Que os animais
de estimação são fofos, carinhosos e fazem bem à saúde ninguém duvida, mas a
grande questão é: castrar ou não castrar? Especialista da Hercosul Alimentos
fala sobre os benefícios do procedimento para os animais de estimação.
Latidos estridentes são apenas um dos sintomas do
cio nos cães, que inicia por volta dos seis meses de vida. Além disso, urinar fora
do lugar e mudar o comportamento repentinamente também fazem parte desse
processo que dura em média 14 dias.
“Muitas pessoas pensam que o sangramento é o maior
sinal de que o animal está entrando no cio, mas não é bem assim. Algumas fêmeas
não apresentam grande fluxo, o que torna o sangramento imperceptível. Porém, o
inchaço na vulva e a mudança de comportamento acontecem na maioria dos casos”,
revela.
Mas não é só isso, o cio frequente e a não
reprodução podem ocasionar problemas de saúde nos animais, como o câncer, por
exemplo. “A castração é a melhor opção para que os animais tenham uma vida
saudável. Precisamos esclarecer alguns mitos e incentivar essa prática que não
apenas beneficia os bichinhos, mas também diminui a população de animais
abandonados”, revela.
A castração também evita doenças sexualmente
transmissíveis, o que muitos desconhecem. “Os animais também sofrem com as
DST´s, como a Brucelose e o Tumor Venéreo Transmissível (TVT), por exemplo”,
alerta.
A primeira coisa que os tutores devem saber é que
não há necessidade de uma primeira ninhada antes do procedimento. “Isso é
bobagem e não tem comprovação científica. Inclusive, castrar o animal antes do
primeiro cio previne o câncer de mama em até 99%”, acrescenta.
Esther alerta ainda para a diminuição do risco de
acidentes, pois os machos ficam mais calmos e não fogem de suas casas ao
perceber uma cadela no cio, por exemplo. Além disso, a castração também diminui
a incidência de câncer no testículo, que pode ser fatal. “As infecções uterinas
graves também diminuem drasticamente, trazendo conforto e uma vida mais plena
para as fêmeas”, completa.
A cirurgia é simples e apresenta poucos riscos de
complicações. “Quando mais cedo, menos problemas aparecerão. Nos machos é
realizada a remoção dos testículos, pois são eles os responsáveis pela produção
da testosterona, o hormônio sexual masculino”, revela.
Já as fêmeas precisam de um corte um pouco maior,
pois a retirada dos ovários, trompas e útero requerem a incisão na cavidade
abdominal. A recuperação dos machos é mais rápida do que a das fêmeas, que
merecem mais atenção pela possibilidade de abrirem o corte ao lamber ou coçar o
local.
“É fundamental que as cadelas usem roupas
cirúrgicas para evitar qualquer dano pós-cirúrgico. No entanto, a recuperação
de ambos costuma ser rápida e tranquila, não ultrapassando uma semana para que
estejam completamente recuperados”, explica.
Esther considera a castração um ato de amor e
recomenda que os tutores se informem sobre a cirurgia, evitando que mitos os
impeçam de agir em benefício do animal. “Quem desconhece o procedimento não tem
ideia da sua simplicidade e perde a chance de proporcionar uma vida mais longa
ao seu companheiro. Quem ama, castra”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário