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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Pediatras vão às ruas alertar futuras mães e demais mulheres sobre riscos que o consumo de álcool na gravidez representa para os bebês


9 de setembro, sexta-feira próxima, é o Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal, a SAF
 

No terminal EMTU do Metrô Jabaquara, das 7h às 13h, haverá mutirão de especialistas para orientação médica, distribuição de materiais informativos, além de bonecos e banners com apontamento de órgãos mais afetados pela doença. Todas as gestantes atendidas serão presenteadas com rosas, bombons e água para brindar à boa saúde delas e de seus bebês

 

9 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal, a SAF, doença que, ainda na gestação, condena nossas futuras gerações a malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais. No Brasil, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e um grupo de entidades médicas e da saúde (lista ao término do release) promoverão importante etapa da campanha #gravidezsemalcool, já abraçada por celebridades como Patrícia Abravanel, Alinne Moraes, Mariana Ferrão, Deborah Secco, Carla Diaz, Filipe Bragança, Fernanda Machado, Filipe Cavalcante, Paloma Bernardi, Murilo Becker, entre outras.  

Na data, das 7h às 13h, haverá um mutirão médico, no terminal EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbano)/Metrô Jabaquara, com pediatras esclarecendo gestantes, familiares e sociedade em geral a respeito dos distúrbios que o consumo de álcool durante a gravidez pode causar aos bebês. Serão distribuídos material informativo, bonecos que servirão para apontar os órgãos mais afetados pela SAF.  

Todas as gestantes que passarem pelo local serão presenteadas com rosas, bombons e água para brindar à saúde. 

 

Novos padrinhos e madrinhas da campanha 

No mesmo 9 de setembro, serão anunciados os novos padrinhos e madrinhas famosos da campanha. Eles se juntarão aos demais como porta-vozes para dar eco à luta da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e de entidades médicas alcoólicas para conscientizar as futuras mães sobre o risco da ingestão de bebidas durante a gravidez. 

 

O que diz a Ciência 

Evidências médicas atestam que não existe nível seguro de consumo de álcool na gestação e que a bebida pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. A SAF provoca manifestações como malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais.  

Bebês com essa síndrome têm alterações fortes e bastantes características: além de microcefalia (cabeça e crânio pequenos), algumas dismorfias faciais típicas do transtorno são olhos pequenos, lábio superior fino, facies plana, fissuras palpebrais curtas. Em regra, podem apresentar baixo peso ao nascer devido à restrição de crescimento intrauterino, comprometimento do sistema nervoso central com distúrbios de aprendizagem, de memória e da atenção, dificuldades socioemocionais e comportamentais. 

Hoje, a Síndrome Alcoólica Fetal é a principal causa de retardo mental no mundo ocidental. Pesquisas científicas produzidas na Europa e nos Estados Unidos mostram 1 caso de SAF para cada 1000 nascidos vivos. No Brasil, não há dados consolidados sobre a afecção, apenas poucos números de universos específicos. Exemplo é estudo do Hospital Cachoeirinha, com 2 mil futuras mamães, apontando que 33% bebiam na gestação. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz. 

Vale pontuar, complementarmente, que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura.


Shopping Frei Caneca apoia 'Setembro Amarelo' com campanha de valorização da vida

Divulgação
Ação disponibiliza centenas de mensagens positivas em uma árvore na entrada do empreendimento


Com a grande missão de abordar o assunto do ‘Setembro Amarelo’ e da luta pela prevenção ao suicídio, o Shopping Frei Caneca inaugurou, nesta sexta-feira (2), uma árvore que simboliza um ponto institucional para os clientes resgatarem uma mensagem positiva sobre a valorização da vida. A ação acontece ao longo de todo o mês com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da campanha, criada em 2015. A ‘árvore da vida’ está montada logo na entrada do shopping, no Piso TS. 

Este ano, a campanha do Setembro Amarelo está com o lema ‘A Vida é a Melhor Escolha’. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

“A ideia é que as folhas dessa árvore sirvam como mensagens para os clientes refletirem sobre o quanto cada vida é importante e como cada pessoa é especial para alguém”, comenta a coordenadora de marketing do Shopping Frei Caneca, Eliane Oliveira.


Serviço
Ação do Setembro Amarelo
Horário:
todos os dias, das 10h às 22h
Local: Piso TS – Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César
Informações: (11) 3472-2075 – www.freicanecashopping.com.br

 

 

Grupo AD Shopping 
www.adshopping.com.br

www.admall.com.br

www.alugueon.com.br


Faculdade oferece mil vagas para atendimento nutricional gratuito

 Podem se consultar pessoas obesas, praticantes de atividades físicas, entre outras  


O Ambulatório de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina está com inscrições abertas para mil vagas, gratuitas, para atendimento nutricional à população. As consultas contam com planos alimentares individualizados, considerando a proposta de mudança de hábitos alimentares e atendendo situações relacionadas à perda ou ganho de peso, reeducação alimentar, portadores de doenças crônicas, praticantes de atividades físicas e orientação nutricional. 

Os atendimentos têm duração de uma hora e acontecem de terça e quinta-feira, às 8h, 9h e 10h. As consultas são realizadas por alunos do último ano do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina com supervisão direta de um professor. Para utilizar o serviço não é preciso obter encaminhamento médico. 

Segundo Irani Gomes dos Santos Souza, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, a proposta dos atendimentos é de acompanhamento nutricional e não apenas de ações pontuais. “As consultas visam auxiliar na melhora da qualidade vida da pessoa a quem o cuidado será prestado, visando desde controle de peso e evitar ou minimizar ação de algum fator que possa agravar a saúde”, explica. 

As consultas devem ser agendadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, diretamente na recepção da Faculdade Santa Marcelina ou pelo telefone (11) 2217-9110 - Ramal 9142. O Ambulatório de Nutrição da Instituição fica localizada no 4º andar da unidade Itaquera, localizada na rua: Cachoeira Utupanema, 40 - Vila Carmosina, São Paulo.
 

Agendamento: 

Ambulatório de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina

Local: Rua: Cachoeira Utupanema, 40 - Vila Carmosina, São Paulo

Atendimento gratuito

Telefone: (11) 2217-9110 - Ramal 9142
 

Faculdade Santa Marcelina


Setembro roxo: Todo esquecimento é Doença de Alzheimer?

Esquecer é normal, mas, se recorrente pode refletir em problemas mais sérios ligados à cognição. No mês mundial de conscientização à Doença de Alzheimer, entenda quando episódios podem caracterizar algo mais sério.

 

Entendendo a memória:

Ao pensarmos nos cuidados com a memória, é importante entendermos que algumas habilidades estão integradas ao seu funcionamento.

Uma vez que a memória não é uma habilidade única, e sim um conjunto de habilidades, e a atenção é parte do seu funcionamento.

  

A gerontóloga e parceira científica do Método SUPERA – Ginástica para o cérebro, Profa. Dra. Thais Bento explica que de acordo com as Neurociências do envelhecimento, que a memória, é uma habilidade mental complexa, e com vários subsistemas, sendo caracterizada em etapas como: o recebimento da informação, o armazenamento, a gravação e posteriormente a evocação ou o resgate da informação memorizada.

 

“Para que um processo de memorização seja eficaz é necessário que estejamos atentos, ou seja focados e concentrados na primeira etapa do processamento de memorização, que é o recebimento da informação”, detalhou.

 

Vamos então entender um pouco mais sobre esta importante habilidade, a atenção!

 

Entendendo a atenção

Também chamada de capacidade atencional esta é a função cerebral responsável pela escolha dos estímulos que representam o foco de maior interesse para o indivíduo em um dado momento, possuindo grande importância para a realização das tarefas em seu cotidiano.

A ciência descreve em sua definição, quatro grandes tipos: a atenção dividida, a atenção alternada, a concentrada e a seletiva. A atenção dividida é caracterizada como tradicionalmente, quando a pessoa tem um foco em pelo menos dois estímulos simultâneos, chamados de estímulos e metas.

A atenção alternada também tem sido denominada como a nossa flexibilidade mental, sendo igualmente definida como a possibilidade de atender ora um estímulo, ora outro.

Encontra-se ainda na ciência a atenção concentrada, que foi definida como a capacidade de selecionar o estímulo relevante do meio e dirigir sua atenção para esse estímulo.

“Como a quantidade de estímulos que recebemos diariamente é imensa, o nosso cérebro está constantemente num processo de seleção. Neste sentido a atenção seletiva é a capacidade de selecionar um tipo de informação mediante a exclusão de outras, e para isso utilizamos diversos mecanismos neurais”, explicou.

 

Por que esquecer é normal ?

No dia-a-dia, muitas vezes estamos lidando com inúmeras demandas ou situações, e muitas vezes não prestamos à devida atenção ao que estamos executando, ou às informações importantes que precisamos reter, neste momento a qualidade do processo de memorização sofre influência, e temos um processo de memorização pouco eficiente. Muitas vezes estamos com uma sobrecarga de informações, chegando simultaneamente.

 

Por isso lembre-se para termos um bom processo de memorização precisamos ter um bom desempenho de atenção.

“E nem todo esquecimento, é um problema de memória pode ter relação com a desatenção. Situações de estresse, ansiedade, tristeza, agitação e preocupações interferem no foco da nossa atenção”, detalhou Thais Bento, gerontóloga, professora da USP e parceria científica do Método SUPERA – Ginástica para o cérebro.

           No entanto se os esquecimentos que a pessoa apresenta, interferem na qualidade das suas tarefas cotidianas e são frequentes e intensos, assim como geram irritabilidade, e prejuízos nas relações sociais, é importante procurar um profissional especializado e realizar uma avaliação cognitiva. Porque interferir na execução de tarefas cotidianas e nas relações sociais, sinalizam que os esquecimentos estão frequentes a ponto de sinalizarem um processo de envelhecimento patológico e que a saúde do cérebro precisa ser investigada.

 

Algumas dicas para melhorar o desempenho de atenção e concentração:

  • Coloque metas, das atividades que pretende realizar no dia, evitando assim o esquecimento de tarefas importantes;
  • Faça uma atividade por vez, quanto mais focados, menor será a sobrecarga para a atenção e menor as chances de esquecer de concluir alguma etapa da tarefa realizada;
  • Leia de um pequeno texto sobre meio ambiente, cultura ou saúde, ou um poema e conte mentalmente quantas vezes determinada sílaba ou palavra apareceu no texto;
  • Leia uma sequência de três palavras em determinada ordem e depois as repita em ordem inversa.
  • Realize atividades de cálculo mental, no ábaco, ou soroban, a fim de potencializar o seu desempenho de atenção visual, concentração, raciocínio e cálculo;
  • Realize atividades de atenção visual: como o jogo dos sete ou oito erros, em que a mesma figura é comparada, porém com algumas diferenças presentes, que o participante precisará considerar como um erro entre as figuras.
  • Realize atividades que sejam prazerosas para você, evitando assim a sensação de estresse, ansiedade e tristeza.

Agora que você conhece um pouco mais sobre a importância do desempenho de atenção, realize atividades cognitivas e cuide da saúde do cérebro.

 

 

Setembro roxo - Pelo quarto ano consecutivo a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e o SUPERA – Ginástica para o cérebro realiza um dos maiores eventos sobre envelhecimento do Brasil. No próximo dia 17 de setembro gerontólogos, neurocientistas e especialistas em envelhecimento falarão do Teatro Gazeta em São Paulo sobre os avanços e estudos ligados às demências e a importância de dar ao cérebro os estímulos certos ao longo da vida. O mês de conscientização à Doença de Alzheimer – também conhecido como setembro roxo, é também o mês de maior mobilização para as demências no mundo.


  

Serviço - Despertando a sociedade para a saúde do cérebro

Quando: 17/09/2022

Horário: das 8h às 16h

Onde: Teatro Gazeta - Av. Paulista, 900 - Bela Vista, São Paulo - SP.

Participação: evento gratuito e aberto ao público mediante inscrição. Transmissão ao vivo para todo o Brasil pelo canal oficial do Método SUPERA no Youtube.


Queda na vacinação contra a poliomielite aumenta o risco de volta da doença

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país não atingiu nem 50% do seu público-alvo de vacinação neste ano; Campanha nacional de imunização vai até dia 9 de setembro

 

Na reta final da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022, que vai até a próxima sexta-feira, 9 de setembro, o Hospital Bom Pastor, referência em pediatria na região de Guajará-Mirim (RO), alerta para a importância da vacinação das crianças menores de cinco anos de idade. 

 

Segundo os últimos dados de divulgação do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil ainda não atingiu 50% do público-alvo neste ano. O dado é preocupante pois esta é a única estratégia de prevenção da doença, que pode causar paralisia grave e até a morte.

 

A poliomielite, também conhecida como pólio, é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 1 a cada 200 casos, o vírus afeta o sistema nervoso, causando paralisia irreversível. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da pólio, porém a baixa cobertura vacinal acende o alerta para a volta da doença.

 

“Nos casos mais graves, a pólio também pode afetar os músculos responsáveis pela respiração, levando o paciente a depender da utilização de respiradores para sobreviver. É válido lembrar que crianças com menos de cinco anos são o público mais atingido pela poliomielite e a única forma de prevenção é a vacinação, disponível na rede pública de todo o país”, ressalta Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Bom Pastor. 

 

A unidade, própria da Pró-Saúde, é referência em pediatria, obstetrícia, clínica médica e cirúrgica em uma região remota do Brasil, prestando atendimento para mais de 50 aldeias na região de Guajará-Mirim, em Rondônia. O município também apresenta dados preocupantes de cobertura vacinal total, já que, de acordo com o DATASUS, atingiu apenas 21,07% até o fim de agosto. 

 

Vacinas disponíveis


O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece gratuitamente duas vacinas diferentes para a imunização da pólio. Ambas são importantes para proteção, mas devem ser administradas em períodos distintos, confira:

 

1.   Vacina Inativada Poliomielite (VIP): A princípio, a vacina inativada é administrada em três doses, cada uma destinada a crianças de dois, quatro e seis meses, nessa ordem.

2.   Vacina Oral Poliomielite (VOP): O reforço da proteção contra a doença é aplicado com duas doses da vacina atenuada – em gotas – para crianças de 15 meses a 4 anos de idade.  

 

Juan Carlos explica que bater as metas de vacinação é importante pois quando a população está com baixa cobertura vacinal, o risco de mutação do vírus aumenta à medida que é transmitido de pessoa para pessoa, dando origem a novas cepas.

 

“A pandemia da covid-19 deixou muito claro para o mundo a importância da vacinação. Manter a carteirinha de imunização atualizada significa muito mais do que se proteger, significa proteger uma população inteira”, enfatiza o diretor. De acordo com a OPAS, enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite.

 

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 acontece em aproximadamente 40 mil postos de vacinação em todo o país, com aplicação de doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente, entre elas a Tetraviral, Febre Amarela e Hepatite A e B.


Setembro Amarelo: mês de conscientização sobre prevenir o suicídio

 O Hospital Pequeno Príncipe apoia a iniciativa e reforça a importância do cuidado com a saúde mental desde a infância


Por que falar sobre prevenção ao suicídio? Ainda que seja um tabu, o assunto é considerado um problema de saúde pública. No Brasil, são registrados cerca de 14 mil casos por ano, e essa é a quarta causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só em 2021, o Hospital Pequeno Príncipe, maior exclusivamente pediátrico do país, atendeu 52 crianças e adolescentes por autoagressão. O número é 173% maior do que o total de atendimentos realizados no ano anterior. Além disso, o paciente com a menor idade atendido pela instituição por causa de idealização suicida tinha apenas 7 anos. Por isso, durante o Setembro Amarelo, mês em que se coloca o tema em destaque, o Pequeno Príncipe reforça a importância de se falar sobre o assunto, além de ressaltar a necessidade do cuidado com a saúde mental desde a infância.

A tentativa de suicídio normalmente ocorre após a pessoa já ter manifestado sinais de depressão, ansiedade ou outra questão de saúde mental. Por isso, é tão importante manter um canal aberto de comunicação entre as crianças e os adolescentes. “As dificuldades e os transtornos mentais existem e são genuínos. Incentivar que se fale sobre o assunto é assumir que esse tipo de problema existe na sociedade, inclusive na infância e adolescência”, discorre a psicóloga Angelita Wisnieski da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe.

Existem diferentes situações que podem ser um fator de risco, como bullying na escola, violência doméstica, perda de um ente querido, uso de drogas e outras substâncias, divórcio dos pais e dificuldade no aprendizado. Entretanto, segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio poderiam ser prevenidos pelo simples fato de se ter alguém com quem conversar. Por isso, informar-se para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave.

É muito importante que as pessoas próximas estejam atentas às mudanças repentinas de comportamento e alterações de humor dos meninos e meninas, ajudem oferecendo uma escuta ativa sem julgamentos e auxiliem no encaminhamento a um psicólogo ou psiquiatra sempre que necessário. “Cada fase da vida tem seus conflitos, dúvidas e questões que podem gerar sofrimento, por isso é preciso olhar para essas questões e buscar estratégias de abordagem e tratamento”, reitera a psicóloga.


Setembro Amarelo

A campanha é promovida anualmente pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Em 2022, o Setembro Amarelo tem como tema “A vida é a melhor escolha!”, com o objetivo de mostrar que é fundamental falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam o valor da vida.


Camisinha é aliada essencial na luta contra o câncer do colo do útero e outros tumores: entenda

 Preservativo diminui o risco de contaminação pelo HPV, que é responsável por tumores no útero, pênis, entre outros


Provavelmente você não associaria a camisinha com prevenção ao câncer. Mas ela é uma importante aliada para evitar o surgimento de tumores nas mulheres e também nos homens, aponta o médico Andrey Soares, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Isso porque, além de proteger das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), o preservativo evita o contágio do papiloma humano (HPV), que é o principal responsável pelo câncer no colo do útero. Mas não só ele. Nos homens, há uma forte relação também com o surgimento de tumor no pênis.
 

"Além da vacinação em meninas e meninos contra o HPV, a camisinha ainda é a principal barreira de transmissão e, embora se conheça melhor essa relação entre o tumor no útero com o contágio do vírus, ainda é grande o desconhecimento em relação ao câncer peniano. Os homens, em geral, tendem a se preocupar menos com a saúde, fazer menos exames, e etc, até por uma questão cultural mesmo. Então, informar sobre a importância do uso da camisinha também na prevenção do câncer masculino é fundamental e dever dos agentes públicos", cobra o oncologista. 

E a fala dele é apoiada por números. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a relação entre o sexo desprotegido e câncer não é conhecida pelos brasileiros: entre 1500 entrevistados, quase 30% dos brasileiros não imaginam que usar preservativos pode reduzir o risco de desenvolver câncer. E são muitos os tipos que podem sofrer influência da contaminação do HPV: 

"Os preservativos estão comumente relacionados à proteção contra o HIV, mas também são o modo de combate a formas de tumor que têm relação com o HPV, como colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus, boca e garganta", explica o especialista. 

O câncer de pênis é considerado raro, mas seu prognóstico pode ter consequências devastadoras para a vida do paciente. Em muitos casos, é necessário fazer a amputação do órgão, embora quando diagnosticado em estágio inicial, apresente elevada taxa de cura. No entanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões aparecem para procurar o médico, o que diminui a sobrevida e as chances de um tratamento com menos consequências físicas. Segundo os últimos dados disponíveis, 463 homens morreram em decorrência deste tumor no ano em 2020, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer. 

Já o tumor no Colo do Útero é o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil. Também causado em grande parte pelo HPV, ele pode ser detectado no exame preventivo ginecológico, que deve ser realizado anualmente por todas as mulheres sexualmente ativas. Através do exame, é possível ver se o vírus sofreu alguma mutação que poderia levar ao câncer, tratando o local antes mesmo de malignidade. No mundo, segundo o International Journal of Cancer, 207.252 morreram em 2020 por causa da neoplasia
 

Desconhecimento e preconceito atrapalham prevenção

O desconhecimento leva à desproteção: 59% dos brasileiros não usa preservativos como medida de prevenção à doença. Outra aliada importante é a vacinação de meninos e meninas contra o HPV, que ainda sofre bastante preconceito e resistência na sociedade brasileira. Além, é claro, da falta da informação sobre ela. O assunto é tão sério que a Organização Mundial de Saúde (OMS) precisou se pronunciar, afirmando que a vacina é "segura e indispensável". 

"Os rumores infundados sobre as vacinas contra o HPV seguem adiando ou impedindo de modo desnecessário o aumento da imunização, que urgentemente necessário para a prevenção do câncer cervical", disse em evento no começo de 2020 Elisabete Weiderpass, diretora do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), vinculado à OMS.
 


Oncoclínicas

https://grupooncoclinicas.com/

 

Fibrose cística: setembro roxo é mês de alerta para os pais

Divulgação
 
Dificuldade no ganho de peso dos bebês é ponto para genitores observarem em relação à doença. Especialista explica que patologia não tem cura


Cerca de 70 mil pessoas no mundo vivem com fibrose cística, de acordo com a Cystic Fibrosis Foundation. No Brasil, são 5,7 mil diagnosticados em tratamento no Registro Brasileiro de Fibrose Cística (Rebrafc) em 2019, último levantamento realizado pelo Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC). O estudo Fibrose Cística: Um Retrato Brasileiro, realizado pela Veja Saúde e pela Unidos pela Vida, organização dedicada a pacientes com a condição, e divulgado no ano passado, aponta que 40% do público com a doença não foi diagnosticado logo ao nascer, e 13% tiveram que esperar pelo menos 10 anos pela confirmação.  

A doença, também conhecida como Mucoviscidose ou Doença do Beijo Salgado, é genética e as manifestações clínicas resultam da disfunção de uma proteína denominada cystic fibrosis transmembrane condutance regulator (CFTR). Basicamente, o “defeito” genético presente faz com que toda a secreção do organismo seja mais espessa que o normal, dificultando sua eliminação. A patologia, considerada complexa e potencialmente letal, atinge os sistemas respiratório, digestivo, hepático e genitourinário. O Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística é em 5 de setembro, enquanto no dia 8 seguinte é o Dia Mundial da Fibrose Cística. Por isso, setembro ganha a cor roxa para alertar sobre a enfermidade. 

A forma mais comum de detectar a enfermidade é por meio do teste do pezinho. Porém, alguns casos acabam passando despercebidos. Por isso, a gastroenterologista pediátrica, Andyara Cecílio Brandão, que atende no centro clínico do Órion Complex, chama a atenção para os sintomas da doença. “Os pais devem estar atentos, pois a criança pode apresentar ganho de peso insuficiente, diarreia crônica (mais de 60 dias ou recorrente), tosse crônica, pneumonias de repetição no primeiro ano de vida, sinusites recorrente, suor muito salgado ou gordura visível nas fezes como um brilho (esteatorreia)”, descreve. 

A médica explica que há muitas informações em relação ao que afeta o pulmão, contudo, na área gastroenterológica a doença também tem consequências. “Devido ao espessamento das secreções pancreáticas existe uma digestão inadequada dos alimentos, causando dificuldade no ganho de peso. O espessamento da bile impede a digestão adequada de gorduras, também importantíssima para o ganho de peso adequado, além de causar uma diarreia gordurosa recorrente (fezes que boiam e brilham no vaso). E essa mesma bile espessa pode lesar a vesícula e a via biliar causando cálculos (litíase biliar) e doença hepática progressiva”, detalha a médica.

 

Tratamento

Andyara Cecílio Brandão explica que o tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar especializada em fibrose cística, composta por pneumologista, gastroenterologista, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista. “Consiste no uso de diversas medicações para melhorar a digestão, minimizar lesão no fígado e via biliar, broncodilatadores, mucolíticos, melhorar o muco da via aérea, além de possíveis antibióticos e por vezes corticoides. A fisioterapia respiratória é crucial para qualidade de vida e redução das infecções. Já o suporte nutricional impacta na sobrevida e progressão da doença”, salienta. 

A especialista, que atende na Bela Infância Clínica Pediátrica, no Órion Complex, detalha que o tratamento é caro, mas que a maioria das medicações é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em unidades especializadas na dispensação de medicações de alto custo, ou sob judiciarização. A gastropediatra detalha que a convivência com a fibrose cística ao longo da vida varia de acordo com a apresentação da doença na pessoa. “Temos desde pacientes com formas leves e uma vida praticamente normal, a pacientes com mutações mais graves e intercorrências mais frequentes e de maior gravidade”.  

Contudo, Andyara ressalta que o mais importante é entender que o acompanhamento interdisciplinar envolvendo uma equipe treinada e especializada permitirá intervenções mais precisas e precoces, as quais impactarão diretamente na evolução da doença e na qualidade de vida do paciente. Sobre o setembro roxo, ela destaca a importância do diagnóstico precoce. “Faça o teste do pezinho em seu bebê. E mesmo com resultado normal, observe atentamente seu bebê, mantendo o acompanhamento com o pediatra. Será essencial suspeitar precocemente de fibrose cística”, alerta. 

A especialista busca ainda tranquilizar os pais em relação à enfermidade. “Caso seu filho ou filha tenha recebido o diagnóstico recente de fibrose cística, procure um serviço com profissionais capacitados e especializados. Não é o fim, mas apenas o início de uma caminhada e sua família não está sozinha. Forme uma rede de apoio fortalecida a sua volta, leia sobre a doença em fontes confiáveis, una-se a outras famílias que também compartilham desse caminho. É possível viver com qualidade de vida com a doença”.

 

Por que sentimos mais fome quando estamos com frio?

É comum ficarmos com mais fome quando a temperatura cai. Comer é a maneira que o corpo tem para se aquecer. Portanto, se você estiver exposto a um clima mais frio (mesmo que apenas por alguns minutos), sua temperatura central começa a cair, desencadeando o apetite.

 

Isso não significa necessariamente que você precisa de mais comida. (Arrepios podem queimar até 400 calorias por hora). Mas para aqueles que gostam de se exercitar ao ar livre, essa é uma maneira de aumentar a queima de calorias. Seu corpo queima até 13% mais calorias em condições mais frias. Por exemplo, se você queimar 500 calorias durante sua corrida matinal na primavera, você pode esperar queimar cerca de 65 calorias adicionais no frio.

 

É fome mesmo ou é vontade de comer?

 

O Professor Dr. Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador da Nutrindo Ideais, endocrinologista e médico do esporte, explica que assim que as temperaturas caem, nosso apetite aumenta por alimentos ricos em calorias e carboidratos – Isso porque o corpo gasta bastante calorias para equilibrar a temperatura corporal. Em lugares mais frios, as pessoas precisam de camadas extras de gordura corporal para sobreviver ao inverno. 

Em suma, sentir frio desencadeia um modo de autopreservação que envia ao corpo uma mensagem para se aquecer rapidamente. E essa mensagem é muitas vezes representada como um desejo por alimentos ricos em açúcares e amidos que fornecem o impulso instantâneo de “calor” que seu corpo precisa no momento. O apetite aumenta por alimentos ricos em calorias e carboidratos – ensopados, purê de batatas, macarrão com queijo – os pratos que nos fazem sentir quentes e aconchegantes. 

 

O endocrinologista enfatiza que “o inverno é a melhor época para emagrecer, pois o corpo gasta bastante calorias para equilibrar a temperatura corporal, e isso consome gordura”. Se soubermos controlar a alimentação, o frio será um aliado no emagrecimento. 

 

Como suprir a necessidade de comer de forma saudável e sem engordar? 

 

Para Fabiana Albuquerque (@nutri_fabialbuquerque), nutricionista da equipe Nutrindo Ideais e especialista em nutrição esportiva e funcional, se alimentar de caldos e sopas com bastante legumes, sempre adicionando uma fonte de proteína. Uma dica é salpicar na sopa sementes e grãos (como chia ou semente de abóbora), pois são ótimas fontes de gordura, dando mais saciedade.


 

Dicas que ajudam a tornar os alimentos adequados para o frio sem torná-los engordativos:

 

Não se esqueça das frutas - uma boa opção é aquecê-las no forno (ex: maçã, banana ou pêra com canela) funciona como “comfort food”. incluí-las em shakes, pois substituir leite integral por leite vegetal, para o preparo. 

 

Por exemplo, acrescentar canela, que é termogênica, em comidinhas como banana amassada com aveia; comer mais folhas refogadas em vez de saladas cruas; mas não usar molhos gordurosos.

 

Chás - Invista nos chás, pois nessa época não costumamos beber tanto líquido.

 

Vontade de comer doce - Para substituir a vontade de doce, uma dica é fazer um cappuccino proteico: 150ml de leite vegetal + canela + 1 dose de café + ½ dose de whey protein de chocolate.

 

 

FONTES: 

Professor Dr. Guilherme Renke (@endocrinorenke) - sócio fundador da Nutrindo Ideais, endocrinologista e médico do esporte.  

Fabiana Albuquerque (@nutri_fabialbuquerque) - nutricionista da equipe Nutrindo Ideais e especialista em nutrição esportiva e funcional pela Vp. CRN 13101170

 

 

REFERÊNCIAS: 

Dinâmica de peso de inverno em Microtus Pennsylvanicus - https://esajournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.2307/1940353

Variações históricas nas temperaturas domésticas internas de inverno e implicações potenciais para o ganho de peso corporal


Setembro Amarelo: Seconci-SP aponta caminhos para a prevenção do suicídio

É preciso estar atento às sequelas mentais derivadas do período crítico da pandemia

 

 “Se um amigo, colega de trabalho ou familiar apresentar mudança de comportamento, isolando-se sem motivo aparente e por vezes até revelando pensamentos suicidas, leve-o a sério: não o julgue nem o critique, ofereça imediatamente acolhimento e apoio, e estimule-o a buscar tratamento”.  A recomendação é da dra. Amara Alice Darros, psiquiatra do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da Campanha Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro.

Os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2019, davam conta de que mais de 700 mil suicídios ocorriam anualmente no mundo, número que subia a 1 milhão incluindo os episódios subnotificados. No Brasil, registravam-se cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 pessoas por dia.

A pandemia trouxe gatilhos adicionais capazes de desencadear suicídio em pessoas com quadros de depressão e ansiedade, como isolamento social prolongado, medo de contrair a Covid, perdas familiares, crises conjugais e dificuldades econômicas. “O momento mais crítico da pandemia passou, mas deixou sequelas mentais em muitas pessoas, que às vezes podem levá-las a ver o suicídio como a única saída para se livrar do sofrimento”, comenta a dra. Amara.

A psiquiatra chama a atenção para o fato de que a depressão não leva necessariamente ao suicídio. “Frequentemente o indivíduo age por impulso, atentando contra a própria vida diante de uma situação que não consegue enfrentar, como uma frustração amorosa, a descoberta de uma doença ou o bullying. A pessoa também pode evoluir de um quadro de acúmulo de frustrações para a desesperança, seguida de desespero. Daí a necessidade de estarmos alertas e oferecermos apoio quando o indivíduo sinaliza estar ingressando neste quadro”.


Riscos nas redes sociais

As relações nas redes sociais podem assumir proporções danosas à saúde mental, razão pela qual é importante que os pais acompanhem as atividades dos filhos nestas plataformas, pois eles nem sempre possuem maturidade para lidar com as frustações e podem tomar decisões de forma desesperada.  

Atenção especial deve ser dedicada às pessoas mais velhas. “A aposentadoria, quando a pessoa deixa a rotina de trabalho, ou quando os filhos se casam e mudam de casa, são situações que podem ser traumáticas para alguns indivíduos. É importante que a pessoa se mantenha ativa e receba o apoio dos amigos e da família”.

Práticas espirituais, religiosidade, um bom suporte familiar, realização profissional, capacidade de adaptação, atividades prazerosas como exercícios físicos e danças, e alimentar a autoestima são alguns dos chamados fatores protetivos ao suicídio, aponta a psiquiatra.

A dra. Amara ressalta que as pessoas não devem se sentir culpadas por pensamentos de morte. “A pessoa pode estar padecendo de uma disfunção neuroquímica, um processo inflamatório do sistema nervoso central, que leva a uma disfunção hormonal, podendo estar associado à história familiar e à memória genética”.


Prevenção e tratamento

Por todos esses motivos, é preciso buscar tratamento. O Seconci-SP conta com um corpo médico multidisciplinar, composto por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais preparados para tratar aqueles pacientes e apoiar seus familiares. Conta ainda com um Grupo de Apoio que oferece ajuda e também atende pessoas enlutadas pela perda de um familiar que se suicidou.

A entidade também realiza palestras sobre o tema nas empresas. Informações: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br ou pelo telefone (11) 3664-5844.

Em caso de emergência, a pessoa pode ligar para 188, o CVV – Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntariamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas, todos os dias.

Outra possibilidade é entrar em contato com a Vita Alere, pelo site https://vitaalere.com.br, entidade que tem entre suas missões minimizar o sofrimento das pessoas e oferecer suporte psicológico e psiquiátrico em situações de comportamento suicida e luto por suicídio.

 

Claudicação intermitente pode ser confundida com cãibra durante caminhadas e atividades físicas

 

Doença vascular se caracteriza pela dor na panturrilha e precisa ser avaliada para evitar complicações

 

Desconforto nas pernas pode ser um indicativo de que algo não vai bem com a saúde do membro, e um sinal de alerta para doenças de origem vascular, como a claudicação intermitente. A condição se caracteriza por uma forte dor ao caminhar ou se exercitar.

Ao realizar algum esforço, as pernas demandam mais oxigênio, e as artérias são as responsáveis por distribuir a oxigenação aos membros. Caso esses vasos possuam algum tipo de obstrução, fica inviável suprir a demanda metabólica necessária ao músculo. É quando surge a dor, geralmente na panturrilha, mas também pode acometer o quadril, glúteos, coxas e pés, que pode ser comparada com uma cãibra ou sensação de aperto. A claudicação intermitente ainda pode ser confundida com uma dor muscular ou com outras doenças, como a osteoartrite (artrose), osteoporose, varizes, fibromialgia, dor de coluna e neuropatia periférica.

Segundo o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Rodrigo Bruno Biagioni, com o repouso, ou a parada do exercício, o desconforto desaparece, mas ressurge ao iniciar uma nova atividade de mesma intensidade ou distância. “Os pacientes se queixam de ter que desistir de seu esporte preferido, ou de mudar sua rotina, o seu dia a dia, e não conseguem caminhar maiores distâncias. Dessa forma, pequenas atitudes, como ir à padaria, podem se tornar muito desgastantes pela necessidade de parar frequentemente a cada aparecimento da dor”.

Além da dor ao andar, a doença pode trazer outros sintomas, como frieza e palidez do membro ao elevá-lo. “Em casos mais graves, pode ocorrer perda de pelos no pé e um crescimento lento, ou nenhum, das unhas”, pontua o cirurgião vascular. A doença arterial periférica pode surgir em qualquer idade, porém, com maior prevalência após os 60 anos. Em indivíduos abaixo dos 50 anos, a frequência é inferior a 2%. Aos 70 anos a incidência sobe para 5%, idade que, de acordo com o Dr. Biagioni, ocorre a forma mais grave da doença em 10% dos casos. Fatores como o histórico familiar, tabagismo, diabetes mellitus, colesterol alto, pressão alta, sedentarismo e obesidade influenciam no desenvolvimento da condição.

O tratamento da claudicação intermitente se inicia com o cuidado aos fatores de risco. Recomenda-se controlar a pressão arterial, abandonar o hábito de fumar, monitorar o diabetes, proteger e evitar lesões nos pés - principalmente entre os diabéticos -, e realizar exercícios para desenvolver a circulação colateral. E se houver falha do tratamento clínico, é realizada uma angioplastia, que é a recanalização por cateterismo da artéria obstruída. Em casos específicos, a cirurgia aberta é recomendada com o uso da safena ou algum conduto para desviar o fluxo do sangue para a área necessitada.

A amputação é considerada em casos graves, principalmente quando há a presença de lesões. “Pacientes com claudicação e que estão estáveis têm um risco pequeno de 1% ao ano de amputações. Indivíduos que apresentam dor ao repouso ou feridas, por sua vez, apresentam um risco muito maior, de 15 a 20% ao ano”, esclarece o Dr. Rodrigo Bruno.

Com a visita regular ao médico, é possível acompanhar a evolução da doença, analisar vias de tratamento e evitar complicações.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, salienta a importância do diagnóstico precoce. “A claudicação intermitente, em geral, é a primeira manifestação clínica da Doença Arterial Obstrutiva Periférica, mas, na maioria das vezes, o paciente e nem mesmo o médico dão a ela a devida importância. Apesar de a chance da perda do membro ser muito baixa, sabemos que a sua presença é um marcador de risco de eventos cardiovasculares graves, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral nos anos subsequentes, que são manifestações do acúmulo de placas de gordura chamado de aterosclerose. É muito importante que o diagnóstico da claudicação intermitente seja feito logo no início, para que sejam tomadas medidas preventivas para controlar os fatores de risco, como a interrupção do tabagismo e o controle da pressão arterial, dos níveis glicêmicos e do colesterol, bem como a adoção de alimentação saudável e a prática de exercícios físicos”, orienta Dr. Fabio.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

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