Mês da mulher, março é a ocasião perfeita para
falarmos sobre uma característica muito presente, especialmente, em líderes do
sexo feminino: a intuição. Apesar
de estudos nunca terem provado detalhes, é consenso que mulheres têm intuição
emotiva mais forte que os homens, tanto que isso foi apelidado popularmente de
“o 6º sentido”. E o fato é que esse atributo se torna, cada vez mais, um
diferencial entre os grandes gestores empresariais, mesmo porque os próprios
homens passaram a se espelhar nas líderes mulheres para se desenvolver.
Talvez pelo
fato de a mulher ter sua fisiologia destinada a ser mãe os hormônios que produz
mexam mais com o seu humor e com emoções como a de se sentir feliz pela outra
pessoa e de se preocupar com o próximo. Qual mãe que nunca adivinhou que o
filho iria se machucar, previu um resfriado ao indicar uma blusa na saída de
casa ou mesmo que se emocionou mais do que os próprios filhos por uma
comemoração ou conquista deles?
Pense: quem
não admira um líder ou chefe que tem essas mesmas emoções por sua equipe, capaz
de apoiar, ensinar, evitar erros, estar ao lado e comemorar junto as vitórias?
Pesquisas recentes têm mostrado que os líderes mais admirados possuem
características como a capacidade de controlar as próprias emoções e também as
emoções de sua equipe, tanto para evitar estresse em momentos negativos quanto
para vibrar muito com as conquistas de cada membro do time.
Agora mais
uma pergunta: você já pensou em como a intuição pode complementar os cinco
sentidos do corpo humano durante a tomada de decisão? A visão, a audição, o
olfato, o paladar e o tato têm capacidade física de levar informações externas
ao nosso corpo, direto para o nosso cérebro interpretá-las e transformá-las em
emoção. E, apesar de estar relacionado à percepção – e não ao físico -, o sexto
sentido também tem como finalidade identificar emoções ao cérebro, gerando
sensações positivas ou negativas (confiança ou desconfiança) para que então
possamos tomar decisões mesmo sem ter uma percepção racional.
Alguns anos
atrás, muitas organizações, por estarem focadas apenas em resultados, preferiam
ter CEOs homens e, em boa parte, engenheiros. Porém, de uns tempos para cá,
passaram a almejar executivos com o perfil de prezar pelo relacionamento
estável entre equipes. Essa mudança abriu portas para que jovens líderes
mulheres decolassem, entre outros fatores, graças ao fato de fazerem bom uso da
intuição para gerirem os seus times.
É comum
encontrarmos em grandes mulheres líderes e empreendedoras a forte
característica da intuição, presente tanto em momentos de decidir algo quanto
nas ações baseadas em como as outras pessoas estão se sentindo ou vão se
sentir. Essa característica emotiva hoje é muito credibilizada em gestores e
coaches por ser fundamental para estabelecer o controle em momentos
complicados, quando o lado emocional está mais aguçado do que o racional.
Com a
globalização e a valorização dessas características mais fortes em mulheres, o
mercado de trabalho tem diminuído a diferença entre os gêneros nas posições de
liderança e aberto novas portas para gestoras e empreendedoras. Isso tem
ocorrido porque as organizações perceberam que as emoções - em forma de
inteligência emocional ou cultura emocional - precisam estar em equilíbrio com
a razão e passaram a buscar mesclar o perfil de seus líderes entre os mais
cartesianos e os mais emotivos, para tornar o ambiente profissional um melhor
lugar para se conviver. Por isso, mulheres, apostem em seus diferenciais para
se tornarem grandes líderes, afinal toda empresa precisa de um sexto sentido
apurado.
Renato Fontana - sócio e diretor de Marketing da
Enora Leaders, empresa de educação corporativa, especializada em
aceleração de resultados - www.enora.com.br
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