Especialista
alerta para a importância do tratamento da pressão arterial elevada, mesmo
quando não há sintomas
A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças
cardiovasculares. Trata-se de uma doença silenciosa e assintomática na maioria
dos casos. Sintomas como dor de cabeça, dor na nuca, náuseas, tonturas e falta
de ar são frequentemente associados a essa condição, mas podem estar
relacionados a outras doenças associadas. No Brasil, cerca de 30% dos pacientes
apresentam elevação da pressão arterial e o número de pessoas diagnosticadas
cresceu em quase 15% nos últimos dez anos, segundo dados do Ministério da
Saúde. O tratamento inadequado pode levar a complicações cardiovasculares e a
redução na expectativa de vida.
A elevação da pressão arterial causa alterações nos principais órgãos
– coração, cérebro, olhos e rins – e nas artérias que os irrigam. Assim, o
hipertenso sem tratamento está sujeito a sofrer uma série de consequências,
como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, aneurisma, insuficiência
cardíaca, insuficiência renal, alterações visuais, impotência sexual e até
demência.
“Como medida de prevenção, em pessoas que não são hipertensas, é
importante a aferição da pressão arterial, por um profissional de saúde, pelo
menos uma vez ao ano. Quando o paciente é hipertenso, a frequência da medida
depende do valor da pressão e do risco de cada caso. O valor ideal para a
redução do risco cardiovascular é de 120 por 80, ou menos. Quando superior,
principalmente se isso ocorre com frequência, é importante procurar um médico.
Por não apresentarem sintomas, muitos hipertensos só o fazem quando já ocorreu
repercussão sobre algum órgão”, afirma o cardiologista Thiago Macedo, do
Hospital TotalCor.
Mesmo quando o paciente não apresenta sintomas, o tratamento da
hipertensão deve ser feito de forma contínua e com acompanhamento médico
periódico, o que reduz consideravelmente o risco cardiovascular. Na consulta, o
profissional pode avaliar se há necessidade de ajustes na medicação e pode
fornecer orientações sobre alimentação e prática de exercícios físicos, assim
como solicitar exames para verificar a evolução clínica.
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