto na mortalidade e menor custo (levando em conta os anos
de vida salvos com qualidade).
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