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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Brasil registrou mais de 1000 casos de Meningite em 20161



24 de abril é o Dia Mundial de Combate à doença


Na próxima segunda-feira, dia 24 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Meningite.  A Doença Meningocócica Invasiva (DMI) é causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que possui 12 sorogrupos diferentes.2 Atualmente, cinco destes sorogrupos (A, B, C, Y e W) são responsáveis por quase todos os casos de DMI no Brasil.3 Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016, foram notificados 1.083 casos de doença meningocócica no país, sendo que as regiões Sudeste (640 casos) e Sul (185 casos) apresentaram os maiores números de notificações.1

A doença meningocócica preocupa, pois pode levar a óbito, em média, uma pessoa a cada oito minutos no mundo.4 Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos.5

Geralmente ela se manifesta como meningite, que é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave da doença é uma infecção direto no sangue, chamada de meningococcemia.2,5 Ambas podem ocorrer concomitantemente. 6

Os meningococos, bactérias que causam a doença meningocócica, podem ser transmitidos para outras pessoas por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro, beijo, beber no mesmo copo ou comer com talheres de outra pessoa.2 A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer faixa etária, porém é mais comum em crianças até cinco anos e mais rara em idosos.5

De acordo com Dr. Otávio Cintra, Diretor Médico de Vacinas da GSK Brasil, é de suma importância proteger as crianças no primeiro ano de vida1. “É nesse período que elas são mais vulneráveis. O risco de doença meningocócica em crianças que ainda estão sendo amamentadas, que chamamos de lactentes, é três vezes maior que uma criança de um a quatro anos de idade e é seis vezes maior comparado a uma criança de cinco a nove anos de idade. ”7

Uma das principais respostas para a mitigação dessa preocupação e logo, dos números de casos de meningite, é a vacinação8. Até o ano passado, a imunização para quatro sorogrupos da bactéria (A, C, W e Y) só estava disponível no país para crianças acima de um ano de idade. Hoje, a indicação de faixa etária da vacina conjugada com o CRM 197 para os grupos ACWY é a partir dos 2 meses de idade e, também, para adolescentes e adultos.9,10 Já a vacina para a proteção contra a doença meningocócica causada pelo meningococo B (MenB) é indicada para indivíduos dos dois meses aos 50 anos de idade11. Nos postos de saúde, apenas a vacina contra o meningococo C é gratuita, para crianças de 3 meses a 4 anos de idade12 e adolescentes de 12 a 13 anos.13

Uma pesquisa internacional conduzida pela GSK ano passado, revelou a falta de conhecimento de pais e mães brasileiros sobre a doença meningocócica e suas potenciais consequências. Quase sete em cada dez responsáveis disseram que não sabem o suficiente sobre os diferentes sorogrupos da meningite e sequelas que a doença pode causar. Em média, mais da metade dos responsáveis não sabiam ou não tinham certeza de que existem diferentes tipos de bactérias que causam a meningite. Mas ainda assim, entre 14 doenças com prevenção através da vacinação, a meningite é considerada a doença de maior risco à saúde dos filhos, para 64% dos pais e mães brasileiros entrevistados. *

*Informações internas - Dados fornecidos pela GSK Global.


Sobre a Meningite

Os sinais e sintomas iniciais da doença meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — assemelham-se aos do resfriado e de outras doenças virais comuns.14 Na sequência, o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.14 Após 15 horas, o quadro geralmente evolui para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.5,14 Essa rápida progressão deixa pouco tempo para o diagnóstico e tratamento apropriados em tempo hábil, reforçando a necessidade de prevenção da doença por meio de vacinação.8

O diagnóstico inicial da doença meningocócica é clínico, feito por exclusão de outras doenças, já que seus primeiros sintomas são inespecíficos, tornando o diagnóstico geralmente dificultoso. O diagnóstico laboratorial é realizado a partir da análise e cultura de amostras de sangue e de líquor. A coloração pela técnica do Gram (exame simples e rápido) pode ajudar a aumentar o grau de certeza do diagnóstico clínico.2,5,15



GSK 





Referências:
1.      Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "UF NOTIFICAÇÃO" para Linha, "FAIXA ETÁRIA" para Coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2016" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, “Selecionar Sorogrupo desejado” para Sorogrupo e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Dados enviados pelo Ministério da Saúde através do Sistema de Informação ao Cidadão em 23 fev. 2017.
2.      WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal Meningitis Factsheet N°141. 2012. Disponível em:<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs141/en/>. Acesso em 08 mar. 2017.
4.      NAGHAVI M, et al. (2013). Global, regional, and national age-sex specific all-cause and causespecific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study. The Lancet, 385, pp.117-171.
5.  CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em:<http://www.cives.ufrj.br/informacao/dm/dm-iv.html>. Acesso em 08 mar. 2017.
6.  PARANÁ. Secretaria de saúde. Doença meningocócica – CID10 A39: doenças infecciosas e parasitárias. Disponível em:<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=517>. Acesso em: 17 mar. 2017.
7.      CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”. Doença meningocócica: casos, coeficientes de incidência (por 100.000 hab) e porcentagens segundo faixa etária, estado de São Paulo, 1998 a 2016 [dados de 19/07/2016]. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/meningites/dados/doenca_meningococica.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017
8.      YOGEV R,  et al. Meningococcal disease: the advances and challenges of meningococcal disease prevention. Hum Vaccin. 2011;7(8):828-837.
9.      MENVEO® (vacina meningocócica ACWY conjugada). Bula da vacina.
10.  Diário Oficial da União - DOU. Ampliação de uso. Número 101 ISSN 1677-7042 pg 36.
11.  BEXSERO™ [vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)]. Bula da vacina.
12.  MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe Técnico - Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2016-09/informe-tecnico-campanha-multivacinacao-2016.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017
13.  BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinas para adolescentes. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/11/vacinas-para-adolescentes.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017
14.  THOMPSON MJ, et al. Clinical recognition of meningococcal disease in children and adolescents. Lancet. 2006;367(9508):397-403.
15.  IMMUNIZATION ACTION COALITION. Meningococcal: Questions and Answers. Information about the disease and vaccines. Disponível em: <http://www.immunize.org/catg.d/p4210.pdf>. Acesso em 08 mar. 2017.

BR/VAC/0049/17




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