Desde a escola até a vida adulta aprendemos de
forma receptiva e não ativa. Ouvimos uma pessoa que sabe mais do que nós,
professores, e fazemos provas ao fim dos semestres para atestarmos que captamos
o conteúdo passado. Não somos treinados a aprendermos de forma ativa, sendo
proativos, buscando o conhecimento. Isso é refletido na nossa vida
profissional. Optamos por profissões em que a linha de ganhos, em reais ou em
outra moeda, seja rápida e sempre ascendente.
Além da forma de aprendizado nas escolas também
somos imersos a uma quantidade robusta de informações, redes sociais, e padrões
de consumo e de quem devemos ser ou perseguirmos ser. Aqui entra a propaganda
em massa que não é apenas direcionada a adultos mais também à crianças e
adolescentes. Nessa lógica social e vigente, buscando o que não queremos, mas
não se dando conta disso, entramos em um ciclo de acumularmos coisas, relacionamentos rasos, e
pouca procura de nós mesmos.
Para se ter ideia em números: no ano de
1983, as companhias gastaram 100 Milhões de Dólares em publicidade para
crianças. Já em 2006 essa cifra subiu para 17 Bilhões. Nesse contexto, muitos
pais trabalham mais, encurtam o tempo de convivência com as crianças e muitas
vezes têm profissões que não os fazem felizes.
Nesse
ciclo, trocar de carreira quando se tem filhos pode ser algo impossível. Para
aqueles que não são casados e não tem crianças pode parecer mais fácil, porém
mudar de profissão exige um planejamento principalmente mental e isso independe
se você mora com outras pessoas, se tem família ou se é responsável por outro
indivíduo.
O minimalismo consiste na ideia de menos é mais, porém
algo que muitos confundem é que a prática não é a oposição ao capitalismo e\ou
ao consumo. E sim, uma mudança de hábitos no consumo compulsivo. Quantos de nós
temos roupas e outros itens em casa que não tem finalidade? Ou como o próprio
estudioso Joshuan Fields afirma quanto de nós temos "coisas" que não
nos fazem felizes?
Aplicar o minimalismo além do seu lar pode ser algo
difícil, porém trará uma vida mais simples e pode lhe ajudar a mudar de
carreira e\ou escolher uma profissão que o fará mais feliz.
Seguem
5 ações do especialista em carreira da Minds Idiomas, Fabiano Castro ,que já
mudou a vida de mais de 10 Mil alunos\profissionais:
1) Avalie cada item\coisa que tem em casa e no
ambiente de trabalho
Veja se realmente você usa esse objeto, a quanto
tempo não o usa, e se ele tem um propósito. Uma finalidade e\ou se lhe faz
feliz. É um processo. Você não vai conseguir se desfazer de tudo o que não lhe
é útil rapidamente, porém persista. Cheque o que pode ser doado e o que tem que
ir para o lixo. Aos poucos essa "faxina" no externo intervirará no
seu interno e nas suas decisões no dia a dia.
2) Observe os seus comportamentos automáticos
Nós, seres humanos, somos programados para ficarmos
insatisfeitos. Isso porque somos formados pelos nossos hábitos e muitas vezes
não paramos para observá-los. Olhe como você utiliza o seu tempo, o que come, o
que realmente veste, com quem conversa, quantas vezes olha para o celular,
enfim. Somos formados por esses hábitos e ao percebermos que podemos mudá-los
reprogramamos a forma como pensamos e concomitantemente podemos alterar as
nossas ações. Isso fará você trabalhar melhor, planejar a sua mudança de
carreira, se assim desejar, e construir relacionamentos mais sólidos.
3) Consciência no uso da tecnologia
Quanto de nós afirmamos que a falta de tempo nos
impede de fazer coisas diariamente. Todavia, um estudo da Nokia revelou que na
média um indivíduo checa o seu celular 150 vezes por dia. Isso acontece, entre
outras razões, porque buscamos a sensação da Dopamina que consiste no
sentimento de recompensa quando retuitamos algo, recebemos cliques em uma foto,
e checamos quem visualiza os nossos Stories no Instagram.
Acontece que sem o uso consciente, do tempo que
destinamos por dia aos nossos smartphones, não colocamos em prática
experiências realmente importantes para nós. Como um trabalho satisfatório, uma
conversa realmente centrada ao que está sendo dito e ouvido, uma viagem, ou a
degustação de um bom prato.
Viva o presente e real, a tecnologia pode e deve
ser usada, mas com consciência.
4) Lembre-se que as suas escolhas precisam ser
justificadas apenas para si mesmo, e não ao outro
Aqui, não estou afirmando a falta de empatia, e sim
ampliando o debate de que o minimalismo tem a ver intrinsecamente com o que é
importante para o indivíduo. Na forma mais singular possível. Ou seja, os itens
físicos e escolhas emocionais têm a ver com o propósito que isso tem para esse
ser humano.
Mantenha coisas e pessoas que lhe fazem felizes e
tenham uma finalidade. Isso envolve carreiras, relacionamentos, e até escolhas
"banais" do dia a dia.
5) Se dê liberdade
O minimalismo concede mais tempo, ou seja mais
liberdade. Mesmo que você more com outras pessoas e tenha que compartilhar das
suas escolhas\decisões e claro entrar em acordo com os que divide o próprio
teto e assim crescer como grupo faça isso por você. O minimalismo não é uma
competição de quem tem menos e consegue viver com menos. É uma nova forma de
viver mais. Ter mais saúde, trabalhar com o que se gosta, ter mais tempo
para
os filhos, amigos, e vivenciar experiências reais.
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