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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Kit ressaca no carnaval: vale a pena investir neste combo?

Especialista alerta sobre a venda indiscriminada e a falta de eficácia de alguns medicamentos

 

Em períodos festivos, como o carnaval, é comum encontrar no mercado alguns combos com medicamentos para aliviar os efeitos da ressaca após a folia. São os famosos kits ressaca ou kit festa. Normalmente, eles trazem antivômitos (antieméticos), antiácidos, analgésicos e remédios que protegem e regeneram o fígado (hepatoprotetores), sempre com intuito de amenizar os sintomas da alta ingestão de álcool. No entanto, a efetividade desses produtos e a regularidade da comercialização merecem atenção, segundo o coordenador e professor do curso de Farmácia da Universidade Guarulhos (UNG), Anderson Carniel. 

“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda de kits contendo medicamentos sem registro específico, em embalagens não originais ou sem a devida prescrição médica. Embora muitos dos fármacos presentes sejam de baixo risco e apresentem efeitos colaterais limitados, a venda indiscriminada e sem orientação torna a prática ilegal, representando, portanto, um risco à saúde", comenta o especialista. 

De acordo com o coordenador, ainda é necessário estar atento aos tipos de remédios presentes nesses kits, pois alguns não possuem qualquer efeito para melhorar a ressaca. “É o caso dos antialérgicos, que, por vezes, são incluídos. Eles não contribuem para a recuperação do organismo após a ingestão de álcool”, informa.  

Outro ponto destacado pelo profissional são as insistentes propagandas que orientam a tomar os medicamentos deste famoso kit antes de consumir a bebida alcoólica. “Esse é um tipo de informação divulgado sem base científica, sendo apenas uma estratégia comercial para vender mais”. 

A dúvida é: algum remédio pode ser usado para curar a ressaca? Segundo Carniel, não existe um tratamento específico para curar o mal-estar após exagerar na bebida, mas analgésicos como paracetamol e ibuprofeno ajudam a reduzir sintomas de dores de cabeça e desconfortos comuns depois de bebedeira. Os medicamentos que aceleram o metabolismo do álcool no fígado, evitando uma intoxicação hepática, também colaboram. 

"Em sala de aula, sempre orientamos nossos alunos e futuros farmacêuticos sobre a eficácia desses medicamentos para este tipo de situação, mas sempre ressaltamos que o corpo precisa de tempo para eliminar o álcool. Esse é o único processo realmente eficaz contra a ressaca. Esta informação também vale para toda a população”, informa o professor. 

Ao invés de confiar em kits milagrosos, o coordenador do curso de Farmácia da UNG sugere que os foliões bebam de forma consciente, pois é a melhor forma de prevenir a ressaca. Também é importante se hidratar adequadamente e ingerir alimentos capazes de auxiliar no processamento do álcool pelo fígado.

 

Dia Internacional da Conscientização do HPV: especialistas alertam para prevenção e importância da vacinação

No dia 4 de março, o mundo se mobiliza para o Dia Internacional da Conscientização do HPV, uma data criada para alertar sobre a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), que afeta milhões de pessoas globalmente e está diretamente ligado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, especialmente o de colo do útero.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o HPV é responsável por mais de 99% dos casos de câncer do colo do útero, além de estar associado a tumores na região genital, anal, orofaríngea e verrugas genitais. A principal forma de prevenção é a vacinação, recomendada para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade.

A ginecologista e obstetra Patrícia Varanda reforça a importância da imunização e da detecção precoce da infecção. “A vacina contra o HPV é segura e altamente eficaz na prevenção das lesões pré-cancerígenas. Além disso, o exame de Papanicolau continua sendo essencial para o diagnóstico precoce de alterações celulares que podem levar ao câncer”, explica a especialista.

O HPV é um vírus de transmissão sexual e, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% da população sexualmente ativa terá contato com ele em algum momento da vida. A médica alerta para a importância do uso de preservativos, que reduzem o risco de contágio, mas não eliminam totalmente a possibilidade de infecção. “O HPV pode ser transmitido pelo contato pele a pele, o que significa que mesmo sem penetração há risco de contágio”, destaca Patrícia Varanda.

A campanha deste ano reforça a necessidade de educação sobre o HPV, ampliando o conhecimento sobre a vacina, exames preventivos e formas de transmissão. “Precisamos desmistificar o assunto e conscientizar a população de que o HPV é um problema de saúde pública, mas que pode ser prevenido com informação e medidas eficazes”, conclui a ginecologista.

 

Epilepsia e Estimulação Cerebral Profunda: como o tratamento cirúrgico pode devolver a esperança aos pacientes?


O Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia, lembrado em 26 de março, é uma data dedicada a ampliar a compreensão e o diálogo global sobre esse distúrbio neurológico crônico, que se manifesta por meio de crises epilépticas recorrentes, causadas por alterações na atividade elétrica do cérebro, e afeta pessoas de todas as idades, origens e estilos de vida.

Um dos tratamentos mais avançados para a condição é a Estimulação Cerebral Profunda (ou DBS – Deep Brain Stimulation, na sigla em inglês), um procedimento que está transformando a vida de pacientes com epilepsia refratária.

A epilepsia, que se manifesta devido a descargas elétricas anormais no cérebro, afeta pessoas de todas as idades, origens e estilos de vida. As crises variam de convulsões generalizadas a episódios mais sutis, como movimentos involuntários localizados ou perdas momentâneas de consciência. 

Determinar o tipo de epilepsia permite uma abordagem de tratamento mais eficaz. Embora as crises sejam controláveis em 70% dos pacientes com o uso de medicamentos antiepilépticos, pacientes com epilepsia refratária podem se beneficiar com tratamentos avançados. Nesse sentido, a DBS ganha força. 

Esse tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área.1. Recentemente, a terapia passou por uma revisão sistemática2, que identificou um aumento na eficácia ao longo dos anos O procedimento envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, como o núcleo talâmico ou o hipocampo, que são conectados a um neuroestimulador para modular a atividade neural. Esse aparelho recebe estímulos constantes, com o objetivo bloquear ou interromper os impulsos anormais de atividade elétrica no cérebro.

“A DBS tem sido eficaz em reduzir a frequência e intensidade das crises, com efeitos adversos mínimos, provocando melhora na qualidade de vida para pacientes que enfrentam limitações severas”, explica o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião funcional e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia na Unicamp


Estigmatização da doença

Empoderar e dar visibilidade a pacientes, diagnóstico, tratamento, cuidados, prevenção e pesquisa em relação a esse distúrbio é uma iniciativa fundamental para desmistificar essa condição neurológica frequente e, ainda assim, pouco compreendida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo vivem com esse distúrbio - embora estudos sugiram que a cifra é ainda maior -, e metade dos pacientes vão ser estigmatizados em algum momento.

As causas da epilepsia são múltiplas e não completamente conhecidas, e incluem fatores genéticos, danos cerebrais provocados por traumatismos, infecções como meningite e encefalite, acidentes vasculares cerebrais, tumores e malformações congênitas. Em crianças, a epilepsia muitas vezes está associada ao desenvolvimento cerebral, enquanto em idosos, as crises frequentemente estão associadas a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. 

O enfrentamento de uma crise epiléptica requer conhecimento por parte da sociedade. Durante uma crise convulsiva, é necessário proteger o paciente para evitar ferimentos, afastar objetos que possam causar acidentes e posicionar a pessoa de lado para prevenir sufocamento e deixar que a saliva escorra. Jamais deve-se segurar seus movimentos ou colocar objetos ou os dedos em sua boca. “O ideal é permanecer ao lado do paciente e aguardar que a crise acabe, o que ocorre geralmente em até três minutos”, alerta o médico.

 


Dr. Marcelo Valadares é médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor. O especialista também é fundador e diretor do Grupo de Tratamento de Dor de Campinas, que possui uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos. 
No setor público, recriou a divisão de Neurocirurgia Funcional da Unicamp, dando início à esperada cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation – Estimulação Cerebral Profunda) naquela instituição. Estabeleceu linhas de pesquisa e abriu o Ambulatório de Atenção à Dor afiliado à Neurologia.




Referências:

1: FISHER, Robert; SALANOVA, Vicenta; WITT, Thomas; et al. Electrical stimulation of the anterior nucleus of thalamus for treatment of refractory epilepsy. Epilepsia, Hoboken, v. 51, n. 5, p. 899-908, maio 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20331461/. Acesso em: 19 jan. 2025.

2: BAHADORI, Amir Reza; JAVADNIA, Parisa; DAVARI, Afshan; et al. Efficacy and safety of deep brain stimulation in drug resistance epilepsy: A systematic review and meta-analysis. Neurosurgical Review, [s.l.], v. 47, n. 1, p. 855, 19 nov. 2024. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39557745/. Acesso em: 19 jan. 2025.


Viagem de carnaval com crianças? Previna-se contra afogamentos

Silencioso e abrupto, esse tipo de acidente não perdoa a desatenção. Pediatra orienta sobre como manter as crianças seguras em ambientes com piscina, mar e banheiras

 

"Afogamentos são a principal causa de morte em crianças abaixo de 4 anos e seu número se distribui ao longo do ano todo, mas tem um pico importante nesta época do ano", dispara a Dra. Anna Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, ao completar: "Como crianças nessa faixa etária ainda não entendem o conceito de perigo e proibido, a soma de curiosidade, com imaginação e ambientes com piscina/mar pode trazer resultados perigosos", avalia a especialista. 

É senso comum que os acidentes envolvendo afogamentos parecem repentinos, costumam envolver ambientes com muitas pessoas e geram pouca brecha para um socorro de qualidade. A Dra. Anna aponta um estudo norte-americano que revela que em 70% dos afogamentos, os adultos não sabiam que a criança estava na piscina e em 46% dos casos, o último local em que teriam sido vistas foi dentro da casa. "Afogamentos costumam ser silenciosos. Dificilmente a criança conseguirá gritar por ajuda e em poucos minutos irá afundar", explica a médica. 

As orientações mais básicas e comuns para cuidar dos pequenos nesses ambientes passam por: 

  • Jamais deixar uma criança desacompanhada próximo ao mar;
  • Checar sempre as condições: há correntezas? Há salva-vidas próximos?
  • Se o adulto não souber nadar, não deverá acompanhar uma criança no mar.
  • “Água no umbigo, sinal de perigo” deve sempre ser levada em consideração.
  • Castelos de areia devem ser feitos em local seguro: longe da água, na sombra e sob as vistas de um adulto. 

Fora esses cuidados básicos e obrigatórios, a Dra. Anna aprofunda a estratégia com mais 5 cuidados vitais para a lida com crianças perto da água:

 

Cercados em piscinas: 58% dos afogamentos ocorrem em ambientes domésticos. Uma cerca segura precisa ter em torno de 1 metro de altura, cercar os 4 lados da piscina, sem estruturas ou objetos próximos que a criança possa escalar, além de uma largura pequena, para que a criança não invada a área se espremendo entre as grades. Um bom cadeado deve trancar essa piscina fora do uso. Além de piscinas, atente também para banheiras e baldes.

 

Designar um cuidador para olhar quem está na água: festas ou encontros com muitas crianças e adultos especialmente oferecem riscos. Quando muitas pessoas estão “olhando”, o resultado é ninguém olhando de verdade. Troque os cuidadores e certifique-se de que quem for cuidar não está alcoolizado ou fazendo outras atividades, como cuidando do churrasco ou mexendo no celular.

 

Coletes salva-vidas: muito cuidado com o uso de boias. As de braço podem escorregar ou furar e não são seguras. Utilize coletes ou boias de isopor que envolvam o tórax e abdome, além dos braços.

 

Aprender a nadar: aulas de natação são liberadas a partir de 6 meses de idade. Se for possível para sua família, coloque seu filho em aulas de natação assim que liberado.

 

Procure na água primeiro: se der falta de uma criança em qualquer que seja o local, procure imediatamente na água pois, se ela estiver lá, cada segundo é precioso para salvá-la.

 


DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN - CRM SP 150 572 - RQE 106869/ 1068691. Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo. Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto. Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria. Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês. Membra do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein


Carnaval de calor extremo: 5 dicas para evitar mal-estar e aproveitar a folia

Nutróloga ensina como manter o corpo nutrido e hidratado diante das altas temperaturas

 

Blocos de rua, shows, festas e muita dança. O Carnaval é uma das épocas mais aguardadas do ano, mas, em 2025, os foliões terão um desafio extra: enfrentar uma onda de calor extremo. Com temperaturas até 7°C acima da média, o calor intenso pode causar cansaço, desidratação e até mal-estar. Para curtir a festa sem perrengue, a Dra. Fernanda Vasconcelos, médica nutróloga e fundadora do Instituto Qualitté, ensina o que fazer para manter a energia e evitar riscos à saúde.


1 - Hidrate-se

O calor, a multidão e o ritmo acelerado dos blocos fazem o corpo perder líquidos rapidamente — e, se tiver álcool envolvido, a desidratação vem ainda mais rápido. O consumo de bebidas alcoólicas pode causar tontura, fadiga e até desmaios. A dica é simples: intercale cada drink com um copo de água e tente consumir pelo menos dois litros ao longo do dia. Água de coco e isotônicos também ajudam a repor os minerais que o corpo perde no suor.


2 - Não corte carboidratos

Ficar longas horas sem comer é um erro clássico de Carnaval. Evitar grandes períodos de jejum é essencial para manter a disposição. O ideal é consumir alimentos que sustentam sem pesar. Muita gente corta carboidratos e acha que vai se sentir mais leve, mas isso pode causar tontura e fadiga e predispõe facilmente à embriaguez. O segredo é escolher os certos, como alimentos naturais, integrais, como salada de frutas com aveia, chia, castanhas, que liberam energia de forma longa e equilibrada.


3 - Evite câimbras e dores musculares

Depois de horas pulando, o corpo começa a dar sinais de cansaço. Pernas pesadas, dores musculares e câimbras são comuns, principalmente pela perda de minerais como potássio e magnésio. Se esses nutrientes estiverem em baixa, os músculos não funcionam direito. Para evitar esse problema, inclua banana, abacate e água de coco na alimentação antes de sair para a folia.


4 - Cuidado com o excesso de álcool

O álcool pode ser um dos maiores inimigos do seu Carnaval se for consumido em excesso. Além de desidratar, pode causar quedas bruscas de glicose no sangue, levando à fadiga e tontura. Para evitar o famoso apagão no meio da festa, nunca beba de estômago vazio, intercale com água e comidas leves.


5 - Leve algo na bolsa e evite fast food

No meio do bloco, bateu aquela fome e as opções disponíveis são só frituras e lanches pesados? Melhor se prevenir. Ter algo para comer ao longo do dia ajuda a manter a energia e evita exageros na próxima refeição. Castanhas, barrinhas de cereais e frutas secas são fáceis de carregar e garantem um suporte entre uma parada e outra.


Medicamento que trata tipo de câncer recorrente em crianças será incorporado ao SUS

Para a Anadem, medidas como essa ampliam o acesso ao tratamento adequado e favorecem o trabalho dos médicos, que conseguem optar pela melhor terapia

 

Pacientes que tratam o neuroblastoma, terceiro tipo de câncer mais recorrente em crianças, ficando atrás da leucemia e de tumores cerebrais, terão o medicamento betadinutuximabe, cujo nome comercial é Qarziba, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades habilitadas, em 180 dias, de acordo com o Ministério da Saúde. Ele é indicado para casos de alto risco ou de recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países. 

O tratamento varia entre pacientes, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope). Além da cirurgia para a retirada do tumor, em alguns casos, é necessária a quimioterapia para aqueles com risco baixo ou intermediário. Já para os de alto risco, pode haver a necessidade de cirurgia, de quimioterapia e de radioterapia ou, ainda, de transplante de medula óssea com células do paciente. Todos os procedimentos são oferecidos pelo SUS. 

“Por serem de alto custo, geralmente a maior dificuldade é conseguir viabilizar a compra desses medicamentos. Quando estão disponíveis pelo SUS, os médicos conseguem planejar um tratamento com começo, meio e fim. E isso faz total diferença para as chances de desfecho positivo”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal. 

A incorporação do betadinutuximabe para o tratamento do neuroblastoma de alto risco na fase de manutenção, no âmbito do SUS, foi oficializada pela Portaria n.º 7, de 9 de fevereiro de 2025, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics/MS).

 

Característica

Tumor sólido extracraniano, o neuroblastoma representa entre 8% e 10% de todos os tumores infantis. Dentre as principais dificuldades em relação ao tratamento, está justamente a dificuldade de acesso aos medicamentos. Trata-se de uma verdadeira corrida contra o tempo, pois os remédios devem ser usados em etapas específicas, conforme o tratamento, para que façam efeito. “Tê-los disponíveis no SUS é um grande avanço e certamente ajudará muitas pessoas”, reforça o especialista em Direito Médico. 



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem
Para saber mais, clique aqui.


Regra do ABCDE - 5 dicas para suspeitar de câncer de pele em crianças

No Dia Internacional de Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, o Hospital do GRAACC alerta: apesar de raro na infância, o câncer de pele ainda é um risco para as crianças. Por isso, pais e responsáveis devem proteger adequadamente os pequenos enquanto brincam ao ar livre, especialmente no verão, quando a incidência de raios ultravioleta é maior. Além disso, evitar a exposição excessiva e desprotegida ao sol desde a infância garante a saúde da pele na vida jovem e adulta, uma vez que o efeito da radiação na pele é cumulativo. Cada queimadura solar, mesmo que leve, aumenta o risco de problemas futuros, como envelhecimento, manchas e câncer.

 

“Há dois tipos principais de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma, sendo que o último é o mais agressivo. O crescimento do melanoma é rápido e, mesmo nos estágios iniciais, pode se espalhar para outros órgãos do corpo, o que chamamos de metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura”, explica Natália Duarte, oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC, o qual é referência no tratamento do câncer infantojuvenil. O câncer de pele em crianças é extremamente raro, representando entre 1% e 4% de todos os melanomas. A estimativa de incidência anual é de 6 casos por milhão de pessoas. 

Para prevenir o câncer de pele na infância, é essencial adotar as seguintes medidas:

  • Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, período de maior intensidade dos raios ultravioleta
  • Usar protetor solar adequado para crianças e lembrar de reaplicá-lo a cada duas horas ou menos, se houver suor excessivo ou brincadeiras na água
  • Vestir as crianças com camisetas de manga longa e chapéus


E como suspeitar do câncer de pele em crianças? Conheça a regra do ABCDE 

É importante observar o surgimento e evolução de pintas e lesões em todo o corpo, não somente em áreas mais expostas ao sol, como cabeça, rosto, pescoço, braços e pernas, mas também em regiões de difícil visualização, como genitais e atrás das orelhas. 

Uma ferramenta simples ajuda a identificar pintas na pele que possam ser sinais de melanoma - a regra do ABCDE. Mas lembre-se: ela não é infalível - algumas pintas benignas podem apresentar as mesmas características visuais das que são destacadas por essa regra. O diagnóstico só pode ser feito após minuciosa investigação médica. Então, procure o pediatra ou dermatologista em caso de suspeita.


O que significa cada letra?

  • A - Assimetria: Pintas que indicam melanoma apresentam formato assimétrico, ou seja, uma metade é diferente da outra.
  • B - Bordas: As bordas de uma pinta normal são geralmente regulares e bem definidas. No melanoma, elas tendem a ser irregulares, denteadas ou borradas.
  • C - Cor: A pinta do melanoma tem, geralmente, várias cores, como preto, marrom, vermelho, branco ou azul.
  • D - Diâmetro: A maioria dos melanomas possui mais de 6 milímetros de diâmetro, o equivalente a uma borracha de lápis.
  • E - Evolução: a principal característica do melanoma pediátrico é a evolução da lesão ao longo do tempo. Quaisquer mudanças nas pintas devem ser acompanhadas, como aumento do tamanho e alteração na cor. É importante prestar atenção em outros sinais e sintomas que podem estar associados, como sangramento, feridas que não cicatrizam, dor, coceira ou nódulos


Diagnóstico e tratamento 

O câncer de pele em crianças é extremamente raro, representando 2% de todos os melanomas. A estimativa de incidência anual é de 2,5 casos por milhão de pessoas na população pediátrica. "O diagnóstico de melanoma em crianças é desafiador porque apresenta algumas particularidades e diferenças em relação às características desse tumor no adulto. São necessários a investigação da história clínica do paciente e sua família e o exame físico cuidadoso. “Usamos um aparelho chamado dermatoscópio, o qual emite uma luz especial que permite a visualização das camadas mais profundas da pele. Para determinar com certeza a presença do câncer, realizamos a biópsia, que é a análise em laboratório de uma pequena amostra da lesão suspeita”, detalha Natália Duarte, oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC. 

“Fatores genéticos aumentam o risco de câncer de pele na infância. Portanto, devem fazer acompanhamento periódico com pediatra e dermatologista as crianças com histórico familiar da doença, pele clara e que apresentam grande quantidade de pintas ou lesões de pele congênitas”, ressalta a médica. 

O tratamento do câncer de pele é feito através de cirurgia para retirada da lesão. As chances de cura aumentam se o diagnóstico for feito nos estágios iniciais da doença, quando o tumor ainda é superficial e localizado. No caso de metástase, há necessidade de quimioterapia e/ou imunoterapia (terapia alvo). 

“Por se tratar de um câncer com altas chances de reincidência, todo paciente que teve o diagnóstico de câncer de pele, mesmo após término do tratamento, deve ser acompanhado periodicamente por um serviço médico especializado para avaliação clínica e realização de exames, se necessário”, alerta a Dra. Natália.


Carnaval, como curtir a folia sem descuidar da prevenção contra infecções e ISTs

No Carnaval, altas temperaturas, pouco sono, aumento do consumo de álcool e relações sexuais sem proteção podem favorecer infecções urinárias e ISTs. As ginecologistas Dra. Natália Castro e Dra. Karina Tafner explicam os principais riscos e como evitá-los para aproveitar a festa com saúde e segurança


O Carnaval é um período de alegria, mas também pode ser um momento em que hábitos descuidados afetam a saúde íntima. O calor intenso, a ingestão excessiva de álcool, o uso prolongado de roupas úmidas e a privação de sono criam um ambiente propício para o aumento de infecções do trato urinário (ITUs) e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Segundo a ginecologista Dra. Natália Castro, especialista pela FEBRASGO, cerca de 80% dos casos de ITU são causados por uma bactéria que coloniza naturalmente o trato urinário feminino. No entanto, fatores como alta umidade, biquínis molhados, consumo exagerado de álcool, privação de sono e a maior frequência de relações sexuais, especialmente com múltiplos parceiros, podem aumentar a predisposição a esse problema.

A infecção urinária geralmente se manifesta com sintomas característicos, como dor e ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e cheiro forte na urina. Como o diagnóstico é bastante específico, o tratamento com antibióticos costuma ser iniciado de forma imediata para evitar complicações.

A prevenção, no entanto, é simples e passa por cuidados como manter uma hidratação adequada, ingerindo de dois a três litros de água por dia, evitar permanecer com roupas úmidas por longos períodos e manter a higiene íntima antes e depois das relações sexuais.

Além disso, a alimentação desempenha um papel importante: alimentos ultraprocessados podem ser pró-inflamatórios e comprometer a imunidade, enquanto frutas e vegetais ajudam a fortalecer o organismo. Moderação no consumo de álcool também é essencial, pois o excesso pode reduzir a imunidade e favorecer infecções. Apesar de existirem muitos mitos sobre a transmissão de ITUs, o uso de banheiros públicos, quando higienizados corretamente, não é um fator de risco.

Além das infecções urinárias, o Carnaval também é um período de aumento dos casos de ISTs, muitas vezes devido à maior liberdade sexual e ao sexo sem proteção. De acordo com a ginecologista Dra. Karina Tafner, especialista em reprodução humana, doenças como clamídia e gonorreia são frequentes e, muitas vezes, assintomáticas, podendo levar a complicações como doença inflamatória pélvica e infertilidade.

A sífilis, conhecida como “a grande imitadora”, também preocupa por seu caráter silencioso nos estágios iniciais. Houve um aumento expressivo no diagnóstico de novos casos nos últimos anos, muito associado à falta de prevenção. Outras infecções, como o HPV, que pode causar verrugas genitais e está ligado ao câncer do colo do útero, e o herpes genital, que provoca feridas dolorosas, também merecem atenção.

Entre as ISTs mais graves, o HIV continua sendo um grande alerta. Em 2022, foram registrados 36.753 novos casos de infecção no Brasil, sendo a maioria entre homens.

O vírus pode permanecer assintomático por anos, tornando essencial o uso de preservativo em todas as relações. Além disso, medidas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), indicada para quem tem maior risco de contaminação, e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que pode ser tomada até 72 horas após uma relação de risco, são formas eficazes de prevenção. Outras ISTs que podem ser transmitidas sexualmente incluem as hepatites B e C, que afetam o fígado e podem ter consequências graves quando não diagnosticadas precocemente.

A melhor forma de curtir o Carnaval com segurança é investir na prevenção. O uso correto de preservativos, tanto masculino quanto feminino, continua sendo a maneira mais eficaz de evitar ISTs. Levar camisinha consigo pode evitar riscos no momento da empolgação, e moderação no consumo de álcool e drogas também ajuda na tomada de decisões mais seguras.

Além disso, exames regulares são fundamentais para o diagnóstico precoce, principalmente porque muitas dessas infecções não apresentam sintomas no início. Se houver exposição ao HIV, por exemplo, a PEP deve ser iniciada o mais rápido possível para reduzir os riscos de infecção.

Para a Dra. Karina Tafner, a conscientização é fundamental. “O Carnaval deve ser um momento de diversão, e cuidar da sua saúde íntima faz parte disso. Se tiver qualquer sintoma ou dúvida, procure um ginecologista sem vergonha ou medo. Informação e prevenção são essenciais para aproveitar a folia com segurança”, conclui a especialista.

 



Dra Karina Tafner - CRM:118066 @drakarinatafner. Especialista em Gineoclogia e Obstetrícia pela Santa Casa de São Paulo. Especialização em Ginecologia Endocrinologica e Reprodução Assistida pela Santa Casa de São Paulo. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Febrasgo. Livre docente da Pós graduação de reprodução assistida da Sociedade paulista de medicina reprodutiva e da Santa Casa de SP. Sócia Fundadora da Clínica FIVSP. Há 15 anos atuando na área de ginecologia e reprodução assistida



Dra. Natalia Castro Ginecologista e Obstetra - CRM 105.105 - RQE: 53.054. Graduação em Medicina pela Faculdade Estatual de Medicina de Marília (2001); Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brasil (2002 a 2005); Pós-Graduação em Ginecologia endócrina e endometriose pela Universidade Estadual de Medicina de Campinas, UNICAMP, São Paulo, Brasil (2006 A 2009); Mestrado pela UNICAMP – defesa tese 2009; Parte integrante da equipe de cobertura do Pronto Socorro da Maternidade do Hospital São Luiz, São Paulo, Brasil (2009 a 2011); Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia – TEGO n. 0642/2004, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO; Mestrado em Tocoginecologia, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil; Título: Niveis de Leptina e Adiponectina em Mulheres com Falência Ovária Prematura, Ano de Obtenção: 2009; Nome em citações Bibliográficas CASTRO,N.C.
Áreas de atuação
1. Grande área: Ciências da Saúde / Área: Medicina; 2. Grande área: Ciências da Saúde / Área: Medicina / Subárea: Clínica Médica; 3. Grande área: Ciências da Saúde / Área: Medicina / Subárea: Clínica Médica / Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia.
Atualmente atende em consultório próprio. Atuando principalmente nos seguintes temas: sexualidade, ginecologia endócrina / menopausa.
Dranatalia

 

MARÇO AZUL: BRASIL REGISTRA ANUALMENTE CERCA DE 45 MIL NOVOS CASOS DE CÂNCER COLORRETAL

Segundo o médico, o câncer de intestino geralmente é diagnosticado em estágios mais avançados, pois seus sintomas iniciais são sutis. Entenda os sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.

 

No terceiro mês do ano, é celebrado o Março Azul, campanha de conscientização sobre o câncer colorretal, que já é o terceiro mais comum no Brasil, com cerca de 45.630 novos casos registrados anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de ser uma das doenças mais prevalentes, muitos brasileiros ainda desconhecem seus sintomas iniciais e, por isso, o diagnóstico só ocorre quando o câncer já está em estágio avançado.

Para o cirurgião gastrointestinal Dr. Lucas Nacif, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a dificuldade no diagnóstico precoce está nos sinais discretos da doença, que facilmente passam despercebidos ou são confundidos com outros problemas de saúde. "Embora o câncer colorretal possa ser silencioso no início, quando detectado de forma precoce, suas chances de cura superam 90%", afirma Nacif.


Entenda o que é o câncer de intestino

Segundo o cirurgião, o câncer colorretal costuma se originar a partir de crescimentos anormais de células, que evoluem para lesões chamadas pólipos adenomatosos. Esses pólipos podem se tornar cancerígenos ao longo do tempo. "O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por anos, sem causar sintomas visíveis. Porém, conforme o tumor cresce, podem surgir sinais como mudanças nos hábitos intestinais, sangramentos, dor abdominal, fraqueza e perda de peso inexplicada", alerta o médico.

O especialista também explica que a progressão do câncer colorretal ocorre em estágios. No estágio I, o câncer se limita à parede do intestino, enquanto no estágio IV, ele já se espalhou para órgãos distantes, como o fígado e os pulmões.


Quais são as causas e fatores de riscos

De acordo com o Dr. Nacif, uma dieta pobre em frutas, vegetais e carnes magras, aliada ao consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, pode aumentar o risco de desenvolver o câncer colorretal. Além disso, hábitos como o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o uso frequente de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides também são fatores que contribuem para essa condição.

No entanto, o especialista ressalta que, apesar desses fatores estarem associados ao aumento do risco, as causas exatas da doença ainda não são completamente compreendidas.

 
O câncer de intestino tem cura? Qual é o tratamento?
A resposta está diretamente ligada à detecção precoce e à prevenção. Dr. Lucas Nacif enfatiza que a prevenção continua sendo o melhor caminho, principalmente por meio de exames regulares, para aqueles com histórico familiar da doença ou que já passaram dos 40 anos. “Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maior será a chance de sucesso no tratamento”, alerta o cirurgião.

O diagnóstico precoce pode ser feito através de uma combinação de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos. Para o câncer colorretal, o rastreamento é feito por dois exames: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e as endoscopias (como a colonoscopia e a retossigmoidoscopia).

Quanto ao tratamento, ele varia conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, a remoção do tumor por meio de cirurgia pode ser suficiente. Porém, nos estágios mais avançados, é necessário o uso de quimioterapia e radioterapia, que podem ser combinados, dependendo da gravidade, para controlar o crescimento do tumor.

 

Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com eLink


Carnaval e sexo seguro: conheça os principais métodos disponíveis para prevenção ao HIV

Para curtir os dias de folia com segurança, a prevenção é fundamental

 

O Carnaval chegou e com ele muita curtição. Mas para que os dias após a folia não sejam repletos de preocupação, é preciso aproveitar a festa cuidando da saúde sexual. Em 2023, foram registrados 46.495 novos casos de infecção pelo HIV, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior, com alta incidência entre jovens de 15 a 24 anos.1 Felizmente, existem diversas formas de prevenção ao vírus, incluindo opções disponíveis gratuitamente no SUS.2 Logo, é possível aproveitar o Carnaval com segurança e consciência.

 

O preservativo é um método conhecido, acessível e eficaz para prevenir a infecção pelo HIV e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).3 Mas, hoje em dia, ele não é mais o único método distribuído gratuitamente para a prevenção ao HIV. Uma das principais maneiras de se evitar a transmissão é com a Prevenção Combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção.4 O uso do preservativo, por exemplo, pode ser combinado com a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) oral, um medicamento que reduz significativamente o risco de infecção pelo HIV e está disponível no SUS.5 Também temos aprovada no Brasil a PrEP injetável bimestral, que traz a comodidade de aplicação a cada 2 meses.6 Porém, ainda não está disponível no SUS.

 

Já para quem passou por uma situação de risco, como rompimento do preservativo, sexo sem camisinha ou violência sexual, há a opção da PEP (Profilaxia Pós-Exposição), a qual deve ser iniciada preferencialmente nas duas primeiras horas e no máximo em até 72h do ocorrido e utilizada por 28 dias.

A testagem para HIV e outras ISTs deve ser realizada regularmente. Há testes rápidos disponíveis gratuitamente no SUS.8

“Os métodos de prevenção ao HIV são para qualquer pessoa com vida sexual ativa e que ache que pode estar em risco de contrair o HIV, independente de gênero, orientação sexual, estilo de vida, idade ou outros fatores. As diferentes opções que temos atualmente nos permitem ter mais liberdade de escolha, mas o ideal é ter orientação para que as medidas sejam individualizadas, garantindo bem-estar e boa adesão. Quando as estratégias são usadas de forma combinada, as chances de infecção pelo HIV diminuem consideravelmente”, afirma o infectologista Rodrigo Zilli, diretor médico da GSK/ViiV Healthcare.

Entre os métodos de prevenção que podem ser combinados estão a testagem regular para o HIV, disponível gratuitamente no SUS; a prevenção da transmissão vertical, que evita a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação; a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de medicamentos antes da exposição para reduzir o risco de infecção; e a profilaxia pós-exposição (PEP), uma medida de emergência que utiliza medicamentos após uma situação de risco para minimizar as chances de infecção; tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV; entre outros. Essas ações podem ser combinadas de acordo com as características individuais e o momento de vida de cada pessoa.4 O folião bem informado pode curtir o Carnaval com segurança!

 

Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico

 

 

GSK/ViiV Healthcare

 

Referências:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico - HIV e Aids (2024). Disponível em: <Link>. Acesso em: FEV/2025;
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Aids/HIV. Prevenção. Disponível em <Link>. Acesso em: FEV/2025;
  3. Ministério da Saúde. Camisinha é o método mais eficaz para proteção contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. Disponível em: <Link>. Acesso em: FEV/2025;
  4. UNAIDS. Prevenção Combinada. Disponível em: <Link>. Acesso em: FEV/2025;
  5. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV, 2025. Disponível em: <https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/pcdts/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-profilaxia-pre-exposicao-prep-oral-a-infeccao-pelo-hiv.pdf/view - >. Acessado em: FEV/25
  6. Apretude (cabotegravir solução injetável). Bula do produto.
  7. Brasil. Ministério da Saúde. PEP. <Link>. Acesso em: FEV/2025;
  8. Brasil. Ministério da Saúde. Diagnosticar e Tratar pessoas com IST e HV. <Link>. Acesso em: FEV/2025.

TOP 4 EXERCÍCIOS SIMPLES PARA EVITAR O ENCURTAMENTO MUSCULAR"

Fisioterapeuta explica como a falta de atividade física pode levar ao encurtamento muscular e ensina exercícios simples para prevenir o problema.

 

O dia 10 de março marca o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, uma data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar a população sobre os riscos da falta de atividade física. Um dos problemas mais comuns associados ao sedentarismo é o encurtamento muscular, condição que pode gerar dores, limitação dos movimentos e prejuízos à qualidade de vida. 

O encurtamento muscular ocorre quando os músculos se tornam mais tensos e perdem a capacidade de alongamento natural. Entre as principais causas estão a inatividade física, posturas inadequadas e falta de alongamento regular. No entanto, a boa notícia é que esse problema pode ser prevenido e tratado com exercícios simples que podem ser feitos em casa. 

De acordo com o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata de Guarulhos, “O encurtamento muscular pode levar a dores e limitações de movimento, afetando diretamente nossa qualidade de vida. É essencial agir de forma preventiva e corretiva para evitar complicações mais graves no futuro”.
 

Confira algumas sugestões de exercícios que ajudam a combater o encurtamento muscular:

01. Alongamento de Panturrilhas

  • Em pé, coloque um pé à frente do outro;
  • Mantenha a perna de trás esticada e a da frente levemente flexionada;
  • Incline o corpo para frente, apoiando-se em uma parede ou móvel, mantendo o calcanhar no chão;
  • Sinta o alongamento na parte de trás da perna e repita do outro lado.

 

02. Flexão de Quadril

  • Deite-se de costas com as pernas estendidas.
  • Flexione uma perna, trazendo o joelho em direção ao peito.
  • Segure a posição por alguns segundos e repita com a outra perna.

 

3. Alongamento de Ombros e Peitoral

  • Em pé, com os pés afastados na largura dos ombros, entrelace as mãos atrás das costas.
  • Estique os braços para trás e eleve suavemente até sentir o peitoral se alongando.
  • Mantenha por alguns segundos e solte.


    4. Alongamento de Isquiotibiais
  • Sente-se no chão com as pernas estendidas à frente.
  • Incline o tronco para frente, tentando tocar os pés com as mãos.
  • Mantenha a posição por alguns segundos e retorne.
     

A regularidade é essencial para melhorar a flexibilidade e reduzir o risco de encurtamento muscular. “A constância é fundamental. Praticar alongamentos diariamente ajuda a relaxar os músculos, melhorar a circulação sanguínea e aumentar a flexibilidade ao longo do tempo”, destaca Bernardo Sampaio.

 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestre em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos. Saiba mais aqui!



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