De
25 a 30 de novembro, municípios de todo o país vão realizar diversas ações de
Combate ao Aedes, como visitas domiciliares, mutirões de limpeza e distribuição
de materiais informativos
Neste
domingo (25/11) começa a Semana Nacional de Combate ao Aedes nos estados e
municípios. A partir desta data até o dia 30 a população de
todo o país está convocada para unir esforços no enfrentamento ao
mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e
chikungunya. No total, 210 mil unidades públicas e privadas de todo o país
estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil Centros
de Assistência Social e 53 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). A
semana fecha com o dia D (30/11) de combate ao Aedes, com a realização
de mutirões de limpeza em todos os espaços, incluindo os órgãos
públicos.
A Sala
Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) do Ministério da Saúde orientou
estados e municípios a realizarem atividades para instruir as comunidades sobre
a importância da prevenção e combate ao mosquito. Entre as atividades
planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais
informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade,
oficinas, teatros e gincanas.
A
mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a
melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente nos meses de novembro a maio,
considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes
aegypti. Neste período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua
proliferação.
“O verão
é o período que requer maior atenção e intensificação dos esforços para não deixar
o mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar
água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências,
apoiando o trabalho dos agentes de endemias. Esses profissionais utilizam
técnicas simples e diferenciadas para vistoriar as casas, apartamentos e
espaços abertos”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da
Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.
Dados
nacionais apontam redução nas três doenças transmitidas pelo Aedes
aegypti, entre janeiro a novembro de 2018, em comparação com o mesmo
período de 2017, porém, alguns estados apresentam aumento expressivo de casos
de dengue, Zika ou chikungunya. Por isso, é necessário intensificar agora as
ações de eliminação do foco do mosquito para evitar surtos e epidemias das três
doenças no verão.
AÇÕES PERMANENTES DE COMBATE AO AEDES
As ações
de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas
como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil
e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou
todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar
conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e
municipais na mobilização de combate ao vetor.
Todas as
ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e
Controle para enfrentamento do Aedes que atua em conjunto com outros
órgãos, como o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento
Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República. A Sala
Nacional articula com as Salas Estaduais e Municipais as ações de mobilização e
também monitora os ciclos de visita a imóveis urbanos no Brasil, que são
vistoriados pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias.
Como o
combate ao Aedes aegypti deve durar todo o ano, a interação entre
diversos setores ajuda neste trabalho. Cada município é convidado a criar a sua
sala de situação, seguindo o modelo das salas estaduais e nacional. Já foram
instituídas 2.166 salas municipais em no país.
O
Ministério da Saúde também oferece, continuamente, aos estados e municípios
apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao
vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre
que solicitado pelos gestores locais
Para
estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e
municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o
combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1
milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Este recurso é destinado à
vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e
é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de
2015, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento
de vacinas e novas tecnologias. Neste ano, o orçamento destinado para as ações
de vigilância em saúde é de R$ 1,9 bilhão.
CAMPANHA
Desde o
dia 13 de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de
combate ao mosquito Aedes aegypti, que tem como objetivo mobilizar
toda a população sobre a importância de intensificar, neste período que
antecede o verão, as ações de prevenção contra o mosquito. Com o slogan "O
perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples
podemos combater o mosquito", a campanha ressalta que a união de
todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a
vigilância deve ser constante.
Juntamente
com a campanha, o Ministério da Saúde tem divulgado em suas redes sociais informações de orientação e vídeos tutoriais no Youtube que orientam
a população a realizar as vistorias em casas, prédios e espaços abertos. São
técnicas simples que a população pode fazer.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
DENGUE – Até 3 de novembro, foram
notificados 223.914 casos de dengue em todo o país, uma pequena redução em
relação ao mesmo período de 2017 (224.773). A taxa de incidência, que considera
a proporção de casos por habitantes, é de 107,4 casos/100 mil habitantes. Em
comparação ao número de óbitos, a queda é de 23,2% em relação ao mesmo período
do ano anterior, passando de 172 mortes em 2017 para 132 neste ano. No total,
12 estados apresentam aumento de casos em relação ao mesmo período de 2017.
CHIKUNGUNYA – Até 3 de novembro, foram
registrados 81.597 casos de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência
de 39,1 casos/100 mil habitantes. A redução é de 55,4% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando foram registrados 182.920 casos. A taxa de
incidência no mesmo período de 2017 foi de 87,7 casos/100 mil/hab. Neste ano,
foram confirmados laboratorialmente 35 óbitos. No mesmo período do ano passado,
foram 189 mortes confirmadas. No total, sete estados apresentam aumento de
casos em relação ao mesmo período de 2017.
ZIKA – Até 3 de novembro,
foram registrados 7.544 casos prováveis de zika em todo país, uma redução de
54,6% em relação a 2017 (16.616). A taxa de incidência passou de 8,0 em 2017
para 3,6 neste ano. No total, sete estados apresentam aumento de casos em
relação ao mesmo período de 2017. Entre eles, destaca-se o Rio Grande do Norte,
com 14,9 casos/100 mil habitantes.
Amanda Mendes
Agência Saúde
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