Falta de prevenção pode causar desde queimaduras graves até manchas que
demandarão tratamento e dedicação redobrada para o resto da vida
Verão é
tempo de aproveitar o sol, o calor e é também a época em que as pessoas mais
fazem atividades ao ar livre. Porém, a alta exposição da pele pode trazer
consequências prejudiciais. De acordo com o farmacêutico e diretor executivo da
Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Marco Fiaschetti,
com cuidados simples e bons produtos, é possível aproveitar a praia e a piscina
sem medo. “Ninguém quer ter o período de descanso interrompido precocemente
devido a queimaduras ou se arrepender pelo resto do ano por não ter evitado
manchas. Para isso, é importante ter consciência e se prevenir”, diz.
É
importante usar protetor em todo o corpo, bem espalhado e reaplicado com
frequência”, alerta Fiaschetti. “O filtro solar deve ser usado o ano todo, mas,
no verão, o cuidado se intensifica. Deve-se também lembrar das peculiaridades
de cada pessoa: peles seca, acneica ou sensível, por exemplo, podem demandar
produtos com características específicas: como uma base mais hidratante, com
toque seco ou com ingredientes não irritantes”.
Com
proteção adequada, pessoas de pele mais clara evitam sardas e queimaduras, além
de se precaverem contra o câncer de pele. Já as de pele morena – especialmente
mulheres e, mais ainda, as mulheres grávidas – previnem o surgimento de melasma
(manchas escuras que surgem no rosto e podem incomodar pelo resto da vida se
não forem tratadas).
Após a
exposição ao sol, é obrigatório o uso de bons hidratantes para evitar
ressecamento e acelerar o processo de recuperação da pele. “O ideal é conversar
com o dermatologista e com o farmacêutico, pois há inúmeras possibilidades de
personalização nas farmácias de manipulação. Podem ser feitas diferentes
combinações de substâncias ceratolíticas, emolientes e umectantes de acordo com
cada caso”, diz Fiaschetti.
Os
profissionais de saúde podem orientar também sobre a possibilidade de usar
alguns suplementos em casos específicos, quando se busca reduzir os efeitos
danosos do sol sobre a pele. São exemplos resveratrol, vitamina C e co-enzima
Q10, que promovem uma ação antioxidante, desde que utilizados de forma correta.
Depois do
abuso
Para as
pessoas que já abusaram do sol e viram surgir manchas no rosto ou no corpo, o
farmacêutico recomenda o acompanhamento de um dermatologista. “Existem
tratamentos, também personalizados e preparados nas farmácias de manipulação,
que amenizam e podem até apagar esses sinais, como os ácidos e a hidroquinona,
mas o uso necessariamente deve ser feito com orientação e com muita proteção
solar; do contrário, o risco é de piorar a situação e até provocar
queimaduras”, conclui Fiaschetti.
Marco Fiaschetti – Diretor Executivo da
Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) - O farmacêutico articulista, palestrante, docente e
consultor é especialista em marketing farmacêutico e diretor executivo da
Anfarmag. Formado pela Unesp como farmacêutico em 1984, o profissional
especializou-se em marketing de varejo pela FIA-USP e ESPM, pós graduou-se em
marketing de negócios pela IPEP e em 2010 fez mestrado em marketing
farmacêutico na Unesp.
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