Fisioterapeuta Maura Seleme explica que 10
milhões de brasileiros, ou 5% da população, sofrem do problema, inclusive
atletas
Comando News - Mulheres, homens, crianças e idosos
sofrem de incontinência urinária, um problema que pode ser prevenido e tratado
com diferentes abordagens, desde medicamentos, cirurgias e também com um
tratamento bem menos invasivo considerado como primeira opção desde que bem
indicado: os exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.
Infelizmente muitas pessoas ficam no silencio e
não procuram tratamento “Há um tabu porque a região pélvica é uma região
íntima, mas que necessita de cuidados com qualquer outra região do corpo”,
aponta Maura Seleme, fisioterapeuta pélvica no Brasil, França e Holanda.
Maura
Seleme tem um vasto trabalho reconhecido internacionalmente sobre assunto e tem
como meta levar ao conhecimento sobre o assunto para vários profissionais da
área de saúde do mundo todo, participando de congressos, cursos de formação, e
coordenando a Pós-graduação Internacional de Fisioterapia Pélvica em Curitiba e
São Paulo na Faculdade Inspirar. Seus vídeos no youtube são muito procurados,
chegando a ter um vídeo visto por quase 1 milhão de pessoas. https://www.youtube.com/watch?v=XxGnJ7o2acc
A incontinência urinária atinge 1 a cada 3
mulheres, 1 a cada 5 homens e mais de 40% dos idosos (homens e mulheres acima
dos 60 anos). No universo esportivo também há um sinal de alerta para essa
questão, visto que aumentam cada vez o número de praticantes de atividades
físicas no Brasil e no mundo sem a conscientização adequada da contração
correta durante as atividades físicas. O distúrbio mais comum na criança é a
incoordenação da musculatura levando a perda de urina em diversas situações e a
enurese que se caracteriza por controle inadequado da micção e perda de urina
principalmente durante a noite.
Segundo ela, além do tabu, a falta de informação
e a falta da conscientização de muitos dos profissionais da área da saúde são
outras barreiras que impede que muitas pessoas recebam informações e
tratamentos adequados a tempo. “Poderia ser facilmente evitado ou tratado com
os exercícios, consciência da musculatura pélvica nas diversas atividades do
dia a dia e esportivas”, afirma a fisioterapeuta, lembrando que o ideal é
iniciar a prevenção ainda na infância.
Maura ressalta que a incontinência urinária pode
trazer problemas psicológicos e sociais, como diminuição da autoestima, queda
no rendimento profissional e dificuldades de relacionamento conjugal e sexual.
A incontinência urinária também é considerada o primeiro fator de exclusão de
idosos do convívio familiar. Causa de queda e fratura de colo de fêmur no
idoso.
A fisioterapia pode ser um dos tratamento mais
facilmente indicado por ser menos invasivo, não apresentar efeitos
colaterais, não impedir outros tratamentos subsequentes, além de ser de fácil
acesso a toda a população”, explica a fisioterapeuta, para o tratamento é
simples e envolve exercícios que foram comprovados cientificamente e que
podem ser feitos facilmente por qualquer pessoa, em qualquer lugar e não tomam
mais de cinco minutos diários.
Maura Seleme lembra que na Europa a fisioterapia
pélvica já está disseminada no sistema público de saúde, porém, no Brasil, o
processo ainda se encontra em fase inicial de inclusão no Sistema Único de
Saúde (SUS). Poucos ainda são os lugares que oferecem um serviço de qualidade
que possa ajudar a população a prevenir e tratar o problema. No intuito de
ajudar a população durante os últimos 3 anos ela vem estudando um meio de
quebrar o tabu, favorecer a população com a fazer exercícios de uma forma mais
barata, mas eficaz e criar um diálogo maior entre pacientes, médicos e
fisioterapeutas especializados nas disfunções pélvicas, entre elas as mais
importantes: a incontinência urinária, os prolapsos, as incontinências fecais,
os problemas sexuais e a dor pélvica crônica.
Aplicativo é novidade no tratamento
Maura lançará em breve uma aplicativo
inteligente: o iPelvis que inclui filmes, exercícios, informações ,
acompanhamento do progresso e sobretudo cria uma ponte de acesso maior par ao
conhecimento e a interação com a equipe multidisciplinar formada de médicos,
fisioterapeutas, enfermeiros, sexólogos e psicólogos quebrando o “tabu”,
favorecendo o diálogo e sobretudo ajudando na compreensão dos exercícios do
assoalho pélvico.
Causas da incontinência urinária
As principais causas da incontinência urinária
são conhecidas, dentre elas: o enfraquecimento da musculatura pélvica, prática
de esportes de alto impacto, partos feitos sem o devido preparo da musculatura
pélvica, obesidade e pelo envelhecimento da musculatura, que ocorre com maior
intensidade a partir da menopausa. No homem um dos fatores mais importantes é o
câncer de próstata. O envelhecimento causa problemas urinárias tanto em
mulheres quanto homens.
Maura Seleme - A fisioterapeuta e palestrante internacional
Maura Seleme é doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
fisioterapeuta especialista em Uroginecologia, Urologia e Saúde da mulher –
Brasil, com diploma reconhecido na França, Brasil e Holanda, professora e
coordenadora do curso de Fisioterapia Pélvica - Faculdade Inspirar – Brasil.
Além de embaixadora do Setor de Fisioterapia da Associação Internacional de
Uroginecologia e autora de diversos artigos e publicações internacionais.
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