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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Mercado de trabalho: crise intensifica a busca por uma oportunidade de estágio



Programas de aprendizagem apresentam índices favoráveis e a concorrência aumenta entre os estudantes


O Brasil atravessa uma das piores crises de sua história e a expectativa de recuperação da economia nacional é modesta. 2017 ainda apresenta um cenário de retração, consequência da recessão econômica acentuada que o país vem sofrendo desde o final de 2014.  As projeções não são muito animadoras, especialmente para quem está em busca de um emprego, pois indicam que o total de desempregados pode subir ainda mais até o ultimo trimestre.

Especialistas do setor acreditam que esse ano irá começar um período de estabilidade para o mercado brasileiro, pois o total de contratações poderá superar, aos poucos, o número de demissões, no entanto, isso deve ocorrer de forma lenta e gradual, já que as novas vagas abertas não serão capazes de absorver toda a demanda de pessoas que estão sem emprego atualmente no país.

Diante disso, os estudantes têm demonstrado cada vez mais interesse nas oportunidades de estágio, que já apontam um aumento na quantidade de inscritos. Diferente do mercado celetista, os programas de aprendizagem seguem estáveis e continuam contratando mesmo em meio ao quadro econômico conturbado do país, o que chama atenção não apenas dos jovens, mas de alunos de todas as idades que ingressam em uma nova carreira profissional.

Recorde de desemprego no país

De acordo com a última pesquisa nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnade Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano passado fechou com 12,3 milhões de pessoas desempregadas, o maior índice desde o início do estudo, em 2012. Esse número é 36% maior em comparação com 2015 e quase dobrou desde o final de 2014, quando começou a crise econômica no país. Para se ter ideia, essa taxa é proporcional a toda a população de São Paulo, a maior cidade brasileira.

Diante desse cenário desfavorável, a faixa etária entre 14 e 24 anos, é uma das mais afetadas. A taxa de desemprego chegou a 25,6% para essa parcela da população. Com menos tempo de experiência profissional e, muitas vezes, com um nível menor de qualificação, os jovens buscam alternativas para driblar a crise e o estágio, que atualmente segue apresentando números de vagas expressivos, está em alta entre aqueles que estudam.

Procura acentuada

Com o encolhimento do mercado de trabalho brasileiro e a recessão contínua que o país enfrenta, os programas de aprendizagem apresentam estabilidade e crescimento gradual, o que atrai cada vez mais estudantes. Dados da Companhia de Estágios – assessoria especializada no recrutamento e seleção de estagiários – apontam que no primeiro semestre de 2016, o número de candidatos cresceu 17,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a expectativa é que o número continue subindo neste ano.

Pesquisas do setor indicam que o número de pessoas acima dos 40 anos que estão em busca de uma oportunidade de estágio também vem crescendo atualmente. Para Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, há uma quantidade relevante desses candidatos que, obviamente, não estão procurando o primeiro emprego e possuem mais vivencia profissional que os jovens, o que aumenta a concorrência e torna a disputa acirrada: ”seja para recomeçar profissionalmente ou para se ajustar à atual realidade do mercado, o fato é que eles estão buscando uma nova qualificação e aderindo ao estágio. No entanto, para compensar a falta de experiência o jovem tende a buscar mais qualificações, assim, quem tem a ganhar com essa competitividade são as empresas” – Explica o especialista.

Panorama nacional

De acordo com o levantamento mais recente da Associação Brasileira de Estágios (Abres) há mais de um milhão de estagiários no país, somente no ensino superior um em cada dez estudantes participa de algum programa de estágio e os alunos dos ensinos médio e técnico já somam 260 mil. O número ainda é proporcionalmente baixo diante da grande quantidade de estudantes no país, porém, ao contrário do mercado formal, segue estável mesmo nesse período de crise.

Principais vantagens dos programas de estágios

Tanto os estudantes como as empresas contratantes são beneficiados ao selar o contrato de estágio. A lei estabelece uma série de direitos e deveres que visam proporcionar a melhor experiência para ambas as partes. Mavichian afirma que cada vez mais empresas aderem aos programas de aprendizagem depois de compreenderem que o estágio é como uma via de mão dupla na qual ambas as partes saem ganhando: “Enquanto o estudante adquire experiência para se desenvolver profissionalmente em seu ramo de atuação e coloca em prática todo seu conhecimento teórico, a concedente ganha toda a expertise que o aluno, ainda em formação, adquire em seu curso, e um novo olhar, em constante atualização, sobre o mercado”.

Além disso, nesse período de crise, as empresas têm a oportunidade de ter uma mão-de-obra qualificada com custos reduzidos na folha de pagamento, já que o estágio não caracteriza vínculo empregatício, e, portanto, libera a empresa dos encargos de um funcionário celetista. Outro ponto atraente para muitas organizações é que o estagiário pode atuar pelo período de até 2 anos, o que configura um período de tempo de treinamento para que futuramente o estudante, já desenvolvido, passe a compor o quadro de funcionários da empresa após o termino do contrato.

De olho na lei

Que os programas de aprendizagem conferem uma série de vantagens não há dúvidas, porém, para assegurar que os estudantes não serão encarados apenas como uma mão-de-obra de baixo custo há a lei do estágio (nº 11.788), que traz regras estabelecidas que devem ser seguidas vigorosamente para que o programa não se distancie de seu foco principal e não acabe gerando um vínculo empregatício com a empresa contratante. Confira uns dos principais cuidados que as empresas devem adotar ao optar pelo programa:


Matrícula ativa: É preciso ficar atento ao vínculo do estudante com sua instituição de ensino. Caso haja o desligamento, ou mesmo uma interrupção no curso, o estágio deverá ser automaticamente cancelado, pois perde seu cunho educativo. Portanto, especialistas recomendam que as empresas verifiquem este ponto regularmente por meio de relatórios assinados ou comprovantes de matrícula.

Carga horária: Outra questão muito importante que deve ser observada diz respeito a carga horaria do estágio, pois, na lei há um limite especifico de acordo com o nível do curso do aluno – 6 horas diárias e 30 horas semanais para nível superior e 4 horas diárias e 20 horas semanais para o ensino médio/técnico – e este deve ser cumprido para que não atrapalhe o período de estudos. Horas extras também não são permitidas.

Funções definidas: As funções que o estagiário desempenha sempre deverão estar de acordo com sua área de formação, pois, o objetivo principal do estágio é proporcionar uma experiência educativa na qual o aluno poderá colocar em prática o conhecimento teórico adquirido no curso e, consequentemente, se desenvolver profissionalmente. Designar tarefas que não estejam de acordo com o campo de atuação do estudante pode caracterizar desvio de funções e um possível vínculo trabalhista.




Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources




Cinco regras para evitar a demissão



Em momentos de crise econômica, muitas pessoas se sentem ameaçadas no trabalho, com medo de possíveis demissões. Essa não é uma preocupação infundada, já que o índice de desemprego não para de crescer. No trimestre encerrado em agosto, o número de desempregados no Brasil chegou a 12 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Normalmente, os profissionais mais comprometidos, com maior desempenho e vontade de crescer não são cogitados quando surge a necessidade de fazer cortes. No entanto, algumas atitudes e comportamentos que às vezes são realizados inconscientemente podem colocar o emprego em risco. 

Para não cair nessa armadilha, separei cinco atitudes simples que podem evitar uma demissão e melhorar a sua avalição profissional. São elas:


1 - Organização:

O mundo dos negócios é feito de prazos e, por isso, não ter um bom planejamento irá contribuir de forma negativa para a formação da sua imagem. Procure um método que combine com o seu estilo de ser, como agendas e smartphones, e crie uma rotina de atualização dos status de seus compromissos. Cumprir a palavra quando se fala em datas importantes é um ótimo atributo para a sua carreira.


2 - Evitar reclamar o tempo todo:  

Cuidado para não se transformar em uma pessoa amarga e que reclama o tempo todo. Geralmente, os colegas de trabalho estão abertos para nossos problemas quando eles aparecem esporadicamente. Quem sempre está com um humor ruim acaba criando um sentimento natural de afastamento. Lembre-se que problemas são, na verdade, oportunidades de superação e destaque se, ao invés de nos lamentarmos, irmos atrás das soluções. Isso, além de deixar a pessoa com o sentimento de autoconfiança afiado, chama a atenção dos supervisores, ganhando destaque em sua atuação profissional.


3 - Responder e-mails:

Por mais desnecessário que pareça, sempre responda às mensagens enviadas ao seu e-mail profissional. Não se manifestar irá fazer com que as pessoas o vejam como alguém sem comprometimento ou até irresponsável. Essa recomendação é válida especialmente para os e-mails de seus superiores e clientes.

 
4 - Parar de pedir desculpas por tudo:

Muitas vezes, pedir desculpas é visto como um argumento para justificar algo que não deu certo. Ao invés disso, tenha uma atitude proativa e, ao apresentar um resultado negativo, já demonstre também à solução para reverter o cenário. Dessa forma, as pessoas vão entender que você está comprometido com o sucesso das suas atividades, mesmo que, às vezes, as coisas saiam do programado.


5 - Evitar sair da sala toda hora para usar celular: 

A não ser por conta de ocasiões especiais, como um problema familiar que deve ser resolvido naquele dia, deixar sua sala várias vezes para falar ao telefone celular irá gerar uma impressão negativa. Geralmente, as pessoas relacionam essa atitude ao fato de se estar procurando uma nova oportunidade de emprego, por exemplo. A mesma dica vale para quem gosta de trocar mensagens pelo celular. Evite os excessos.

Com essas ações, a sua vida profissional estará preparada para desfrutar do crescimento que você merece e deseja! 






Eduardo Shinyashiki - palestrante, consultor organizacional, conferencista nacional e internacional e especialista em Desenvolvimento das Competências de Liderança aplicadas à Administração e Educação. Mestre em neuropsicologia, Eduardo é presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki e também escritor e autor de importantes livros como “Transforme seus Sonhos em Vida”, sua publicação mais recente.  www.edushin.com.br



8 dicas para utilizar as redes sociais de forma profisisonal



Muitas pessoas pensam nas redes sociais apenas como uma ferramenta para descontração, o que não está errado, desde que tomados os devidos cuidados, contudo, uma boa parcela mais antenada já percebeu que o uso adequado dessas ferramentas de comunicação pode potencializar as carreiras, promovendo o crescimento profissional e o network.

Mas, como saber esse limite? Simples, basta levar em conta que nesse novo mundo online que muitos estão descobrindo são necessários muitos cuidados similares aos que tomamos em nosso dia a dia, nos passeios, no trabalho ou em casa. O recomendável para se valorizar é dar foco adequado ao que é positivo e evitar exposições desnecessárias.

Para isso preparei algumas dicas para quem quer crescer profissionalmente utilizando as redes sociais, seja ela mais profissional, como o LinkedIn, ou mesmo o Facebook:

  1. Amplie seus contatos qualificadamente –é interessante ter um amplo grupo de amigos, assim busque amizade online com pessoas que tenha contato e ache interessante profissionalmente. Contudo, se preocupe mais com a qualidade do que com a quantidade, não precisa ir convidando todo mundo que conhece ou que é ‘amigo do amigo’ para ser seu amigo, isso pode não soar bem!
  2. Valorize suas conquistas profissionais –mostre ações que realizou que tiveram sucesso, resultados de projetos que foram interessantes ou titulações alcançadas, contudo, evite se autopromover demasiadamente, pois isso pode soar arrogante. E busque, com permissão prévia, marcar as pessoas que estavam envolvidas nos trabalhos, de forma elegante, pois isso aumenta sua visibilidade.
  3. Publique com inteligência –cada vez mais se multiplicam publicações vazias, assim busque se diferencias com publicações pertinentes. Evite postes irrelevantes que possam atrapalhar sua imagem. Busque levantar assuntos relacionados ao seu campo de atuação.
  4. Evite debates inúteis –nas redes sociais existem momentos tensos, de debates políticos, religiosos e outros similares, contudo, por mais que possa ‘coçar’, evite entrar nesse tipo de conversa. Repare que geralmente essas não levam a lugar nenhum e não terminam bem. Sem contar que você não sabe qual o posicionamento de seus parceiros de negócios
  5. Cuidado com as características das redesNão é por que o Linkedin tem um lado mais profissional e o Facebook é mais aberta que deverá tratar a segunda com maior desleixo, saiba que parceiros e recrutadores também entrarão nessa rede. Assim, é importante que a pessoa tome cuidado em não colocar coisas irrelevantes em cada um deles.
  6. Pense antes de curtir uma publicação ou página – Antes de curtir e compartilhar um texto, leia atentamente para ver se não nada nas entrelinhas. E se for curtir uma página ou participar de uma comunidade, pesquise antes, evite as que que incitem o ódio ou o preconceito
  7. Antes de escrever algo pense –Analise os pontos positivos e negativos de uma postagem. Sei que parece chato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa é a única forma de garantir que o postado nas redes sociais não interferirá no lado profissional. As pessoas hoje tem acesso ao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem. Lembrando que ser feliz não o que se está na rede mundial.
  8. Evite situações não profissionais – multiplicam-se as fotos de baladas, roupas de banho e bebedeiras nas redes, será que é interessante. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida das pessoas, mas se expor de forma inadequada trará consequências negativas para imagem de um profissional. Todos estão expostos a avaliações, por isso pode ter certeza que isso contará na hora que olharem, e não adianta bloquear o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociais e achar com isso que está segura, ledo engano, pois outras pessoas poderão compartilhar a mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocupação.


Celso Bazzola - consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH



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