Pediatra orienta sobre as melhores formas de consumir os ovos de
páscoa sem riscos para as crianças
Com o feriado se aproximando, muitos papais e mamães já estão
preparados para presentear seus filhos com algum dos diversos ovos de Páscoa
disponíveis no mercado. No entanto, é preciso ficar atento a certos cuidados
para que o coelhinho da Páscoa faça uma visita segura e saudável.
Segundo a pediatra de São Paulo, Maria Julia Russo de Carvalho, é
preciso ficar de olho no tamanho e na quantidade de ovos de chocolate que as
crianças ganham na Páscoa. “Essa moderação é importante para evitar o consumo
exagerado e os efeitos negativos associados ao açúcar e às gorduras presentes
no doce, como cáries, colesterol e triglicérides altos e obesidade. A dica
é separar a porção de chocolate para consumo e não deixar o ovo à disposição
para a criança comer o quanto quiser“, explica a especialista.
Outra dica é o tipo de chocolate escolhido. “Apesar da opção ao
leite ser a preferida das crianças, ela contém mais açúcar e menos cacau. Uma
boa opção é optar por ovos de chocolate meio amargo devido
à maior concentração de cacau e substâncias benéficas ao coração e menor
teor de gordura”, comenta a médica. Além disso, também é necessária
atenção aos brindes que acompanham os ovos, já que podem ser pequenos e
facilmente engolidos.
A pediatra ainda ressalta que o chocolate deve idealmente ser
consumido a partir dos 2 anos, mas nunca antes do primeiro aniversário. E
o melhor é consumi-lo sempre depois das refeições. “Durante o período de
exposição das crianças à guloseima, os pais não devem descuidar da alimentação
normal e adequada, respeitando os horários das refeições e a qualidade da
alimentação. Oferecer alimentos com menor teor de gordura, restringir outros doces
e aumentar a oferta de frutas e verduras ajudam a equilibrar a alimentação
O chocolate é nutritivo, fonte de energia, antioxidantes, vitamina
e cálcio e é responsável por liberar endorfina e serotonina, que trazem aquela
sensação de bem-estar. “No entanto, é preciso atenção na quantidade. O exagero
pode causar a perda sono dos pequenos, agitação, diarreia, vômitos e alterações
gastrointestinais”, finaliza a pediatra.
Dra. Maria Julia Carvalho - formada pela UNICAMP (2004-2009). Fez residência em
pediatria pela Santa Casa de SP (2010-2012). E é especialista em
oncohematologia infantil pela Santa Casa de São Paulo (2012-2014). Plantonista
na unidade de internação do hospital infantil Sabara e na UPA do Einstein de
Perdizes. facebook.com/dramajucarvalho
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