Assim como outras
modalidades esportivas, o hipismo reúne inúmeros fatos inusitados acerca de sua
história e de suas tradições. Abaixo, listei algumas curiosidades e “causos”
interessantes que vocês vão gostar de saber:
– Por motivo histórico,
montamos sempre pelo lado esquerdo do cavalo. Os cavaleiros medievais seguravam
suas espadas do lado esquerdo do corpo e, por isso, para facilitar a montada e
evitar acidentes, eles subiam pelo mesmo lado (assim só precisavam passar a
perna direita por cima da sela) e já calçavam o estribo (apoio para os pés)
esquerdo. Não é à toa que os arreios e selas também são apertados do lado
esquerdo. Esse hábito se perpetuou mesmo depois que as espadas deixaram de ser
usadas;
– O Hipismo é a única
modalidade olímpica em que homens e mulheres competem juntos pelas mesmas
medalhas, em plena condição de igualdade;
– A prova de saltos foi
inspirada na caça à raposa inglesa. A modalidade foi criada na segunda metade
do século XIX em um espaço delimitado e com obstáculos que reproduziam
elementos naturais, como troncos, barrancos e riachos;
– Nos jogos da Antuérpia,
em 1920, os belgas incluíram uma modalidade — adestramento especial — só para
conseguir mais uma medalha. E a façanha deu certo! O campeão foi o belga
Theodore Bouckaert;
– Pela primeira e única
vez na história olímpica, as provas de hipismo tiveram seu local alterado
por conta de uma possível contaminação no rebanho. Esse fato ocorreu durante as
Olimpíadas de Melbourne, em 1956, quando o governo australiano impôs que todos
os cavalos e éguas que competissem fossem submetidos a uma quarentena longe de
seus tratadores. Com isso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu mudar
o local das competições para Estocolmo, na Suécia;
– Antes de vencer as
provas de CCE em Los Angeles (1984) e em Seul (1988), o neozelandês Mark Todd,
que também era fazendeiro, vendeu quase todas as suas terras para poder
participar da prova;
– O esporte reúne dois dos
atletas mais velhos de todos os tempos na disputa dos Jogos Olímpicos. São
eles: o austríaco Arthur Von Pongracz e a britânica Lorna Johnstone. Pongracz
tinha 72 anos e 59 dias quando participou das Olimpíadas de Berlim, em 1936.
Ele é o segundo atleta mais velho da história. Já, entre as mulheres, a amazona
britânica Lorna Johnstone é a mais velha a ter disputado uma Olimpíada. Ela
tinha acabado de completar 70 anos quando competiu em Munique, em 1972;
– Mas não é só a terceira
idade que domina o esporte. Em 2008, nos Jogos de Pequim, a brasileira Luiza
Almeida, então com apenas 16 anos, fez história ao se tornar a amazona mais
jovem da história da competição.
Maria Cristina Basile Palermo - psicopedagoga e semanalmente escreve no
Blog Educação e Hipismo, contando como uniu a psicopedagogia e o amor pelo
hipismo na criação das filhas. Confira: www.educacaoehipismo.com.br
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