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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

NOVA EXPOSIÇÃO DO MAB FAAP APRESENTA RETROSPECTIVA DO ARGENTINO TEC

Produções do artista, conhecido por pinturas nas empenas de prédios e intervenções no asfalto da cidade de São Paulo, poderão ser apreciadas a partir de 24 de agosto 

 

O MAB FAAP abre ao público em 24 de agosto a exposição Urbana com cerca de 40 obras do artista argentino Tec, conhecido, principalmente, por suas intervenções no asfalto e nas empenas da cidade de São Paulo, como o grande mural “Cabeça Urbana”, que pode ser visto por quem passa pelo Minhocão. A mostra é um balanço inédito da trajetória do artista, que reúne trabalhos que extrapolam a técnica tradicional – sobre tela, com uso de tinta acrílica – e ganham destaque em outras superfícies, como murais, fotografias, instalação, site-specific e vídeo.  

As obras de Tec retratam muito do que o artista vê por São Paulo, cidade onde vive há mais de 10 anos. A rua é sua principal fonte de inspiração. “É evidente a influência da cidade em minhas obras. Tento traduzir a questão do urbanismo, o caos de uma megalópole, a tipografia espalhada pelas ruas, em desenhos figurativos exagerados, sem proporções”, explica ele, enfatizando que não cria uma mensagem por trás de cada obra, mas deixa a interpretação livre para o espectador.  

Com curadoria de Laura Rago, a exposição foi pensada a partir do livro “Tec – 2010/2020” (Martins Fontes), lançado em 2021, e que apresenta um recorte do percurso profissional do artista a partir do momento em que ele se instala na cidade de São Paulo, em 2011.  

“Tec é um artista cuja trajetória é comprometida em reagir, em termos estéticos, comportamentais e ideológicos, às contradições impostas pela realidade, além de serem respostas às questões do nosso tempo. Ele capta a atenção e provoca a revisão da paisagem urbana, transformando a experiência de transitar pela cidade”, destaca a curadora. 
 
Para além das intervenções usando a metrópole como suporte, Tec se dedica à pintura -linguagem que o artista desenvolve em paralelo aos seus trabalhos nas ruas. 
 

Enquanto o grafite está muito presente nas pinturas de asfalto, nas telas, Tec une a velocidade da action painting ao rigor formal das camadas que se sobrepõem. Seu traço e o manejo da cor fogem ao conhecimento estabelecido e à aparência das coisas para instaurar, pelo ato criativo, uma nova interpretação do real. 

O público que for à exposição poderá apreciar dois murais inéditos. Um autoral, com sua interpretação sobre a cidade e suas questões urbanas; e outro no qual o artista reproduzirá os desenhos feitos por crianças de escolas públicas que serão levadas para visitar a mostra. 

 

Na exposição, será criada uma instalação interativa com vídeo-drone feita exclusivamente para a ocasião. 

 

Mural "Cabeça Urbana", no Minhocão (SP). Feito em 2015 e restaurado em 2021

 

Educativo – lugar de sentidos da exposição  

A mostra pretende colocar o Educativo como elemento articulador da exposição, com ativações internas e externas, com alunos de escolas públicas (EMEI) e estudantes da FAAP. 

As crianças serão convidadas a fazer desenhos como parte da programação da visita ao museu. Esses trabalhos serão reproduzidos pelo artista, ao longo do período expositivo, em um grande mural criado especialmente para essa atividade, no Salão Cultural do MAB FAAP. 

“Faz parte do projeto Arte e Educação que aplicamos há mais de dez anos nas escolas periféricas, principalmente, com o objetivo de desenvolver o potencial artístico das crianças”, ressalta. Para ele, a oficina gera autoestima e um novo vínculo entre os pais e seus filhos, ao serem convidados a apreciar o desenho das crianças. “É levar a arte para quem não tem muito acesso”, afirma.  

Tec realiza há mais de dez anos uma atividade de desenvolvimento do potencial artístico de crianças de 4 a 10 anos da rede pública de ensino. Esse projeto foi aplicado em escolas públicas e ONGs, em diferentes cidades e países, tendo obtido entre os participantes resultados positivos no que concerne à percepção do próprio potencial criativo. "Realizamos uma oficina de artes com as crianças, na qual pedimos para que os pequenos desenhem livremente. Depois, com o resultado em mãos, os desenhos são reproduzidos em escala mural em alguma parede grande", conta o artista. 

Um dos objetivos desta atividade feita no museu é contribuir para que se ampliem as discussões no tocante à inclusão de crianças da rede pública de ensino nos espaços institucionalizados e sensibilização dos agentes sociais e culturais. "Queremos reforçar a ideia de construção do conhecimento e aprendizagem por meio da educação com experiência no espaço museal”, conta Tec. 

  
Arte e Tecnologia 
 

O artista inovou e ampliou o cenário da arte urbana com seus desenhos gigantes pintados no asfalto das ladeiras de São Paulo, fazendo uso da perspectiva a distância, que também podem ser apreciadas a partir de vídeos produzidos por ele com o uso de drones. 

Suas produções no asfalto podem ser encontradas, por exemplo, em ruas nas zonas sul e oeste de São Paulo, onde ele já pintou, por exemplo, um esqueleto de lagartixa, um peixe, um rato e uma pipa.  

“Penso muito nas crianças quando faço essas pinturas. São desenhos que serão reconhecidos facilmente por elas, que estão no ecossistema da cidade, e acabam se tornando pontos de referência e fuga do cotidiano para aqueles que passam pela rua”, finaliza.   

“Urbana” tem patrocínio da Zissou, startup brasileira pioneira em trazer o conceito de bed in a box ao País, Magik JC, empresa presente no mercado imobiliário brasileiro desde 1972, e Coral Tintas, além de apoio cultural do Programa Shot de Arte, Assistravel e Choque Cultural. 

 

Sobre o artista 

A combinação de suportes e técnicas é a tônica do trabalho do artista cordobês, que faz da rua sua fonte de inspiração estética. Tec explora a ambiguidade dos espaços públicos e privados da arte, usando métodos diversos: intervenção performática, instalação de site specific e filmagem de ação. Conhecido internacionalmente com a mostra “De Dentro e De Fora”, realizada em 2011 no Museu de Arte de São Paulo (MASP), Tec expôs seus trabalhos em outras instituições de grandes cidades, como Museo Caraffa, em Córdoba, Argentina, Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, além de galerias em Nova York, Washington, Barcelona, Berlim e Colônia. Recebeu o prêmio Konex 2022, na categoria Artes Visuais em Espaços Públicos. 

Site: tecfase.com

Instagram: @tecfase

 

Sobre a curadora 

Curadora e jornalista, Laura Rago é pós-graduada em Jornalismo Cultural e em Arte: Crítica e Curadoria. Também tem graduação em História. Foi curadora e co-curadora da coletiva digital "Comuna SP" (2021), no Festival A Cidade Precisa de Você, "Reconstrução" (2021), do artista Daniel Melim, na Fundação Iberê Camargo, "Segue em Anexo", exposição digital em parceria com o Museu Nacional da República, em Brasília, e "Xilografitti" (2022), coletiva no Sesc Consolação, entre outras. Hoje é curadora-adjunta e coordenadora da 40ª edição do Arte Pará. É curadora, pesquisadora e coordenadora de comunicação na Academia de Curadoria. Desde 2015, representa o artista Tec e com ele desenvolve, há mais de 10 anos, o Projeto Arte e Educação com crianças da rede pública de ensino.  
Instagram: @laurarago__ 

 


 

Exposição Urbana 

Período de visitação: de 24 de agosto a 9 de outubro de 2022 

Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas das 10h às 18h – última entrada às 17h30. 
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h – última entrada às 17h30. 
Fechado todas as terças-feiras, mesmo quando feriado. 

Endereço: R. Alagoas, 903 – Higienópolis - SP 

Informações: (11) 3662-7198 

Entrada: Gratuita 

@mabfaap 

 

Incontinência urinária: não é normal!

Perda de urina involuntária, que interfere na qualidade de vida, afeta o bem-estar, causa constrangimento ou restringe o convívio social? É hora de procurar um médico

 

O assoalho pélvico é a estrutura formada por músculos, fáscias e ligamentos, responsáveis pela sustentação de órgãos como bexiga, útero, vagina e reto. Disfunções nessa estrutura podem afetar diretamente o controle da urina, das fezes ou as atividades sexuais.

As disfunções mais frequentes estão relacionadas ao enfraquecimento ou alterações musculares, que levam à incontinência urinária e fecal, dores e hérnias. Sem diagnóstico ou tratamento, acabam por interferir na qualidade de vida, no bem-estar físico, mental e social.

Algumas condições ao longo da vida, como gestação, parto e menopausa, bem como a própria anatomia das mulheres, tornam a região do assoalho pélvico mais suscetível a desordens, especialmente a incontinência urinária de esforço e o prolapso de órgãos pélvicos, popularmente chamada de bexiga caída, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

“O importante é saber que nada disso deve ser considerado ‘normal’ e é importante levar estas queixar ao conhecimento do médico ginecologista assim que surgirem. Por meio de exame físico e alguns exames específicos, é possível orientar a sobre o tratamento mais indicado para cada caso”, afirma o especialista.

 

Diagnóstico e tratamento 

Segundo o Dr. Alexandre, no caso da incontinência urinária de esforço, há diversas formas de tratamento. A escolha do tratamento depende da condição clínica de cada paciente e dos resultados de seus exames. 

“Entre as opções, estão exercícios perineais, cones vaginais, eletroestimulação da musculatura do assoalho pélvico e fármacos.” 

Muitas vezes, será necessária a correção cirúrgica. Neste caso, diversas são as técnicas e formas de cirurgia, sempre visando o melhor resultado com o menor tempo de recuperação. 

“Uma das opções é a cirurgia vaginal, que é considerada minimamente invasiva por utilizar um orifício natural do corpo da mulher: a vagina. Por este meio, é possível acessar o assoalho pélvico e realizar a correção necessária”, afirma o Dr. Alexandre. 

Segundo o especialista, entre as diversas vantagens desta modalidade estão a pronta recuperação, pelo fato de haver manipulação mínima na cavidade pélvica e, ao final, não deixar cicatriz aparente. 

Em caso de dúvida, não deixe de procurar o seu médico ginecologista.


Dietas restritivas: os perigos de não seguir uma alimentação balanceada e sem acompanhamento profissional

Nutricionista clínica do Hospital Sírio-Libanês explica os efeitos no organismo do indivíduo quando adota uma dieta não equilibrada

 

Cansaço, falta de energia para realizar as atividades do dia a dia, sentimento de dormir e acordar com a sensação de que não descansou nada, intestino começa a não funcionar adequadamente, excesso de gases, distensão abdominal. Esses são alguns fatores de risco de dietas restritivas e que, sem dúvida, impacta na rotina e no bem-estar do indivíduo. 

Além do cansaço e da irritabilidade, outros efeitos em adotar dietas restritivas e não ter uma alimentação balanceada são memória ruim, unhas enfraquecidas e queda de cabelo e se torna também comum sentir a necessidade de consumir mais doces ou carboidratos, como massas e pães. “Essas manifestações são consequências do estresse que o corpo passa com a restrição de nutrientes que são adequados ao seu funcionamento, da má qualidade do sono e do inadequado funcionamento intestinal. Isso também se aplica ao indivíduo que não faz dieta, mas tem uma alimentação desequilibrada, com alto consumo carboidratos, doces, produtos industrializados e baixo consumo de frutas, legumes e verduras”, afirma Caroline Martins Machado, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês. 

Para a nutricionista ter uma boa alimentação proporciona o funcionamento correto do organismo e evita o surgimento de doenças, além de melhorar a disposição e o humor. Segundo Caroline Martins Machado, o primeiro ponto a se pensar é na restrição de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. Sem esses nutrientes, por um longo período, o indivíduo pode ter carências nutricionais que acarretem queda de cabelo, unhas frágeis, ressecamento da pele, dores de cabeça, dificuldade para dormir, irritabilidade, cansaço, entre outros. “Quando olhamos para a perda de peso, ela pode até ser efetiva no primeiro momento. Porém, como o organismo sente que está em perigo com essa restrição, diminui o gasto energético basal, e então a perda de peso estaciona, é o chamado “efeito platô”. Quando você volta a comer, o seu organismo armazena muito mais, e o reganho de peso é garantido. Dietas muito restritivas são difíceis de se manter e acabam não sendo efetivas”, afirma. 

Para o indivíduo que tem alguma doença, como diabetes ou hipertensão, ou até mesmo para quem deseja emagrecer de forma saudável, a orientação é procurar profissionais de saúde, como endocrinologista, nutricionista, nutrólogo. A equipe de saúde trabalha em conjunto, como, por exemplo, o nutricionista é responsável pela prescrição dietética, ou seja, o plano alimentar. Os médicos endócrinos e nutrólogos são responsáveis pela prescrição de medicamentos entre outros cuidados. O indivíduo que é acompanhado pela equipe multiprofissional possui maiores chances de atingir os seus objetivos e ter uma melhor qualidade de vida e longevidade.

 

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://www.hsl.org.br


Pesquisa revela que maioria dos brasileiros estava com sobrepeso, em 2021

Conforme dados, seis a cada 10 indivíduos apresentaram peso acima do recomendado pelo Índice de Massa Corpórea 

 

Uma pesquisa realizada pelo Vigitel, revelou que, em média 57,25% da população do Brasil estava com sobrepeso em 2021. Este resultado quer dizer que a cada 10 brasileiros, ao menos seis estão com o peso acima da média ideal, calculada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC).


Esses dados também revelam que condição é maior entre os homens, numa média de 59,9%, enquanto as mulheres registraram uma média de 55%. Outro ponto de pesquisa foi quanto a distribuição por faixas etárias, na qual problema era mais alto nas faixas de 45 a 54, chegando a 64,4%, e na faixa entre 55 e 64, chegando a 64%.


A mesma pesquisa também fez uma comparação entre as capitais Brasileiras. As com maiores índices de sobrepeso eram Porto Velho (64,4%), Manaus (63,4%) e Porto Alegre (62%). Por outro lado, as com menores resultados foram São Luís (49,27%), Palmas (50,12%) e Vitória (51,49%).


Para o cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo, e diretor do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), Dr. Leonardo Salles, esse quadro é preocupante, porém reversível. “Me preocupa muito notar que a maior parte da população brasileira está acima do peso. Isso porque o sobrepeso é uma porta para outras doenças que podem interferir drasticamente na vida. Doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo o câncer. Mas o que me deixa um pouco mais tranquilo em relação a isto é que tanto o sobrepeso quanto a obesidade têm tratamento e o paciente pode sim reverter o quadro”.


O médico explica que qualquer caso de sobrepeso ou de obesidade há uma maneira para tratar. No caso de pacientes com o IMC acima de 27, uma alternativa vista pelo profissional é o balão intragástrico, procedimento pouco invasivo que consiste na introdução de um recipiente que é inflado com substância aquosa.


“O balão intragástrico é, literalmente, uma bola de silicone, e no seu interior contém 400 a 700 ml de uma solução salina e azul de metileno. O benefício que o balão oferece ocorre porque ele ocupa uma boa parte do volume do estômago, diminuindo a quantidade necessária de comida para preencher a região e gerar a sensação de saciedade no paciente. Por isso, o balão inibe o consumo excessivo de comida, levando a uma perda significativa de peso em pouco tempo”, explica.


Contudo, o diretor do IMO explica que, apesar de técnicas como o balão intragástrico, ainda é necessário tratar seu mecanismo de ganho de peso. “Não se trata a obesidade apenas perdendo peso, mas sim com um trabalho cuidadoso de diagnóstico e tratamento dos seus mecanismos de ganho de peso, para isso a nossa equipe multidisciplinar conta com nutricionista, psicólogo, endocrinologista e psiquiatra. Emagrecer é tratar o sintoma da obesidade, mas para tratar de forma eficaz e duradoura temos de tratar também seu mecanismo de ganho de peso, tratar a causa do seu ganho de peso”, finaliza.


Câncer de Ovário: com difícil diagnóstico, geralmente é descoberto em estágio avançado, reduzindo as chances de cura

O câncer de ovário é a terceira neoplasia ginecológica mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de colo de útero e endométrio (corpo do útero)


 

O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, apresenta as menores taxas de cura, visto que geralmente é descoberto em estágio avançado.

 

Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para cerca de 6.600 novos casos ao ano da doença e quase 4 mil óbitos.

 

Por isso, exames preventivos e consultas periódicas ao ginecologista são indispensáveis.


 

Câncer de Ovário e Carcinomatose Peritoneal

 

Uma vez confirmado o câncer de ovário, diversas opções de tratamento poderão ser indicadas, conforme o estágio da doença e as condições clínicas da paciente.

 

Quando detectado no início, há mais chances de cura. A cirurgia e a quimioterapia são grandes diferenciais no tratamento do câncer de ovário avançado, explica o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico e e coordenador do centro de carcinomatose peritoneal dos hospitais BP e BP Mirante, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

 

“Em alguns casos, a partir do câncer de ovário, pode haver a disseminação da doença pela cavidade abdominal. Quando a doença sai de seu órgão de origem, se espalhando pelo peritônio, que é a membrana de revestimento interno do abdome, temos a Carcinomatose Peritoneal”, explica o especialista.

 

Antigamente, esta era uma situação sem qualquer expectativa de cura para o paciente, levando a complicações fatais, como a obstrução intestinal.

 

Hoje, com as técnicas existentes, profissionais em constante capacitação e hospitais de referência para o tratamento da carcinomatose peritoneal, o prognóstico pode ser bem diferente.

 

Mais informações sobre o câncer de ovário e a carcinomatose peritoneal estão disponíveis em:

www.carcinomatoseperitoneal.com.br


 

Prevenção

 

Não existe prevenção para o câncer de ovário, portanto, consultas regulares ao ginecologista e exames de rotina são importantes para que seja possível um diagnóstico precoce. O exame de ultrassom é um dos exames que auxiliará na identificação de que há alguma anormalidade nos ovários. Se houver, exames de sangue específicos e cirurgia podem ser necessários. 

 

Cerca de 10% dos casos apresentam componente genético ou familiar. Assim, no caso de histórico familiar da doença, ou também de câncer de mama, útero ou colorretal, o médico deverá ser informado.

 

Vale destacar que o exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta este tipo de câncer. O teste é específico para o câncer do colo do útero.


Poliomielite tem vacinação como única forma de proteção

Foto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe


O Hospital Pequeno Príncipe alerta que a queda nos índices de imunização representa risco de novas infecções no país

 

Há mais de 30 anos sem registrar casos de poliomielite em território nacional, o Brasil está em estado de alerta após outros países, que também não possuíam diagnósticos recentes, detectarem novos casos da doença. Como não há cura para a enfermidade, o Hospital Pequeno Príncipe enfatiza o papel da vacinação como única forma de proteção e prevenção à poliomielite, em um cenário mundial de preocupação quanto à circulação do vírus.

Os índices de imunização são alarmantes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil sofreu queda ao longo dos últimos anos. Os números, que chegavam a 100% em 2013, decaíram em 67% em 2021 – menor taxa em uma década. Segundo informações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), divulgadas em 2022, o Brasil já se encontra na lista de países com alto risco de volta da poliomielite.

“A queda no número de crianças vacinadas é preocupante, pois a poliomielite é uma doença altamente contagiosa. Com uma cobertura vacinal abaixo de 95% de adesão, aumentam os números de crianças suscetíveis à enfermidade. Também aumentam os riscos de o vírus ser reintroduzido no Brasil e ocorrer uma rápida onda de transmissão entre os não vacinados”, adverte a médica pediatra Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, que coordena o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe.


Sobre a poliomielite

Popularmente conhecida como pólio ou paralisia infantil, a poliomielite é uma doença viral causada por três sorotipos de poliovírus, que ocorrem somente em humanos. A transmissão pode acontecer por via fecal, oral ou por meio de gotículas respiratórias.

A coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe reforça que em 70% dos casos a doença se apresenta de forma assintomática ou como um resfriado comum. O vírus da doença persiste no trato respiratório por aproximadamente duas semanas após o início dos sintomas, sendo posteriormente excretado pelas fezes durante três a seis semanas. “Essa forma de eliminação do vírus faz com que o paciente seja potencialmente contagioso durante esse período”, relata a médica.

“Apenas alguns casos, entre 1% e 5%, acabam se manifestando como uma meningite asséptica com parestesias, nos quais é possível somente um tratamento suportivo. Em poucos dias, temos a evolução para paralisia, característica da poliomielite”, acrescenta. Essa complicação em pacientes infectados pela doença se manifesta como uma paralisia assimétrica, que afeta principalmente os músculos proximais, aqueles próximos ao tronco, como a parte superior das pernas e braços.


Campanha Nacional de Vacinação

A vacinação é a única forma de prevenir a enfermidade, que não tem cura tampouco tratamento. Até o dia 9 de setembro, o Brasil realiza a Campanha Nacional de Vacinação, com cerca de 40 mil postos de saúde prontos para a aplicação de doses de 18 vacinas que compõem o calendário de vacinação da criança e do adolescente, entre elas a da poliomielite.

Em território nacional, existem duas vacinas disponíveis que atuam contra a pólio, ambas altamente imunogênicas e efetivas na prevenção da doença, sendo elas a vacina inativada, intramuscular, e a vacina viva atenuada, por via oral, desenvolvida por Albert Sabin. O esquema vacinal completo contra a pólio consiste de cinco doses, entre as quais duas de reforço.

“No esquema primário, com doses aos 2, 4 e 6 meses, deve-se dar prioridade para o uso da vacina inativada. Após essas três doses, o primeiro e segundo reforço devem ser realizados aos 15 meses e 4 anos respectivamente. 99% a 100% do público com ao menos três doses apresenta uma soroconversão e, consequentemente, a proteção contra a poliomielite”, completa a pediatra.


Centro de Vacinas Pequeno Príncipe

A campanha de vacinação também está disponível na rede particular. O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, referência em imunização há 23 anos, oferece atendimento integral para todas as faixas etárias e se encontra à disposição para a aplicação do imunizante contra a poliomielite. O funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 18h, sem necessidade de agendamento prévio. Além disso, também é possível que uma equipe vá realizar a vacinação em casa, mediante agendamento.


Número de casos de gripe tem aumento de 168,9% no Brasil em 2022

A campanha de vacinação segue em andamento, já que a cobertura vacinal atual no país é de 58,9%1

 

O Ministério da Saúde anunciou em julho que prossegue com a campanha de vacinação contra a gripe. Todas as pessoas a partir de 6 meses de idade, em todo o país, ainda podem se vacinar contra a gripe enquanto durarem os estoques da vacina contra Influenza.2 

A meta de vacinar 90% do grupo prioritário, composto por crianças entre seis meses a menores de cinco anos, idosos acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e professores, não foi atingida, com a cobertura vacinal tendo alcançado 58,9%*.2 Em 2021, a campanha nacional de vacinação contra a Influenza teve uma adesão de 72,1% do público-alvo, abaixo da meta de 90% de cada população prioritária, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).3   

Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), há um crescimento de 168,9% no número total de casos de gripe comprovados em laboratório no Brasil nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 (do início de janeiro à primeira semana de julho de 2022) comparado com o número de casos com comprovação laboratorial no mesmo período do ano passado.1 No total, foram 7174 casos nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 ante 2668 no mesmo período de 2021 na somatória dos números de todas as unidades da federação e do Distrito Federal.1 Levando em conta a soma de todos os casos de influenza notificados nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022, a alta é de 150,8%, com 4953 casos ante 3284 no mesmo período em 2021.1 

 Dra. Sheila Homsani

Diretora médica de Vacinas na Sanofi 

“Esses números são preocupantes. Após o relaxamento das medidas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento social, observamos no início de 2022, fora do período habitual, um retorno da circulação de Influenza no Brasil, confirmando sua imprevisibilidade. Apesar de julho ter sido um mês de temperaturas mais quentes do que o habitual4, mesmo em uma estação normalmente mais fria, ainda estamos na metade da estação de inverno, quando historicamente há um aumento de casos de gripe. Por isso, é recomendado que as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas. A vacinação é, comprovadamente, a forma mais eficaz de prevenir a gripe e suas complicações.” 

 Por que se vacinar todos os anos?

Vale destacar que é fundamental tomar a vacina contra a gripe anualmente,5 uma vez que a vacina incluindo a cepa Darwin de H3N2, que foi a que causou o surto entre novembro de 2021 e o início de 2022, só chegou ao Brasil a partir de março deste ano. A atualização das vacinas é feita anualmente conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).6 Para a temporada de 2022-2023 a composição da vacina recomendada pelo OMS ao Hemisfério Norte é a mesma para o Hemisfério Sul.7 

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atualizou recentemente as orientações do seu calendário de vacinação para influenza.9 Em situações epidemiológicas de risco, uma segunda dose da vacina Influenza pode ser considerada no mesmo ano, a partir de 3 meses da primeira dose, especialmente para idosos e pessoas com comorbidades (em especial imunodeprimidos).10 

Grupos de risco

A gripe é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus Influenza. A doença afeta todos os grupos etários, mas os grupos com maior risco de complicações são gestantes, crianças com idade inferior a cinco anos, idosos, pessoas com comorbidades, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde. 10 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, todos os anos, de 5% a 10% da população mundial seja infectada pelo vírus. Também anualmente, de acordo com a entidade, são notificados no cerca de 1 bilhão de casos da doença, dos quais 3 a 5 milhões são graves e entre 290.000 e 650.000 evoluem para o óbito.11 

Por isso, importante ressaltar que a proteção da vacina contra gripe vai além da própria gripe. Ela é fundamental para a redução de óbitos, bem como para evitar o ingresso de pacientes em UTI e hospitalizações por pneumonia em pessoas com diabetes, podendo reduzir o risco de óbito em 46% de acordo com uma análise agrupando resultados de 6 estudos. 12 Uma outra pesquisa incluindo 2650 idosos com diabetes (65 anos e mais) vivendo em instituições de longa permanência na Espanha, apontou que a cada 435 idosos com diabetes vacinados em um ano, um óbito foi evitado. 13

 

 Sanofi 


 

Referências

*semana 26 

1. SIVEP-Gripe (SRAG 2021 e 2022 - Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave - incluindo dados da COVID-19 - Conjuntos de dados - OPENDATASUS. Disponível em Link. Acesso em 27/07/2022 

2. Vacinação contra a gripe continua em todo o país. Disponível em: Link 

3. Ministério da saúde - Informe Técnico -- 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Disponível em Link . Acesso em 01/08/2022 

4. G1. Cidade de SP tem o mês de julho mais quente desde 1984. Disponível em Link . Acesso em 27/07/2022

5. Agência Brasil. Por que se vacinar contra gripe todo ano ? Disponível em Link . Acesso em 27/07/2022 

6. WHO. Influenza vaccine viruses and reagents. Disponível em: Link Acesso em 27/07/2022 

7. WHO. Recommended composition of influenza virus vaccines for use in the 2022 southern hemisphere influenza season. Disponível em Link. Acesso em 29.07.2022.

8. WHO. Recommended composition of influenza virus vaccines for use in the 2022 northern hemisphere influenza season. Disponível em Link. Acesso em 29.07.2022.

9. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Disponível em: Link. Acesso em 27/07/2022 

10. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Disponível em Link Acesso em 27/07/2022

11. Centers for Disease Control. About Flu | CDC Disponível em [[link]] Acesso em 27/07/2022 

12. Bechini A et al. Impact of Influenza Vaccination on All-cause mortality and hospitalization for pneumonia in adults and the elderly with diabetes: a meta-analysis of observational studies. Vaccines 2020;8: 263. Disponível em Link Acesso em 27/07/2022

13. Rodriguez-Blanco T et al. Relationship between anual influenza vaccination and winter mortality in diabetic people over 65 years. Human Vaccines & Immunotherapeutics 2012: 8. Disponível em Link. Acesso em 27/07/2022

 

Dia Nacional do Ciclista: veja quatro dicas de como cuidar da saúde das pernas e pedalar com segurança

Capacete, meias próprias para esporte e alongamento são fundamentais para praticar o esporte
 

Comemorado no dia 19 de agosto, o Dia Nacional do Ciclista foi criado para homenagear Pedro Davison, que foi morto atropelado em 2006, vítima de um carro que transitava em local proibido e acima da velocidade enquanto ele pedalava no Eixo Sul, em Brasília. 

Desde então, a data busca trazer reflexão e conscientizar a população sobre a importância da educação e respeito no trânsito, principalmente com os ciclistas que diariamente sofrem algum tipo de acidente nas ruas. 

Segundo dados da Bicycle-Guider, existe em média no Brasil cerca de 40 milhões de bikes. Com essa grande quantidade de bicicletas rodando em todo o país, também é grande a quantidade de ciclistas que são desrespeitados e vítimas de acidentes e até mortos nas ruas das grandes cidades. Pensando nisso, em 2021 o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi atualizado e algumas regras alteradas. 

As novas leis são direcionadas à atuação do motorista com relação ao ciclista e são positivas para quem anda de bike, mas ainda assim é imprescindível uma fiscalização mais rigorosa e eficiente, além da promoção da educação no trânsito. 

A bicicleta é uma ótima alternativa, pois além de não emitir gases de efeito estufa e combustíveis fósseis no meio ambiente, é acessível e contribui para a saúde do corpo e da mente. Porém, antes de subir na bicicleta, é importante ter cuidado. Confira cinco dicas para pedalar com segurança e saúde: 

  • Esteja sempre visível no trânsito: durante a noite, o campo de visão muitas vezes se torna limitado. Por isso, é fundamental usar sinalizadores na bicicleta e nas roupas com cores fluorescentes ou claras e estampas refletivas.
     
  • Utilize meias para esporte: fazer uso de meias de compressão específicas para a prática de esportes é fundamental. Pensando nisso, a SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica, possui a meia UP 17, que foi especialmente desenvolvida e projetada para auxiliar na melhora da fisiologia muscular do atleta. Além de reduzir o cansaço em treinos de baixa intensidade e após a prática esportiva, ela também diminui a fadiga, tensão e acelera a recuperação muscular. Outro modelo é a UP 25, indicada para atividades de média e alta intensidade. O produto foi desenvolvido para melhorar as condições de oxigenação e nutrientes para os músculos e contribui para aumentar o desempenho físico, a estimulação do retorno venoso e a regeneração muscular, além de diminuir as dores e a fadiga.
     
  • Utilize capacete: fundamental para a segurança, o capacete protege a cabeça contra impactos causados por quedas ou batidas em objetos que podem se tornar traumas graves.
     
  • Beba água: se hidratar é fundamental! A água mantém a pele hidratada e o organismo mais saudável. Beba no mínimo de 1,5 a 2 litros por dia.

 

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Robótica aumenta segurança no tratamento de casos graves de obesidade, doença que já afeta 22% dos brasileiros

A tecnologia aumenta a segurança e a precisão de cirurgias bariátricas revisionais e em superobesos.

 

Chega a 22% o número de brasileiros afetados pela obesidade, doença crônica e progressiva que exige tratamento médico. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 26%, segundo dados levantados pelo estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT -- Causas, custos e sobrecarga no SUS”. 

Nos últimos treze anos o número de pessoas com obesidade subiu 72% no Brasil, saindo de 11,8%, em 2006, para 20,3%, em 2019. Os dados são alarmantes e acendem um alerta na saúde pública do país. 

A cirurgia bariátrica e metabólica é o tratamento indicado quando o paciente não consegue alcançar resultados satisfatórios de emagrecimento com as intervenções clínicas, como mudanças nos hábitos de vida associados ao uso de medicamentos e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar. De acordo com o cirurgião bariátrico, especialista em cirurgia robótica, Dr. Giorgio Baretta, o procedimento é seguro e tem alta eficácia. “A cirurgia bariátrica e metabólica quando associada a uma alimentação saudável e a prática adequada de exercícios físicos é extremamente benéfica para a redução de peso e a remissão de doenças associadas, como a hipertensão e o diabetes”, explica. 

O levantamento também aponta que homens e mulheres são afetados de forma semelhante no país. Em Curitiba, a última pesquisa Vigitel revela que 21% dos homens e 17% das mulheres convivem com a obesidade. 

São consideradas obesas pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 e, superobesos, os pacientes com um índice acima de 50. A doença, neste grau avançado, causa uma série de dificuldades - como na locomoção, por exemplo - além de aumentar o risco de dependência em substâncias como o álcool ou outras drogas, doenças metabólicas e problemas com autoestima, etc. 

Já para o cirurgião é um desafio de tratamento, desde a primeira consulta até o acompanhamento pós-operatório. É necessário incentivar esse paciente a perder peso antes da cirurgia e adotar hábitos de vida saudáveis, para garantir mais segurança e um pós-operatório com resultados satisfatórios. Aqueles que tiveram recidiva da obesidade e precisam de uma cirurgia revisional e também os pacientes considerados superobesos apresentam alguns fatores que tornam a cirurgia mais delicada, como o tamanho do fígado, aderências e doenças metabólicas”. 

TECNOLOGIA ROBÓTICA - A plataforma de cirurgia robótica oferece ao cirurgião uma visão ampliada e em 3D da área a ser operada, além de ter maior precisão e permitir movimentos que a própria mão humana não é capaz de realizar. “A aplicabilidade desta tecnologia nesses casos é incontestável. Mesmo com a grande quantidade de gordura visceral é possível trabalhar de forma delicada, sem forçar a parede abdominal em um local de menor acesso, como é o caso do superobeso. O excesso de gordura impede a mobilização do intestino e a retração do fígado, mas com a robótica eu consigo realizar esse procedimento de forma minimamente invasiva, em segurança”, ressalta Baretta. 

A Organização Mundial da Saúde afirma que a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e prevê que, até 2025, 700 milhões de pessoas estarão com obesidade ao redor do mundo. 

Todas as técnicas de cirurgia bariátrica e metabólica podem ser feitas através de técnicas minimamente invasivas, como é o caso da cirurgia robótica, que também oferece ao paciente tempo de recuperação reduzido, menores incisões e redução no risco de infecção pós-operatória. 

 

INSTITUTO DE CIRURGIA ROBÓTICA DO PARANÁ - ICRP


Causada pelo estresse, disfunção temporomandibular atinge 30% da população mundial

 

Shutterstock

 Especialistas do Hospital Paulista alertam para os sintomas do problema 

Dores de cabeça constantes, sensação de estalos e travamentos ao abrir e fechar a boca e desconforto na região dos ombros podem indicar uma disfunção temporomandibular, ou DTM, um problema que, apesar do nome pouco comum, atinge 30% da população, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Ocasionada por situações como estresse e ansiedade, a disfunção pode trazer um impacto negativo no dia a dia das pessoas, comprometendo o bem-estar e importantes atividades fisiológicas, entre elas a mastigação e a fala. 

Os cirurgiões buco-maxilo-faciais do Hospital Paulista, Dr. Cristian Alexandre Correa e Dra. Juliana Mussi, explicam os principais sintomas à disfunção temporomandibular e o que deve ser feito caso apresente estes sinais.

A disfunção temporomandibular é uma definição dada a um grupo de anormalidades que envolve a articulação temporomandibular (ATM) e os músculos da mastigação. Segundo Dra. Juliana, essa articulação é a responsável por ligar a mandíbula ao osso temporal do crânio, localizado à frente das orelhas, nas laterais da cabeça.

“Ela é responsável pela movimentação da boca, como abertura e fechamento e, consequentemente, por atividades essenciais para os seres humanos, como mastigar, falar e engolir”, explica.

A cirurgiã ressalta que as disfunções podem atingir todas as pessoas, desde crianças até idosos. No entanto, são muito mais frequentes em mulheres. Estima-se que o público represente 80% de todos os casos.

Estudos relatam que o estrogênio, hormônio sexual feminino, pode influenciar no metabolismo ósseo e da cartilagem da articulação temporomandibular. Ele também pode influenciar no mecanismo regulador da dor”, destaca.


Sintomas e diagnóstico 

Entre os sintomas que podem indicar uma DTM estão dores faciais e na cabeça -- especialmente nas regiões lateral e frontal --, estalos e travamentos ao abrir e fechar a boca, dificuldades para mastigar alimentos mais rígidos, desconforto na região cervical e, em alguns casos, até na região dos ombros.

De acordo com Dr. Cristian, além destes sinais, muitos pacientes relatam dores irradiadas para o ouvido, algo que pode ajudar no diagnóstico do problema, já que as pessoas não sabem por qual especialista procurar, mediante a diversificação dos sintomas. “O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica, onde é verificada a articulação em si, bem como eventuais restrições que o órgão possa apresentar.” 

Músculos da mastigação, principalmente os localizados na lateral da cabeça, como os temporal e masseter -- responsáveis pela abertura e fechamento da boca --, podem ser avaliados, já que são os mais afetados pelo bruxismo. 

“É como se a pessoa elegesse a boca como órgão alvo para descarregar o seu bruxismo. Esse apertamento dental acaba causando uma inflamação persistente na articulação, que gera o processo de estalos e travamentos, como inflamação muscular, responsável por dores de cabeça e na face, além da dificuldade de mastigar coisas duras”, reitera o médico.

 

Tratamento clínico x cirúrgico 

Os tratamentos para DTM são divididos em dois grupos, o clínico e o cirúrgico. Segundo Dr. Cristian, o primeiro é o mais completo e indicado para a grande maioria dos pacientes. “Ele pode envolver ações como fisioterapia, acupuntura, uso da placa de mordida e até atividades físicas para a diminuição de estresse, como a Yoga.” 

O especialista explica que, em alguns casos, medicamentos como relaxantes musculares e anti-inflamatórios também podem ser indicados. “Outra opção que age de forma coadjuvante, porém com excelentes resultados, é a aplicação de toxina botulínica, o Botox, na região dos músculos masseter e temporal.” 

Tratamentos cirúrgicos são indicados apenas a pacientes que já possuem um grau avançado de desgaste da articulação. São aqueles que estão com uma restrição de abertura grande, travando praticamente todos os dias, e com uma restrição alimentar importante”, reitera. 

Nestes casos, é indicado a artroscopia, um procedimento minimamente invasivo e sem cortes, que permite investigar o interior de uma articulação com uma microcâmera e realizar procedimentos como o reposicionamento do disco da cartilagem. 

“Há também as chamadas cirurgias abertas, quando é necessário abrir a articulação para a retirada de pontinhas de ossos, fazendo o reposicionamento de disco cirurgicamente. Porém, são casos mais extremos, equivalentes a 1% do total. No geral, a maioria das pessoas tem boa recuperação com tratamentos menos invasivos”, finaliza Dr. Cristian. 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

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