Nutricionista funcional explica os diferentes tipos de chocolate

A especialista ainda dá dicas de como escolher o ovo de Páscoa mais saudável e sugere uma receita de bombom para preparar em casa

A Páscoa é o feriado do ano em que as pessoas mais consomem chocolate, normalmente, nas versões dos conhecidos Ovos de Páscoa. E os diversos tipos do doce que existem no mercado, muitas vezes, confundem os consumidores.

 Por isso, a nutricionista funcional Regina Moraes Teixeira comenta os valores nutricionais que te farão optar pela escolha certa para aproveitar a época sem peso na consciência. Segundo ela, é importante consumi-lo de forma moderada.

 “O chocolate possui benefícios, como o fornecimento de energia ao nosso organismo e a estimulação do hormônio da serotonina, responsável pela sensação de bem-estar. Alguns são ricos em polifenóis, excelentes antioxidantes que combatem o envelhecimento precoce. Entretanto, não podemos nos esquecer que a moderação e a escolha são determinantes para que haja esse efeito”, afirma a especialista que comenta, abaixo, sobre sete tipos de chocolate bastante consumidos pelos brasileiros, dá dicas de como escolher o ovo de Páscoa mais saudável e ensina uma receita de bombom para preparar em casa:

Chocolate ao leite: é composto de massa e manteiga de cacau, leite, leite em pó, ou condensado, e açúcar. Tem menor teor de cacau e é mais calórico, entretanto, o mais comum.

Chocolate branco: é o mais calórico, por causa da presença de manteiga de cacau, açúcar e gordura.

Chocolate meio amargo: possui de 40 a 55% de cacau e pouca quantidade de manteiga de cacau e açúcar.

Chocolate amargo: é o que possui maior quantidade de cacau (de 60 a 85%), menos açúcar e gorduras. Ajudam a melhorar a corrente sanguínea e atuam como antioxidantes pela presença de polifenóis. Auxiliam no sistema nervoso central e nos músculos cardíacos, isso por causa da teobromina, que tem atuação semelhante à da cafeína.

Chocolate diet: contém massa e manteiga de cacau, leite em pó e soro do leite. Por ser diet, existe restrição de açúcar, o que não significa que é mais light, pois contém acréscimo de gordura, sendo muitas vezes mais calórico que o ao leite.

Chocolate orgânico: o cacau e açúcar presentes neste tipo de chocolate são totalmente orgânicos, ou seja, seus ingredientes não possuem conservantes. O alimento foi cultivado, colhido, preparado e transportado num sistema que garante que ele não está contaminado por produtos químicos sintéticos, fumigados ou irradiados.

Alfarroba: é utilizada para substituir o cacau na produção de chocolate. Possui pouca gordura e minerais como cálcio, potássio, fósforo e vitaminas do complexo B. Pode ser consumido por diabéticos, por não conter adição de açúcares.

Logo, se a ideia é optar por um chocolate mais saudável, atente-se a alguns fatores, como explica a nutricionista:

-Sempre leia o rótulo do produto, evite o consumo de ingredientes artificiais;

-Escolha os chocolates com maior teor de cacau (de preferência mais de 70 %);

-Evite os adoçantes tóxicos, como ciclamato, sacarina e aspartame;

-Se optar por ovos de Páscoa recheados, escolha os que contenham oleaginosas, como macadâmia, avelã e frutas secas;

-Diga não às gorduras hidrogenadas (trans).m

-Opte pelo chocolate com menor teor de gordura e que ela seja apenas proveniente da manteiga de cacau ou do óleo de coco. 

E que tal fazer seu próprio bombom “do bem”?

Ingredientes:

300gs de chocolate amargo (mais de 60 % cacau)

200g de damasco picado

1 colher de sopa de chia em grãos

Amêndoas em lascas para decorar

Modo de fazer:

Derreta o chocolate em banho-maria, sem deixar cair água na panela. Após o completo derretimento, misture o damasco, a chia e faça bolinhas. Coloque por cima as amêndoas em lasca e leve à geladeira até tomar consistência.

Benefícios:

-chocolate amargo: antioxidante, combate radicais livres, ajuda no controle do colesterol, previne doenças cardiovasculares e envelhecimento precoce;

-oleaginosas, chia e damasco: são as fontes da gordura “do bem”, ricas em vitaminas, em fibras, protegem a pele, visão e ajudam no controle da saciedade e modulação da microbiota intestinal.