Começamos um novo ano. Analisando os
inúmeros atendimentos como aconselhador de carreira, lembrei-me de uma conversa
que chamou minha atenção. Um profissional de 45 anos buscando recolocação
profissional questionou o que mais poderia desenvolver para manter sua
empregabilidade. Ao avaliar sua biografia profissional, é possível concluir que
a condição de empregabilidade dele era elevada! Formações acadêmicas recentes;
ótimo marketing pessoal; ampla rede de relacionamentos devido aos anos de
profissão, além de excepcional preparo técnico.
Esse profissional já possuía
reconhecimentos, habilidades e talentos pessoais para permanecer empregado.
Refleti muito sobre como poderia ajuda-lo nesta transição e gestão de carreira.
Qual seria sua perspectiva de atuação no momento profissional?
Levantei quatro pontos a serem
aprimorados para complementar essa escolha:
- Manter os cuidados com a saúde e
bem-estar. Infelizmente muitos homens postergam a manutenção periódica da saúde.
Era recomendável realizar um check-up para verificar o que poderia mudar e/ou
fazer diferente.
- Planejar a vida financeira. Apesar
de ter atuado em grandes companhias com altos salários, ele não preparou sua
vida financeira no longo prazo. Conversamos sobre suas dívidas, baixos
investimentos e aplicações e falta de planejamento para aposentadoria.
- Buscar fontes alternativas de
renda. Refletimos acerca de possíveis economias colaborativas para obtenção de
rendimentos extras, como parcerias com Airbnb, Uber, atividades freelances,
franquias de baixo custo. Seu olhar para empreender ou buscar algo novo no
curto prazo poderia enfrentar dificuldades.
- Networking, preparo técnico e
formações acadêmicas recentes. Este conjunto de habilidades e características
agregaria à busca de trabalhabilidade.
Faço uma comparação sobre a
trabalhabilidade com o conceito CHA (sigla para Conhecimento, Habilidade e
Atitude), que é o constante desenvolvimento de conhecimentos e habilidades,
agregando também características de atitudes. Percebo que o processo de
empregabilidade vai além de formações acadêmicas ou da fluência em inúmeras
línguas estrangeiras. O processo de trabalhabilidade pode integrar sonhos,
objetivos, propósito profissional e qualidade de vida, afinal, olhar para nós e
para nossas necessidades também é importante. Somos influenciados pelas nossas
crenças e valores, o que nos impacta constantemente, seja com efeitos positivos
ou atitudes a serem melhoradas.
Recomendo a leitura da Teoria U, de
Otto Scharmer, que entre tantas outras informações, questiona nossos modelos
mentais, conecta com o propósito (individual e coletivo) para, então, realizar
modelos de atividades fazendo constantes ajustes.
Assim, iniciemos este ano de forma
reflexiva e com metas estratégicas profissionais definidas. Desta forma,
teremos nossa carreira alinhada com nossa vida pessoal.
“O futuro não é
um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para
ele não é encontrado, mas construído. O ato de fazê-lo muda tanto o realizador
quanto o destino” Antoine de Saint-Exupery.
Thiago
Brolezzi - pós-graduado em Pedagogia Empresarial pela Universidade Paulista,
tem MBA em Recursos Humanos pela Universidade Nove de Julho, especializado em
Mediação Social e Facilitação de Processos pela Ecosocial/Comviver, graduado em
Administração de Empresas com ênfase em Hotelaria pelo Senac, certificado em
Coaching pela SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching e em Coaching
Integrativo pela ACI – Academia de Coaching Integrativo de São Paulo. É, ainda,
Consultor de Transição de Carreira na Thomas Case & Associados.
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