Segundo o Global Fintech Adoption Index 2019, as plataformas de
planejamento financeiro, investimentos e empréstimos também caíram no gosto
nacional
Presentes no universo financeiro desde meados de 2014, as fintechs
têm ganhado cada vez mais espaço. No Brasil, o cenário não é diferente: 77% dos mil brasileiros entrevistados pelo estudo afirmam
utilizar plataformas de meios de pagamento e transferências. Ajudam a
compor o ranking nacional as fintechs de planejamento financeiro (41%),
investimentos (40%), seguros (39%) e empréstimos (31%).
Os dados do Global Fintech
Adoption Index 2019 - estudo bianual realizado pela EY –
possibilitam identificar o avanço do Brasil em relação ao cenário global, além
proporcionar que seja feito um desenho do setor e suas perspectivas para os
próximos anos.
“Diferentemente dos outros dois levantamentos que fizemos, foi
curioso observar que a porcentagem de brasileiros que utilizam fintechs de
diferentes serviços está empatada com a média global, em 64%”, comenta Chen Wei
Chi, sócio de consultoria em serviços financeiros para transformação digital e
inovação da EY.
Perfil social e etário: quem são os brasileiros que adotaram as fintechs
Atendendo aos clientes de todas as faixas etárias (18 a 65+ anos)
e perfis sociais (renda), analisados pelo estudo, as fintechs de meios
de pagamento e transferências saem na frente mais uma vez. Contudo, as
plataformas de planejamento financeiro também apresentam um desempenho bastante
positivo entre os adultos de 25 a 34 anos e pela parcela da população que já
começa a pensar e planejar a aposentadoria - aqueles na faixa dos 55 a 64 anos.
“A análise do fator social também contribui para desenhar o
cenário nacional, uma vez que em todas as categorias analisadas, a adoção dos
produtos e serviços oferecidos pelas fintechs aumenta de acordo com a
renda do usuário”, reforça Chen.
Relação de confiança e tendências futuras
A relação de confiança ainda é um fator que pesa para 18% dos
brasileiros na hora de escolher entre uma fintechs ou se continua com
alguma instituição financeira (IF) tradicional. De acordo com o estudo, 21% dos
consumidores opta por não apostar nesse universo por falta de clareza sobre
como funcionam as operações das startups financeiras. Do outro lado da
mesa, no entanto, as taxas mais baixas e a facilidade no processo de abertura
de conta são fatores muito importantes que os brasileiros levam em consideração
na hora de escolher uma fintech.
A revolução causada pela intensa presença dessas novas plataformas
é tamanha que até mesmo as IFs tradicionais já passam a contar com startups
próprias, que ofertam serviços diferenciados e com uma gama de produtos mais
vantajosos. Por consequência, o comportamento do brasileiro também sofreu
impacto com essa movimentação do mercado e os clientes do País já adotam uma
postura cada vez mais favorável em relação ao compartilhamento de dados.
Para Chen Wei Chi a ideia de utilizar empresas de serviços
não-financeiros como provedores, especialmente se estiverem atreladas às IFs
tradicionais, também já soa familiar aos brasileiros. “Apesar de ainda
enxergarem as empresas bancárias e seguradoras como as mais influentes, os
clientes já incluem as fintechs na cesta de decisões e consideram a
contratação daquela com a qual já têm algum tipo de relacionamento”, explica.
EY
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