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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Alerta para fumantes e não fumantes: preste atenção ao seu pulmão

Durante a pandemia, câncer de pulmão é desafio para os médicos, pois os sintomas são semelhantes aos de Covid-19 e o vírus pode agravar a doença 


 

Atrás apenas do câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum no Brasil e também é o que mais mata. O tabagismo é apontado como o principal fator de risco: as estatísticas indicam que 85% dos casos estão associados ao hábito de fumar, mas esse índice tem sido reduzido, conforme relatos de especialistas. Apesar de o dia 31 de maio ser o Dia Mundial Sem Tabaco para alertar sobre mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, os médicos também precisam estar atentos aos casos de pacientes não fumantes que chegam aos serviços de saúde com tumores já em estágio avançado. É o que alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira.  

 

A exposição passiva ao tabaco, doenças pulmonares, histórico familiar de câncer de pulmão e avanço da idade são alguns dos fatores que devem ter a atenção também dos não fumantes. Além disso, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás radônio e amianto — encontrado em locais de atividades de mineração — também são considerados fatores de risco da doença. “Hoje, os consultórios médicos já registram índices próximos a 20% dos novos casos de câncer de pulmão em pacientes que nunca fumaram. Isso reforça a necessidade do diagnóstico precoce e do conhecimento específico da doença, para elevar o potencial de cura" reforça o Dr. Igor Morbeck, oncologista e membro do comitê científico do LAL. 

 

De acordo com o INCA, apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%. É importante ter consciência do corpo e procurar atendimento médico se algo sair do comum, alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira. "É preciso enxergar a importância de criarmos um vínculo com a nossa saúde para que o diagnóstico de doenças como o câncer de pulmão ocorra no início e, assim, possamos mudar o curso da história a favor da vida", destaca. O aumento do número de diagnósticos precoce pode diminuir o número de mortes e contribuir para a qualidade de vida do paciente que enfrenta a doença. A detecção do câncer de pulmão pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.  

 

Durante a pandemia de Covid-19, a progressão do câncer é três vezes mais rápida. Para se ter uma ideia, só no serviço privado, o diagnóstico precoce de câncer de pulmão geraria economia de R$3,42 bi/ano, o que equivale a R$1.122/minuto, segundo pesquisa do instituto IQVIA em parceria com o LAL. “A falta de diagnóstico precoce já era um problema antes da pandemia. Precisamos enfatizar a importância de manter as consultas em dia, mesmo durante o distanciamento social, porque a interrupção do tratamento faz o tumor evoluir de forma mais veloz de um estágio para o outro”, afirma Marlene. 


 

Sintomas 


Tosse persistente ou com sangue, falta de ar, dor no peito, rouquidão, fadiga, perda de peso, perda de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco e, nos fumantes, ritmo habitual da tosse alterado com crises em horários incomuns são sinais para de atenção.  

 

 


 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)   

https://ladoalado.iweventos.com.br/

Esclerose múltipla afeta 35 mil brasileiros: especialista explica o que é a doença

Diagnóstico é feito por exames neurológicos
Divulgação
Segundo dados da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), um estudo feito com pacientes portadores da doença no mundo, em 2013, mostra que 85% deles apresentam EM do tipo remitente recorrente (EMRR)


A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo trabalham de forma a atacar o próprio sistema nervoso central, causando uma série de lesões no cérebro e na medula. Para intensificar a conscientização em prol da prevenção e diagnóstico precoce da doença, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, lembrado no dia 30 de maio, terá para o biênio 2020-2022 o tema “Conexões EM”.

Ainda que não tenha suas causas totalmente definidas, a Esclerose Múltipla, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), afeta 35 mil brasileiros e é uma doença que atinge, em especial, mulheres de 20 a 40 anos, causando, principalmente, dificuldades visuais, motoras e sensitivas. A progressão da doença é individual, variando de um paciente para outro. Segundo dados da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), em um estudo feito com 2,3 milhões de pacientes no mundo, em 2013, 85% dos entrevistados apresentam a doença em sua forma mais recorrente, a do tipo Remitente Recorrente (EMRR).


Os principais tipos de Esclerose Múltipla

A EM é uma doença que pode ser dividida em dois grandes grupos. O primeiro, chamado de EM Remitente-Recorrente ou EMRR, é a modalidade mais frequente. É caracterizada por um padrão conhecido como surto-remissão, no qual os sintomas ocorrem em surtos com duração superior há 24 horas, seguidos de melhora e remissão (total ou parcial) dos sintomas. Nos primeiros anos da doença, a recuperação costuma ser completa e sem sequelas.

Já o segundo grupo, contém as formas denominadas progressivas (primariamente ou secundariamente progressivas – EMPP e EMSP) e representa de 15% a 20% dos casos. Nestas formas, os pacientes apresentam avanço lento e gradual da doença, mesmo sem que sejam caracterizados surtos dela.


Sintomas

No início, os principais sintomas da Esclerose Múltipla podem se apresentar de forma mais branda, porém tornam-se mais graves e acumulam sequelas à medida que a doença avança. Formigamentos, fadiga, distúrbios visuais, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio, da coordenação motora e disfunção urinaria são sinais da enfermidade e precisam ser investigados. “Algumas doenças, como a Esclerose Múltipla, se manifestam de forma silenciosa e, caso não ocorra um diagnóstico precoce, o tratamento da doença pode sofrer obstáculos e os pacientes podem acumular sequelas irreversíveis”, afirma Belarmino Fonseca, médico neurologista do Hospital Casa de Saúde Guarujá.


Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico, feito pelo neurologista, é com base na história clínica do paciente e nos sintomas apresentados. Além disso, exames de sangue podem ajudar a descartar outras doenças com sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla. Os exames de imagem, como a ressonância magnética, são muito importantes para o diagnóstico da doença. Os tratamentos dessa doença buscam interromper os surtos e evitar a progressão da doença ao longo dos anos, contribuindo, assim, para a qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos, que variam a cada caso, devem ser prescritos pelo médico neurologista. É importante destacar que tratar sintomas como os urinários e a fadiga é muito importante para qualidade de vida da pessoa.

“As pessoas precisam ter em mente o quanto um diagnóstico precoce pode mudar a vida de uma pessoa com esclerose múltipla. Quando notar algo diferente do normal, é importante investigar os sintomas para que o tratamento seja feito o quanto antes e tenha melhor eficácia. Outro ponto importante a enfatizar é que a Esclerose Múltipla não é uma doença contagiosa, não faz parte das doenças mentais, não tem cura e objetivo do tratamento consiste em reduzir controlar a atividade da doença, os sintomas e frear o ritmo de progressão”, conclui Belarmino.

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá


Jovens com dores no quadril. Isso não é normal.

Um sinal de alerta se acende nos consultórios de ortopedia: os adolescentes e jovens adultos estão cada vez mais sofrendo com dores no quadril. O Dr. David Gusmão explica o que está acontecendo com eles e como reverter este quadro. 

Enfermidade normalmente associada à população idosa, as dores do quadril estão se tornando cada vez mais comuns nos mais novos. Se por um lado os números de modo geral estimam que 15 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de artrose, é preocupante perceber que dentre eles é crescente o registro de adolescentes e adultos jovens neste índice. 

Segundo o médico ortopedista Dr. David Gusmão, as principais razões para esta situação é que “os jovens são praticantes de atividades físicas e há aqueles que têm pequenas alterações no formato dos ossos do quadril. Este tipo de pacientes está cada vez mais comum no consultório do médico especializado em quadril. 

Segundo o especialista, “o impacto femoroacetabular (IFA) do quadril é uma das principais causas da dor do quadril em adolescentes e também nos adultos jovens. A pessoa sente este incômodo devido ao contato anormal entre os ossos do quadril que ocorre durante os movimentos. É preciso ficar alerta e se cuidar enquanto é tempo, pois o IFA é um importante fator de risco para o desenvolvimento de artrose no quadril no futuro. Se essa dor no quadril tiver relação com alteração óssea, a pessoa precisa  submeter-se a um tratamento o quanto antes”. 

Vale lembrar que cada caso é um caso, daí a importância de um tratamento individualizado. Segundo Dr. Gusmão, é importante observar que a fase do desenvolvimento esquelético varia de acordo com a idade e desenvolvimento hormonal de cada adolescente. “Logo, é importante que o ortopedista observe o quanto a pessoa possui da cartilagem de crescimento para não prejudicar o desenvolvimento ósseo”, detalha. 

A título de curiosidade, Dr. Gusmão comenta que nos quadris normais, durante movimentos do dia a dia ou atividades físicas, não há contato agressivo entre o fêmur e o acetábulo. ‘Mas, quando a pessoa está em um quadro de IFA, o que se vê é o impacto anormal entre as estruturas que compõem o quadril (colo do fêmur e o osso acetábulo) e consequentemente o comprometimento de toda a biomecânica dessa articulação, lesão do labrum e da cartilagem articular’. Vale lembrar que isso pode acontecer com pessoas que fazem atividades físicas que ‘envolvam grandes amplitudes de movimento do quadril, como futebol, tênis, corrida, ballet, artes marciais, crossfit, e esportes com saltos”, acrescenta. 

Para quem precisa de tratamento cirúrgico, o médico ressalta que os pacientes podem passar por uma intervenção benéfica que traz uma mudança significativa para suas vidas. “Agora é possível tirar a dor do paciente, aumentar a durabilidade da articulação natural e elevar também a amplitude de movimento do quadril, permitindo que a pessoa faça maior esforço físico sem sentir qualquer tipo de incômodo”, completa Dr. Gusmão. 

Segundo o médico, essa descoberta do Impacto femoroacetabular aliada à videoartroscopia revolucionou a especialidade do quadril. “Apesar de isso ter acontecido há mais de 20 anos, isso ainda é muito incipiente no universo da medicina, e por essa razão, muitos cirurgiões ainda não estão capacitados a fazer a artroscopia de quadril”, pondera.

 


MF Press Global


Entenda como a nicotina pode prejudicar a saúde bucal

Consultora da GUM, explica que o vício em cigarros pode colaborar com o desenvolvimento de doenças periodontais


Realizado em 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco é uma data criada pela Organização Mundial da Saúde para conscientizar a população sobre o risco de doenças e mortes relacionadas ao tabagismo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a dependência em nicotina, presente em produtos à base de tabaco, é reconhecida como uma doença crônica, capaz de desencadear graves problemas respiratórios, cardíacos e pulmonares, além de propiciar o desenvolvimento de câncer nos mais variados órgãos do corpo humano.

Ainda de acordo com dados do Instituto, o tabagismo está associado a 90% dos casos de câncer de boca. Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, explica que isso acontece, porque, ao inalar a fumaça, as substâncias químicas presentes no fumo têm o primeiro contato com a boca e a garganta, antes mesmo de chegar aos pulmões. "Assim, a exposição à nicotina leva as células saudáveis da cavidade oral a sofrerem mutações, onde sua composição genética é alterada, acelerando sua reprodução", informa.

Além das consequências apresentadas, a especialista ressalta que o consumo de cigarros, charutos e cachimbos também colaboram com o surgimento de doenças periodontais. Queren informa que componentes do tabaco penetram no esmalte dentário, causam mau hálito e diminuem a vascularização da gengiva, ocasionando em uma doença silenciosa ao redor dos dentes. "Os componentes nocivos atingem o sistema imunológico e minimizam a capacidade das células de defesa combaterem infecções e cicatrizarem a região, deixando o fumante suscetível a bactérias, vírus e fungos na cavidade oral", revela.

Segundo a consultora, o cigarro contribui para mudar a coloração do sorriso, deixando-o amarelado, além de propiciar a manifestação do tártaro e gengivite. "A nicotina forma uma camada de resíduo na língua e dentes, atingindo a mucosa da boca. Dessa forma, as substâncias podem diminuir a sensação das papilas gustativas, impedir a circulação do sangue na região e gerar dores nos ossos que compõem a arcada dentária", aponta. A cavidade oral é tão prejudicada, que o paciente pode ter suas glândulas salivares destruídas e o paciente desencadear um quadro de perda dos dentes até câncer de boca.

Logo, o hábito de fumar pede por uma limpeza bucal redobrada. A consultora indica apostar na escovação da língua, utilização do creme dental com flúor e, principalmente, não esquecer do fio dental para impedir o avanço das doenças mencionadas. "O acompanhamento frequente com o dentista também se torna mais necessário que nunca, já que o tratamento periodontal exige muitos cuidados dentro do consultório. Ainda assim, a melhor solução para todos os problemas decorrentes do tabagismo, é parar de fumar", conclui.


Dia Mundial sem Tabaco: Consumo aumentado de cigarro durante a pandemia acende alerta para "herança" de câncer de pulmão

Ao menos 34% dos tabagistas indicam que passaram a fumar mais; Além de fator de risco para sintomas graves de Covid-19, hábito é o principal responsável pelo surgimento de tumores torácicos


A preocupação acerca dos índices de câncer de pulmão, cuja incidência está ligada ao tabagismo em 85% dos casos, ganhou contornos ainda mais dramáticos diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Para o oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, o aumento do tabagismo está relacionado à ansiedade gerada pelo momento inédito na história recente da saúde. "O consumo de cigarros é um problema de saúde pública que não pode ser ignorado, é preciso reforçar a mensagem de que precisamos superar essa batalha contra a Covid-19 sem deixar de lado outros cuidados com o nosso corpo. A luta contra o tabagismo não pode ser abandonada, sob o risco de termos não apenas uma onda de aumento na incidência de neoplasias malignas, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com este hábito nada saudável - além de ao menos outros 12 tipos de tumores", explica.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância das campanhas de combate ao fumo voltadas à conscientização sobre as mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. Por isso, é essencial alertar sobre a importância de combater o tabagismo como forma efetiva de prevenção contra o câncer de pulmão e outros tipos de tumores.

Tipo de doença oncológica que mais mata no mundo desde 1985, o tumor de pulmão ocupa o terceiro lugar como o mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. A incidência global pode chegar a 1.8 milhão de novos casos por ano, com 1.6 milhão de mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença em 2021, conforme levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Sinais de alerta

Outro aspecto que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sinais iniciais do câncer de pulmão se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para o câncer de pulmão", destaca Jacques Tabacof, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Neste sentido, ele explica que vale atentar para algumas diferenças importantes: a tosse seca no Coronavírus vem associada a outros sintomas como a febre, por exemplo, e, além disso, perdura por mais ou menos 15 dias. Já no câncer de pulmão, esse sintoma, quando surge, tende a ser persistente e não apresentar melhoras após este período.

É preciso, adicionalmente, reforçar a importância do acompanhamento médico de rotina. Assintomático em fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser diagnosticado tardiamente, o que reduz as chances de cura. O INCA indica que apenas 16% dos tumores malignos são diagnosticados em estágio inicial.

Segundo Jacques Tabacof, diante do cenário atual, tendo o novo coronavírus no centro das preocupações de toda a população, sinais clássicos do tumor maligno de pulmão correm o risco de ser ignorados e a busca por aconselhamento especializado e exames para assegurar o diagnóstico do tumor adiados para o futuro. "Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Além da tosse e da falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão que não melhora após mais de sete dias e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta.

E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, os especialistas destacam que outro grande alerta que precisa ser feito é em relação ao chamado vape, que cresce em consumo principalmente entre os jovens.

"Houve um grande retrocesso. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é muito importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, vemos também um aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari.

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.


Luta contra o fumo

Nunca é tarde demais para abandonar o vício, afirmam os especialistas. Essa realidade pode ser colocada em forma de linha do tempo: apenas 20 minutos após interromper o consumo de tabaco, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Passados três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

No caso de pacientes com tumor de pulmão que abandonam o cigarro, é possível obter uma melhora na capacidade de oxigenação que favorece a redução de possíveis efeitos colaterais das terapias empregadas. Isso também contribui para uma melhor resposta ao tratamento, com ganhos evidentes para a qualidade de vida.

"Pessoas que abandonam o cigarro podem colher os benefícios duas vezes: prevenindo mais danos às células pulmonares relacionados a esse hábito nada saudável e dando aos pulmões a chance de se recuperar das sequelas existentes", finaliza Bruno Ferrari.

https://www.grupooncoclinicas.com/

Dia Mundial Sem Tabaco: consumo de cigarro aumentou durante a pandemia

Especialista do CEJAM alerta para boa recuperação que um ex-fumante pode ter, caso abandone o vício em tempo


Lembrado em 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987 para alertar as pessoas sobre os riscos do tabagismo, que é a principal morte evitável no mundo. No Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas ainda fumam e, apesar de serem considerados grupo de risco para a Covid-19, 34% dos fumantes afirmam que, durante a pandemia, a quantidade de cigarros consumidos, diariamente, aumentou. Os dados foram divulgados em pesquisa realizada pela Fiocruz.

O farmacêutico Ismael de Oliveira, que atende na Unidade Básica de Saúde Vera Cruz, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim, avaliou a dificuldade dos participantes de grupos de tabagismo de se manterem distantes do cigarro durante o isolamento social imposto pelo Coronavírus.

"Neste período, temos recebido diariamente queixas de participantes em nosso Grupo Virtual de Tabagismo, relatando que, por conta do estresse e da ansiedade causados pelo isolamento, têm tido dificuldades de se manterem longe do vício, impossibilitando que os usuários se desvencilhem sozinhos do hábito", destaca o especialista.



Riscos do tabagismo à saúde

Estudos realizados indicam que pessoas fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que as não fumantes. Além disso, o tabagismo - que já é considerado uma doença - está relacionado a pelo menos 50 patologias diferentes.

Entre as doenças que o vício no cigarro pode causar estão as ligadas ao aparelho respiratório; doenças cardiovasculares; úlceras do aparelho digestivo; osteoporoses; e cataratas, entre outras. O tabagismo também pode ter relação direta com diversos tipos de câncer.

"Nos homens, o problema ainda é capaz de causar impotência sexual, enquanto nas mulheres, infertilidade, menopausa precoce e complicações na gravidez", afirma Ismael.

De acordo com o especialista, estima-se que, no Brasil, a cada ano, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo.



Recuperação

Apesar dos riscos à saúde, nem tudo está perdido para os que desejam abandonar o vício. As chances de adoecimento podem diminuir bruscamente com o passar do tempo, algo estatisticamente comprovado.

O farmacêutico ressalta que um ano longe do cigarro é capaz de reduzir pela metade os riscos de um ataque cardíaco, por exemplo. O mesmo acontece se o indivíduo ficar cinco anos sem fumar, já que a possibilidade de desenvolver um câncer de pulmão, boca, garganta ou esôfago cai para a metade.

"O coração de um ex-fumante também pode se recuperar a longo prazo. Em 15 anos longe do cigarro, os riscos de sofrer um infarto do coração também passam a ser os mesmos de uma pessoa que nunca fumou", afirma o especialista.


Tratamento

Pessoas viciadas que têm o desejo de abandonar o cigarro podem encontrar apoio especializado e gratuito. O Programa Nacional de Cessação ao Tabaco, instituído pelo Ministério da Saúde em 2013, foi inserido na Atenção Básica, tornando as UBS responsáveis por assistir os pacientes tabagistas.

Com formato e período de duração pré-determinados, ao longo de quatro encontros semanais, dois quinzenais e um mensal - considerado manutenção -, é possível obter apoio para abandonar o vício. "Mesmo com o término do tratamento, o paciente tem acesso aos profissionais responsáveis a qualquer momento, em casos de recaída ou abstinência", explica.

Com turmas de, no máximo, 12 participantes, o usuário tem acesso a uma equipe multidisciplinar, que conta com farmacêuticos, enfermeiros e médicos, além de dentistas, psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos e agentes ambientais em momentos que se fazem necessários.

Segundo o farmacêutico, cada profissional aborda um tema pertinente à sua área em que esteja interligado ao hábito de fumar. "Os dentistas abordam os prejuízos que o tabagismo traz à saúde bucal, enquanto o assistente social aborda o valor monetário que o vício traz ao tabagista, um dos temas mais impactantes durante a reunião", explica.

O profissional ainda faz uma abordagem de forma simples e direta, projetando o valor gasto com cigarro ao longo de um ano. "O tabagista fica espantado ao perceber que as altas quantias gastas poderiam ser destinadas a coisas mais importantes."

Ao longo do mês de maio, ações como palestras, campanhas de distribuição de folders informativos e Lives foram desenvolvidas para auxiliar aos que desejam abandonar o vício do cigarro. Porém, durante o ano inteiro, as UBSs oferecem apoio para estas pessoas.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Estudo feito pela OMS adverte sobre riscos de saúde por longas jornadas de trabalho

HR Tech Ahgora explica como empresas podem reduzir a jornada de trabalho do colaborador, evitar carga excessiva e melhorar sua qualidade de vida


Um estudo publicado no último mês pela Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu que trabalhar 55 ou mais horas por semana aumenta em 35% o risco de morte por AVC e em 17% por doenças cardíacas. Em 2016, 745 mil pessoas morreram por acidente vascular cerebral (AVC) ou por doenças cardíacas em consequência das longas horas de trabalho. 

Embora o estudo não tenha incluído o período da pandemia, a OMS lembra que o recurso ao teletrabalho e a desaceleração econômica podem ter aumentado os riscos associados às extensas jornadas de trabalho. Segundo Frank Pega, funcionário da OMS envolvido no estudo, houve um aumento de 10% nas horas de trabalho em países em confinamento.

Neste contexto, a Ahgora, HR Tech que desenvolve tecnologias inovadoras para recursos humanos, recomenda que as empresas utilizem a tecnologia para uma melhor gestão da carga horária do colaborador. Com isso, é possível garantir a eles mais qualidade de vida ao evitar horas extras desnecessárias e no cumprimento de  intervalos intra e interjornada, evitando a exaustão. 

Por meio de softwares de ponto eletrônico, é possível configurar a rotina de trabalho dos colaboradores, registrando sua entrada e saída. Ainda, um módulo à parte permite enviar mensagens automáticas para a equipe, informando o fim do expediente e orientando que a máquina seja desligada e que o colaborador inicie seu período de descanso. Além disso, com a automatização de alguns processos - como a gestão de jornada de trabalho e outros processos rotineiros do departamento pessoal - o profissional de RH ganha tempo de seu dia para destinar um olhar mais cuidadoso aos colaboradores, acompanhando a saúde mental e o bem-estar do time.

“Durante o intervalo intra e interjornada, é fundamental que o colaborador se desligue totalmente do trabalho, dedicando-se aos seus assuntos pessoais, período de alimentação e descanso, atividades de lazer ou tempo destinado à família, por exemplo. Com o Smart Gate - espécie de catraca virtual -, conseguimos bloquear o acesso ao sistema fora do horário de trabalho, contribuindo para que a equipe volte à rotina após os intervalos ou apenas no dia seguinte, dentro da hora estipulada para iniciar o expediente”, comenta Mateus Giuliano Dettoni Modzinski, Gerente de Desenvolvimento da Ahgora.

Para Ingrid Cancela, psicóloga na TopMed, descansar corpo e mente é tão importante quanto trabalhar. “Investir em períodos de descanso, definindo um tempo com qualidade para melhor  aproveitar esse momento, e associando hábitos saudáveis, reduz o estresse e a ansiedade, além de auxiliar na produtividade, na disposição, motivação e foco para as atividades profissionais diárias. Por isso, é preciso ter comprometimento e reservar esse tempo para si. Ultrapassar nossos limites abala nossa qualidade de vida. Como consequência, o funcionário poderá desenvolver doenças como síndrome de burnout, depressão, doenças cardiovasculares, musculares, dentre outras. É importante frisar que vários fatores colaboram para o desenvolvimento dessas doenças e o esgotamento pode ser um deles”, explica.

 


Ahgora

 

TopMed

 

Corpus Christi ajuda humanidade a evoluir

Na Eucaristia, pão e vinho se transubstanciam no corpo e sangue de Cristo; Livro da Editora Flor de Lis aborda temas correlatos à devoção que será celebrada em 3 de junho

Divulgação

 

 

 

Data serve de ocasião especial para que as pessoas reflitam sobre sua evolução moral e espiritual


 

Criada ainda no século XIII, a celebração de Corpus Christi exalta a presença do corpo de Cristo vivo entre nós. A devoção ganhou o nome de Eucaristia, que significa a transformação do pão e do vinho no sagrado corpo e sangue de Jesus sacrificado na cruz.

 

A data será lembrada neste ano em 3 de junho e tem como origem a Santa Ceia, o último encontro realizado por Jesus com os 12 apóstolos antes dos eventos da Sexta-Feira Santa. Naquela reunião, Cristo abençoou o pão e o vinho que viriam a ser servidos para simbolizar sua Paixão e Morte na cruz, ocorridas no dia seguinte, como uma necessidade para perdoar os pecados da humanidade em todos os tempos.

 

O dia do Corpo de Cristo – em tradução do latim - surgiu após o ano 1243, na cidade de Liége, na Bélgica, durante um evento repleto de fé e misticismo. A freira Juliana de Cornion anunciou ter tido visões de Cristo, manifestando o desejo de que a passagem da Eucaristia fosse celebrada de maneira especial; tudo para que os fiéis cumprissem o que ele falou na Santa Ceia: lembrar da presença imortal de Jesus junto a nós.


 

Encontro eucarístico


O pedido foi oficializado em 1264 pelo Papa Urbano IV, que estabeleceu uma série de programações litúrgicas. O ponto alto até os dias de hoje é a procissão por ruas decoradas por “tapetes” formados por flores e outros adereços de inspiração religiosa, uma forma para expor a união de Cristo a seu povo em uma demonstração de fé.

 

Neste ano a solenidade será realizada dentro das casas na maior parte do Brasil, sem os tradicionais enfeites coloridos nas vias públicas que representam cenas bíblicas e objetos devocionais. A procissão não será realizada em virtude das medidas de proteção à Covid-19, para não gerar aglomeração e ajudar nos cuidados com o distanciamento social.

 

Embora bastante associado aos fiéis católicos, o evento também é lembrado por representantes de outras denominações religiosas, que veem um momento especial de grande reflexão íntima para evolução moral e espiritual do indivíduo.

 

“Precisamos ver esta data no seu lado espiritual. Cristo se sacrificou na cruz para gerar oportunidade de nos libertar das amarras terrenas e nos direcionar aos níveis espirituais mais elevados que envolvem a Terra”, explica o médium e escritor paranaense Odil Campos.


 

Outro nível espiritual


A Paixão e Morte de Jesus representam um divisor de águas na história da humanidade. Segundo Campos, que é estudioso e pesquisador das leis cósmicas universais, trata-se da necessidade de evolução que cada alma precisa ter.

 

“Num gesto total de amor, Cristo abriu os portais que nos permitiram ter uma elevação espiritual. Antes disso, o espírito ficaria retido na crosta terrestre após o desencarne. Portanto, vejo essa data como uma libertação da alma”, explica o escritor que já publicou nove títulos que englobam romances, psicografias, mensagens e estudos mediúnicos.

 

Para quem deseja aprofundar os conhecimentos, o livro “Cristo Jesus – Religiosidade Cósmica” (ed. Flor de Lis, 200 págs., R$ 28,00) aborda temas correlatos à devoção em torno do Corpo de Cristo.


 

Evolução no cotidiano


Para Odil Campos, ao refletir sobre os muitos aspectos da data - como a disposição de Jesus Cristo se sacrificar para que seus semelhantes possam atingir a condição de graça espiritual - o fiel pode passar a ver com clareza os desafios da vida cotidiana e suas provas para se tornar uma pessoa melhor.

 

“A mensagem: ‘Evolua e veja quem é você’ nos faz ver o quanto é importante a tomada de consciência em relação a como ser mais correto nas ações diárias. Esta visão interior gera muitas reflexões, derruba paradigmas que sempre nos importunam como se não precisássemos de ninguém”, alerta Campos.

 

Para o médium, Corpus Christi vira um exemplo para que os homens deixem o caminho do egocentrismo. “A nossa individualidade egoísta e mal conduzida acaba nos tornando pessoas frias e calculistas. E é justamente isso que impede o amor de florescer em toda a sua plenitude” ressalta o escritor.

 

 

Mestra em Educação afirma que "a pandemia evidenciou a necessária transformação que o sistema educacional precisa"

Professora debate o papel do educador no ensino durante esse período de adaptações e o mapeamento dos impactos da pandemia no desempenho dos estudantes


A pandemia desafiou as instituições de ensino que se viram diante dos desafios de migrar todo o material do ensino presencial para o online, mas só isso não seria suficiente. Dessa forma, escolas de ensino básico, médio e universidades, do setor público e privado, precisaram se adaptar ao novo cenário para evitar prejuízos à aprendizagem dos estudantes.

De acordo com a UNESCO, existem 4 pilares de aprendizado que devem ser construídos com os alunos, no decorrer da vida escolar, sendo eles: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. Mas as barreiras impostas pela pandemia, tais como:  distanciamento, isolamento e mudança na rotina escolar afastou os alunos do saber, conhecer e interagir.

O ensino a distância, evidenciou que a falta de interação no espaço escolar e contato com colegas e professores resultou no desempenho escolar de Jovens que pretendem cursar o ensino superior. Segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), pela FRM e outras instituições, foi possível fazer um mapeamento dos impactos da pandemia nos aspectos da vida desses jovens e consequentemente em seu desempenho em aula. De acordo com a pesquisa, 56% dos jovens estão muito preocupados com seu desempenho na próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); 67% não estão conseguindo estudar para o Enem desde que as aulas foram suspensas; 49% já pensaram em desistir da prova.

“A pandemia de Covid-19 apenas evidenciou a necessária transformação que o sistema educacional precisa passar. Valorizava-se muito o saber em uma folha de papel, mas vale lembrar que o conhecimento não está apenas nas provas ou atividades, que são importantes. Ele também está no olhar, na conversa, na habilidade física e motora, dentre outras características que o estudante apresenta. É necessário compreender que o desempenho não será o mesmo. As escolas ainda precisam aprender com seus alunos e valorizar o saber individual de cada um.” aponta a mestra em Educação e professora da Universidade São Judas, Paula Margues.

Além do pedagogo, a família também é muito importante na contribuição do aprendizado do estudante. A professora ressalta que as instituições e os familiares devem andar juntos, em harmonia, para que possam se ajudar dentro ou fora do ambiente escolar, que agora compreende todos os espaços do lar. Ela ainda enfatiza a necessidade de uma boa relação do pedagogo com a família, adotando uma postura transparente, de acolhimento, ouvindo e aconselhando diante dos problemas e dificuldades enfrentados.


 

São Judas


Com crescimento de obras em casa, cresce também risco de acidente

Uso incorreto de serra elétrica é um dos principais perigos; SBCM alerta prevenção

 

Após mais de um ano de pandemia e distanciamento social, as pessoas continuam investindo em reformas e reparos na casa. De acordo com a pesquisa “O impacto comercial da Covid-19 para arquitetos e designers de interiores”, realizada pela Archademy, uma plataforma online de arquitetura e design de interiores, no segmento residencial, 77,5% dos projetos tiveram foco em mudanças pontuais no lar. Entre eles, 50,5% envolveram adaptação de ambientes para home office, enquanto 47,5% foram de adequação dos espaços de convivência e 21,5% de reformatação do ambiente para crianças.

Ao fazer esses trabalhos de maneira autônoma, o uso inadequado de ferramentas traz riscos de sérios acidentes, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM). No estado do Paraná, por exemplo, um levantamento realizado no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, em parceria com a PUCPR, apontou que 50% dos traumas na mão atendidos no pronto-socorro correspondem a acidentes com serra elétrica.

Em 2019, um estudo realizado na disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior da Escola Paulista de Medicina, da UNIFESP, avaliou 104 pacientes e apontou que as lesões por máquinas de corte manuais são maioria, representando 81,7% dos casos, enquanto 18,3% estão relacionadas a serras estacionárias. Dentre as máquinas manuais, a maior parte dos ferimentos foi ocasionada pela serra-mármore (68,2%), seguido pelo esmeril (16,5%), serra circular (10,6%), serra-copo (2,3%), plaina (1,2%) e roçadeira (1,2%).

Intitulada “Ferimentos por serra circular nos membros superiores: o uso inadequado da serra-mármore”, a pesquisa foi premiada no Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, naquele mesmo ano. O estudo foi publicado em inglês na revista Clinics, voltada para médicos e pesquisadores das ciências médicas.

A serra-mármore é uma das que mais registram acidentes por ser uma ferramenta muito popular em ambientes de trabalho e domiciliar, por sua alta disponibilidade, baixo custo, facilidade na operação e portabilidade. Além, disso, muitas pessoas usam serras de mármore para serrar madeira, aumentando o perigo.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, Dr. Henrique de Barros Pinto Netto, ressalta a importância de seguir as instruções corretas para utilização do equipamento e, em caso de desconhecimento, pedir apoio de um profissional. “Havendo acidente, pressione o local com panos secos e limpos para parar o sangramento e procurar imediatamente o atendimento médico”, salienta Dr. Henrique.


 

SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Estação Santa Cecília e Shopping Metrô Tatuapé recebem exposição fotográfica sobre relacionamentos abusivos

Atrizes Chica Portugal e Ellen Bueno
 À Meia Luz Na Pele’ apresenta imagens artísticas com alertas a respeito de assuntos ligados à violência contra a mulher


De 07 de maio a 04 de julho a exposição 


‘À Meia Luz Na Pele’, que aborda a violência contra a mulher com ênfase em relacionamentos abusivos, estará em cartaz na Estação Santa Cecília do Metrô. Entre os dias 07 de maio a 06 de junho a mostra também poderá ser visitada no Shopping Metrô Tatuapé, no piso térreo. O projeto é fruto de uma pesquisa iniciada em 2018 pela atriz e produtora Chica Portugal. O conteúdo fotográfico foi desenvolvido em parceria com o fotógrafo Milton Galvani, e revela por meio de projeções frases informativas e de conscientização estampadas na pele de mulheres acerca dos tipos de violência que se tornaram comuns na sociedade - física, moral, psicológica, sexual ou patrimonial - e que geram traumas às vítimas.

Os ensaios fotográficos aconteceram entre 2019 e 2021, com atrizes que configuram as mensagens transmitidas nas imagens de modo artístico. O fundo escuro, os olhares, as luzes e os gestos apresentados em cada foto foram pensados para sensibilizar o público não apenas sobre os tipos de relacionamentos abusivos, mas também sobre o agravamento dos casos de feminicídio, das diferenças de gênero e do crescimento da violência doméstica, temas tão recorrentes no Brasil e que foram evidenciados após o isolamento social em decorrência da pandemia do novo Coronavírus.

A exposição ‘À Meia Luz na Pele’ em cartaz em dois pontos tão movimentados da capital paulista, surge com o objetivo de enfatizar a importância da pauta para as milhares de pessoas que passam diariamente pelos locais. Além das fotografias, o público terá acesso a QRCodes com vídeos e áudios com depoimentos reais de mulheres que viveram experiências de abuso e crônicas sobre a temática. "Por meio da arte, acredito ser possível construir propostas e projetos que tragam sensibilização, reflexão e principalmente denúncia, com o objetivo de quebrar este ciclo de abuso e violência que ainda são tão estruturais e muitas vezes normalizado", explica Chica Portugal.


Dados sobre feminicídio no Brasil

Atriz Bruna Brito

Em 2020, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de feminicídio cresceram 41,4% em São Paulo durante os meses de março e abril, quando comparado ao mesmo período de 2019. Os dados fazem parte do estudo "Violência Doméstica durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com o Mapa da Violência, mulheres negras têm três vezes mais chances de serem assassinadas do que as brancas. No Brasil, para cada mulher branca vítima de homicídio, cerca de 1,8 mulheres negras foram assassinadas (soma de pretas e pardas). Segundo dados do 12º e 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Instituto Patrícia Galvão, três mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil e uma mulher registra agressão sob a lei Maria da Penha a cada dois minutos.


Sobre o Coletivo ‘À Meia Luz’

O Coletivo ‘À Meia Luz’ nasceu a partir de uma pesquisa da atriz e produtora Chica Portugal sobre relacionamentos abusivos, iniciada em 2018. Durante esse trabalho, Chica colheu depoimentos de mais de 100 mulheres vítimas de violência de várias partes do Brasil e fora do país. "Incrivelmente não há uma mulher que eu converse sobre o assunto que não tenha passado por algum tipo de relacionamento abusivo. A maioria deles velado, sutil - que acabam sendo os mais difíceis de serem notados, porque há uma tendência de normalização quando não existe agressão física. Nestes casos, a maioria das mulheres deixam passar", ressalta Chica.

Atriz Bruna Magnes

Ainda em 2018 foi criado o perfil do ‘Projeto À Meia Luz’ no Instagram e no Facebook, com conteúdo de pesquisas, matérias e artigos que oferecerem informações e conscientização por meio da cultura digital. Em 2019 foi criado o projeto "À Meia Luz Na Pele", com os primeiros experimentos com linguagem fotográfica, em parceria com o fotógrafo Milton Galvani. "Fazer parte da criação de imagens que simbolizam a conscientização e ao mesmo tempo falam em palavras, dados e mecanismos de defesa traduz alguns aspectos da realidade que estão completamente mudas em nossa sociedade", destaca o fotógrafo.

Em 2020, antes do início da pandemia do novo Coronavírus, foi elaborada a segunda fase do projeto fotográfico. Durante o ano o projeto criou forças nas redes sociais por meio de Lives sobre a temática e campanhas que apresentaram os diversos tipos de violência contra a mulher. Além das exposições, o ‘Projeto À Meia Luz’ estreou em março deste ano o espetáculo ‘Cartas da Prisão’ - monólogo sobre as vivências de mulheres vítimas de violência - lançou um site (https://www.projetoameialuz.com.br) e uma Cartilha Digital com conteúdo informativo sobre violência contra a mulher.


Conheça o ‘Projeto À Meia Luz’
Site: www.projetoameialuz.com.br
Instagram: @ameialuz.projeto
Facebook: www.facebook.com/ameialuz.projeto


FICHA TÉCNICA:
Título: À Meia Luz Na Pele
Idealização e Curadoria: Chica Portugal
Fotógrafo, Design Gráfico e Efeitos: Milton Galvani
Atrizes do Coletivo: Bruna Brito, Bruna Magnes, Chica Portugal, Ellen Bueno e Gisele Vechin
Atrizes convidadas: Beta Cinalli; Bruna Nogueira; Carla Gmursckzy; Catia Massotti; Daniella Faria; Isabela Dentini; Lucia Macedo; Luciana Mizutani; Mariana Luizetti; Marilia Andreani; Rita Oliveira; Sara Lopes; Viviane Munuera; Ileuza Azevedo e Júlia de Carvalho
Produção, Edição e Consultoria de Vídeos: Theo Grahl
Pesquisa e Textos Curatoriais: Chica Portugal
Textos das Crônicas: Nanna de Castro
Transcrição de Depoimentos e casting de voz: Gisele Vechin
Ilustrações: Aline Rodrigues
Produtora Executiva: Ellen Bueno
Produção e Coordenação Geral: Chica Portugal
Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Tangerina Conteúdo
Realização: Coletivo À Meia Luz, Lei Aldir Blanc através da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo; Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura

Realização: Coletivo À Meia Luz, Lei Aldir Blanc através da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo; Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura


Serviço - Exposição ‘À Meia Luz na Pele’ na estação Santa Cecilia do Metrô
Datas:
De 07 de Maio a 04 de Julho
Local:
Estação Santa Cecília do Metrô
Endereço:
R. Conselheiro Nébias, 1039 - Campos Elíseos, São Paulo - SP, 01203-002


Serviço - Exposição ‘À Meia Luz na Pele’ no Shopping Metrô Tatuapé
Datas:
De 07 de Maio a 06 de Junho
Local:
Shopping Metrô Tatuapé - Piso Térreo
Endereço:
Rua Domingos Agostim, 91 - Tatuapé, São Paulo - SP, 03306-010

 


Imagens: Fotos: Milton Galvani


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