Dados da Ashley
Madison revelam que as pessoas não se arrependem de ter um caso, na realidade,
se lamentam se comprometer com a monogamia
Se pudesse falar com você mesmo no passado, o que
diria a si mesmo? Se você é um membro da Ashley Madison, a resposta pode ser
“Não se case com essa pessoa!” A empresa, que é o principal site de casos
extraconjugais no mundo, entrevistou seus membros para ver quais escolhas eles
fariam se pudessem voltar no tempo. Enquanto os entrevistados declararam que
não se arrependem de sua decisão de cometer adultério e que ter um caso teve um
efeito positivo no casamento, muitos concluem que repensariam o matrimônio se
pudessem entrar em uma máquina do tempo.
A esmagadora maioria (87%) dos adúlteros não se
arrepende da decisão de trair, mas se tivesse a chance de voltar no tempo,
muitos escolheriam mudar algumas coisas, principalmente a decisão de se casar.
Entre os usuários da Ashley Madison entrevistados, 63% disseram que, se
tivessem a chance de voltar no tempo, não se casariam com o cônjuge, com 25%
afirmando que se casariam novamente, mas que ainda assim trairiam, e apenas 12%
declarando que não teriam um caso e contrairiam matrimônio novamente.
“A fantasia do início do relacionamento é de
envelhecer juntos, mas a realidade é que administrar uma casa, as finanças
conjuntas e criar uma família pode trazer danos ao relacionamento de um casal,
e um ou ambos os parceiros podem buscar recursos emocionais, intelectuais ou
conexão sexual em outros lugares como uma forma de preservar um nível de
felicidade individual”, diz Isabella Mise, diretora de comunicações da Ashley
Madison.
E a questão não se trata somente de seu parceiro
atual. Quando os entrevistados foram perguntados se eles ainda trairiam se
fossem casados com outra pessoa, as respostas são bem semelhantes.
Independentemente de parceiro ou situação, 21% dos respondentes da pesquisa
trairiam simplesmente porque gostam de estar com outras pessoas, e 56% das
pessoas declararam que considerariam a ter um caso novamente dependendo de como
o relacionamento fosse.
Enquanto 63% dos entrevistados admitem que lamentam
sua decisão de se casar com seu cônjuge, apenas 13% das pessoas lamentam sua
decisão de ter um caso. A maioria dos casamentos começa com esperança e
entusiasmo mas, à medida que os anos passam, a excitação leva à habituação e,
por fim, ao tédio. Mais de dois terços (68%) dos entrevistados descobriram que
o casamento começou bem, mas depois começou a se deteriorar. A questão não é
com o cônjuge deles e nem com as próprias pessoas, é com a desilusão da
monogamia.
"Monogamia para alguns é um desafio, não
porque é uma questão moral, ou porque você não tem o conjunto de habilidades
para ela, mas pode ser porque você sente que não está preparado para
isso", diz Dr. Tammy Nelson, terapeuta sexual e autora de “When You're
the One Who Cheats: Ten Things You Need To Know”. “Existem teorias
que dizem que a monogamia pode não estar em nosso DNA, embora eu não tenha
certeza se isso é verdade, mas essa situação é uma escolha que não é apenas
feita uma vez. É uma escolha que você tem que fazer todos os dias”, completa a
terapeuta.
Além disso, a traição não é apenas uma questão de
sexo, muitas pessoas traem por quererem mais aventura em suas rotinas e para
agir de forma diferente do que normalmente fazem enquanto estão com seu
cônjuge. Um caso pode ser uma experiência libertadora para muitos, pode mostrar-lhes
o que é preciso para ser feliz e ao mesmo tempo melhorar um casamento. Na
maioria dos casos (59%) ter um caso afeta um matrimônio positivamente. Para os
usuários de Ashley Madison, seus olhos foram abertos para saber como eles podem
controlar sua própria
felicidade.
Embora possamos ter que esperar muito pela
possibilidade de viagens no tempo serem possíveis, os casamentos monogâmicos
podem muito bem se tornar uma relíquia bem depressa.
* Pesquisa com 1.666 membros da Ashley Madison
entre 4 de maio de 2018 e 23 de maio de 2019
AshleyMadison.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário