Vivemos
o boom da evolução tecnológica. Possibilidades se apresentam e novos
caminhos são trilhados. As facilidades se mostram e se conectam em apenas um
clique, principalmente nos últimos 20 anos. Neste período, temos uma geração
totalmente envolta desde o nascimento por uma cultura digital. Os nativos
digitais, utilizam as ferramentas tecnológicas de forma intuitiva, chegaram às
escolas com novos comportamentos, habilidades, necessidades e expectativas.
Eles precisam, portanto, de métodos e sistemas de ensino que utilizem os
benefícios das novas tecnologias. A escola precisa evoluir.
Nesse
sentido, o papel das instituições educacionais consiste em encontrar o espaço
dentro da realidade atual e tirar proveito da tecnologia para incrementar o
ensino e a formação dos alunos. A escola, o professor e a família não perdem o
papel na responsabilidade de educar. A orientação é necessária para que o aluno
aprenda de maneira correta para potencializar a capacidade de discernimento.
Nesta realidade tecnológica, a escola precisa orientar os alunos a distinguir
as fontes, interpretar dados, raciocinar, tirar conclusões e desenvolver
competências. O professor não é mais a única a fonte das informações. E
tornou-se o caminho e o filtro para quem aprende, peça fundamental no processo
de aprendizagem.
Com
o uso da inteligência artificial é possível, inclusive, identificar como cada
aluno aprende. Existem ações que só uma máquina consegue fazer. É muito difícil
para um professor, que trabalha com 20 a 30 alunos, conhecer e tratar cada
aluno individualmente. A tecnologia ajuda nesse processo, pois consegue
analisar o desempenho de cada um de forma isolada, entender quando e como ele
incorpora os conteúdos e ainda tratá-lo de forma personalizada. Cabe aos
docentes analisar os dados, acompanhar e tirar o melhor proveito do que os
meios digitais conseguem oferecer. É preciso pensar na melhor educação neste
processo homem-máquina e ter os dois, professor e tecnologia, trabalhando
juntos e complementarmente. Mesmo com todos esses ganhos, ainda são encontrados
alguns entraves, mas que vão se rompendo com o tempo. O uso da internet nos
ambientes escolares ainda não é uma realidade em todos os lugares. É preciso
melhorar muito ainda o acesso e, para tanto, uma boa e estruturada rede interna
é fundamental.
A
formação dos professores também é outro desafio a ser superado. De acordo com a
TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgada em
julho de 2019, cerca de 92% dos professores de escolas públicas e 86% de
escolas particulares buscam, por conta própria, se informar sobre novos
recursos que podem usar no ensino e sobre inovações tecnológicas. Investir na
atualização do professor é essencial para esse novo modelo de ensino que se
apresentou na última década. Dessa forma, podemos supor a escola do futuro.
Provavelmente ela não será muito diferente da atual. Porém, é preciso
gradativamente se adaptar e adotar as novas tecnologias. Com todas as
transformações, os pilares professor, aluno e espaço escolar serão mantidos. O
que deve mudar são os conteúdos e habilidades que se espera do aluno, o formato
e a dinâmica da sala de aula e, sobretudo, a relação de comunicação entre os
atores desse processo.
Rebeca
Barbalat - diretora de Produto da Positivo Tecnologia Educacional
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