Dr. João Aguiar,
especialista em Endocrinologia clínica, ressalta os cuidados que o paciente
deve ter ao optar por este tratamento
A reposição hormonal com implantes é um tipo de
tratamento que deve ser feito com muita parcimônia. Atualmente, existem no
mercado diversos métodos que são adotados para a Terapia de Reposição Hormonal.
Cada um desses métodos possui pontos positivos e pontos negativos, que devem
estar sempre bem claros para a paciente. Segundo o Comitê de Nomenclaturas da
Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a menopausa é a fase em
que a mulher passa do estágio reprodutivo para o não reprodutivo e há uma queda
natural nos níveis hormonais. Os Implantes são uma forma de reposição de
hormônios como o estradiol, testosterona ou progestágeno.
“Estes hormônios podem ser utilizados de forma
associada ou não, de acordo com a necessidade de cada paciente, verificada em
exames específicos”, acrescenta o especialista.
Os hormônios são liberados gradativamente na
corrente sanguínea por um tempo de 6 a 12 meses e a grande vantagem é que este
tipo de reposição não causa picos hormonais e nem flutuações nas doses,
proporcionando uma reposição muito próxima da fisiológica, além da comodidade
da reposição. A reposição de alguns hormônios é indicada também para mulheres
que ainda não chegaram na menopausa.
“Um destes hormônios é a gestrinona, que é um
antiprogestageno. Sua indicação clínica, além da contracepção, é de tratar
alguns distúrbios menstruais como dismenorreia (dor durante a menstruação) e
endometriose, que é uma patologia responsável por uma grande número de casos de
infertilidade”, informa o médico.
Para as mulheres que retiraram o seu útero, não há
necessidade da reposição da progesterona. As pacientes que não fizeram esse
procedimento devem receber, além do estrogênio, a progesterona ou um
progestágeno sintético. A ação do hormônio, em alguns casos, pode trazer
benefícios na composição corporal da mulher; as que geralmente alcançam estes
objetivos são aquelas que já são adeptas a um estilo de vida saudável com dieta
balanceada e atividade física regular. Não há consenso quanto ao tempo que deve
ser mantida a terapia hormonal, que deve ser decidido caso a caso.
“É preciso muito cuidado com aquelas que buscam
este tipo de tratamento apenas para melhorar o corpo e não estão aptas para
recebê-lo. Ou seja, o mesmo hormônio que emagrece pode provocar aumento de
peso, que nos leva a concluir que para alcançar uma composição corporal
adequada, o fundamental é adotar um estilo de vida saudável e que a reposição
de hormônios é indicada para corrigir déficits dos mesmos ou tratar
determinadas patologias”, finaliza Dr. João Aguiar.
Dr.
João Aguiar - Médico formado em 1994 pela Universidade Estadual
do Pará com graduação em Endocrinologia Clínica, graduação em medicina do
esporte e fisiologia do Exercício e residência médica em Ginecologia,
obstetrícia e mastologia.
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