Informações e
esclarecimentos sobre procedimentos ajudam a aumentar a adesão de exames
Quando o assunto são exames de imagem, muitas
dúvidas sobre a segurança desses procedimentos ainda confundem a
população, principalmente no que diz respeito àqueles que utilizam radiação.
“O desenvolvimento desses métodos de imagens
radiológicas são parte fundamental da avaliação diagnóstica. Os exames como
tomografia, raios-X e mamografia expõem o paciente a doses baixas de radiação e
que, no geral, apresentam poucos riscos”, explica o Dr. Henrique
Pasqualette, diretor médico de Centro de Estudos e Pesquisas da
Mulher (CEPEM).
A falta de esclarecimento e de informações acerca
do tema ainda é um grande empecilho para o aumento da adesão de alguns exames.
“As análises feitas por meio de mamografia, densitometria óssea e tomografia
computadorizada são fundamentais para a detecção precoce de doenças e o
monitoramento da evolução do quadro”, pontua.
Confira
abaixo os principais mitos e verdades que envolvem os exames de imagem.
A
mamografia aumenta o risco de câncer de tiroide?
Mito. Possivelmente um dos boatos mais comuns
sobre a mamografia, ele já foi desbancado por diversas organizações de
Saúde. “Os raios emitidos pelo aparelho atingem majoritariamente os
seios, a dose de radiação que chega à tireoide durante a realização do exame é
muito baixa, menor que 1% da dose recebida pela mama”, salienta Dr. Henrique.
Apesar da baixa radiação, vale ressaltar que a realização desse exame deve ser
controlada e monitorada, evitando-se o excesso desnecessário de mamografias de
rotina.
Exames de
ultrassom e ressonância magnética não levam radiação?
Verdade. “No caso do ultrassom, o princípio utilizado é a emissão
de ondas de som (não audíveis), que produzem imagens dinâmicas do corpo humano
e auxiliam na detecção de possíveis anormalidades. Já a ressonância magnética
retrata imagens de alta definição dos órgãos por meio da utilização de campo
magnético”, explica o especialista.
Pessoas
com claustrofobia não podem realizar exames de ressonância?
Mito. Pacientes claustrofóbicos podem, sim, sentir
desconfortos ao realizar o exame, uma vez que os aparelhos de ressonância são
estreitos e a pessoa vai precisar permanecer dentro dele por alguns minutos.
Porém, a condição não é um impeditivo. “Algumas técnicas minimizam a sensação,
como deixar o queixo apoiado por um travesseiro para visualizar a abertura do
aparelho. Também há a possibilidade de sedação”, esclarece Dr. Henrique.
Grávidas não devem realizar exames que
envolvem radiação no primeiro trimestre?
Verdade,
é melhor evitar. O feto é mais sensível à radiação do que um adulto. Logo, se a
mulher estiver grávida ou se há possibilidade de gravidez, o indicado é
informar ao médico e à equipe sobre essa condição. “Para as gestantes em
primeiro trimestre, adotamos sempre o máximo de cautela. Cabe a um especialista
avaliar os riscos e a necessidade do exame”, pontua o médico.
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