Estima-se que 40% da
população mundial adulta seja fumante.
O fumo excessivo, ou
dependência ao tabaco, causa aproximadamente 5 milhões de mortes por ano de
acordo com a OMS. O Brasil se encontra na 34ª posição de país com mais
fumantes, homens em sua maioria. O tabaco gera complicações em diversas partes
do nosso corpo, não somente para o pulmão, como também traz problemas
cardíacos, derrame cerebral, doenças que podem evoluir com necessidade de
amputação de algum membro, e também pode reduzir a fertilidade feminina.
De acordo com o
médico referência do dr.consulta, o pneumologista Osmar Pedro Casseb, o fumo repetitivo
ocasiona algumas doenças comuns. “A DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, é
uma associação de enfisema pulmonar com a bronquite crônica, causada pelo
tabaco que têm como sintomas falta de ar, intolerância ao esforço e tosse
crônica”.
A dependência ao
tabagismo é causada principalmente pela nicotina, uma substancia psicoativa
presente na fumaça do cigarro. Ela têm um poder viciante, comparado a algumas
drogas pesadas, então os receptores do cérebro acabam ficando ávidos pela
nicotina, e quando ela sai do corpo o cérebro começa a sentir falta da
substância. Além da dependência física, existe a comportamental, relacionada a
rotina do fumante. “A pessoa que fuma faz muitos anos associa vários
comportamentos, vários hábitos dela do dia a dia ao tabagismo. Como por
exemplo, a pessoa tomar um café e já querer pegar um cigarro, ou fumar logo
depois de uma refeição” explica o especialista.
Para o tratamento, o
pneumologista indica sempre procurar um profissional da área. Também existem
estratégias que podem ser usadas, como a terapia de reposição de nicotina, os
famosos adesivos e gomas de mascar. Medicações especiais e também tratamentos
não medicamentosos, como acompanhamento psicológico. “São vários desafios que o
paciente irá enfrentar no momento que decidir parar de fumar, principalmente a
dependência a nicotina. Uma parte dos danos é recuperável, outra parte já é
acumulativa. Não que não vale a pena parar de fumar, é importante parar de
piorar os danos aos órgãos, mas muitas vezes algumas sequelas acabam ficando
permanente e não conseguimos reverter”.
Além de afetar a saúde usando a substância,
quem está em volta de um fumante também é afetado. São chamados de fumantes
passivos qualquer pessoa que conviva diariamente com um fumante. “Eles tem mais
chances de ter alguma doença respiratória por conviver muito com a fumaça, a
exposição é menor do que alguém que fuma diretamente, mas acaba prejudicando
também. Os motivos para pararmos de fumar são vários, mas principalmente por
prejudicar as pessoas próximas”, finaliza o médico.
dr.consulta
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