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domingo, 27 de março de 2022

4 MITOS SOBRE O TAROT

 


Entenda mais sobre essa ferramenta de orientação e aconselhamento 

 

Com o passar do tempo surgiram alguns mitos sobre tarot e  as pessoas  ficaram receosas ao realizar consultas com medo do que as cartas poderiam mostrar.  A verdade é que o jogo de tarot não define seu futuro, ele apenas te ajuda a tomar as melhores decisões.

Segundo Yara Vieira, astróloga do Astrocentro, é muito importante ter uma pergunta específica em mente no atendimento. Assim, as cartas escolhidas trarão esclarecimentos sobre uma determinada situação e até mesmo orientações de como seguir. Cada carta carrega um significado diferente e a partir de sua posição na tiragem, é possível compreender sua mensagem aplicada à sua situação atual.

“Lembre-se de que temos o controle sobre nossas ações, o livre arbítrio. Dessa forma, o oráculo pode nos mostrar os possíveis resultados das escolhas feitas no presente, ou como podemos agir hoje para garantir um amanhã da forma que queremos”,  explica  Vieira.

A seguir, veja alguns mitos  sobre o Tarot


Eles predizem o futuro com precisão? 

As previsões sempre podem ser alteradas, a menos que você seja alguém que espera que sua vida seja incrível sem trabalhar para isso. Nesse caso, qualquer um poderia prever seu futuro com nenhum treinamento de leitura de cartas. “Sempre entenda que nosso futuro está em nossas mãos e é o que fazemos dele; eles devem ser alterados com frequência. Nada, como nem mesmo um baralho de cartas, pode determinar como será o seu futuro. Este é mais um dos mitos sobre o jogo de tarot”, explica Yara.


Precisa ser vidente para ler cartas de tarô?
Tudo que você precisa fazer é ouvir sua intuição. Se você for dotado de ‘visão’ e tiver vontade de aprender e compreender vários símbolos diferentes, então ter um baralho de cartas é o que você precisa. 


As cartas invertidas significam ‘algo ruim vai acontecer’?
Bem, nesses casos, não precisa ser necessariamente ruim, mas podem significar muitas outras coisas. As cartas invertidas têm significados diferentes, além de apenas terem repercussões.


Se eu tirar a carta da Morte, vou morrer?
O Tarot também não pode dizer quando você, ou qualquer outra pessoa, morrerá. Existem algumas cartas difíceis que refletem a dor e os desafios da vida, e a Morte pode ser uma delas, mas da maneira que a Morte muitas vezes representa e termina, é sempre seguida por um novo começo. Também não está necessariamente relacionado a algo que vai acontecer, mas pode estar chamando sua atenção para algo que você está segurando ou experimentando no momento.

“O tarot é uma ferramenta de orientação, ele  não tem o poder de mostrar como o seu futuro realmente será”, concluí Yara. 


Astrocentro

www.astrocentro.com.br


Ano Novo Astrológico: 3 coisas para esperar de 2022, o Ano de Mercúrio

No dia 20 de março, domingo, às 12h30, iniciou o ano 2022. Isso porque, diferente do calendário tradicional, na astrologia, o ano novo astrológico começa apenas quando o Sol, após passar pelos 12 signos, entra novamente em Áries, o primeiro do zodíaco. Mas, o que muda agora?


Energias de 2021 x 2022

O ano de 2021, que começou no dia 20 de março do ano passado, foi dominado pela energia de Vênus, o planeta que trabalha temas como o amor, os relacionamentos, a beleza e a autoestima. Com isso, vivenciamos um período em que tivemos a oportunidade de buscar formas de praticar o amor-próprio, cuidar da autoestima e do nosso estilo, além de podermos estabelecer novas conexões e nos reaproximarmos daqueles que amamos por conta do avanço da vacinação e da flexibilização das regras sanitárias.

Agora, em 2022, a regência será de Mercúrio, o planeta da comunicação, do intelecto e do raciocínio. Sendo assim, nossas atenções estarão voltadas para a nossa mente e para as trocas intelectuais. Portanto, este é um momento de cuidarmos de nossa saúde mental, de nos organizarmos mentalmente.

Mercúrio é o planeta regente dos signos de Gêmeos e Virgem, e são esses nativos que poderão ser beneficiados em 2022. Porém, é importante saber que todo mundo tem esses dois signos no Mapa Astral em alguma Casa Astrológica, e ela representa a área da sua vida que poderá ser mais trabalhada ao longo deste ano. Para conferir isso, basta fazer o seu mapa gratuitamente no Astrolink.


3 coisas para esperar de 2022, o Ano de Mercúrio

1. É o ano da comunicação, então será favorável para quem trabalha neste setor, já que informações devem circular a todo momento, movimentando o dia a dia. Porém, é preciso ter cuidado redobrado com fake news, já que a energia de Peixes está em alta devido a conjunção de Júpiter e Netuno neste signo, podendo indicar distrações e enganos.

2. É um ano para focar no bem-estar psicológico, buscar autoconhecimento, entender seus pensamentos e focar naqueles que realmente são importantes para a sua evolução. Sendo assim, terapias, novos hobbies e conversas sinceras são ótimas pedidas.

3. 2022 traz a energia necessária para você focar no estudo e em novas fontes de aprendizado, seja a partir de leituras, cursos ou até mesmo viagens que poderão te trazer ensinamentos. A palavra-chave do ano é conhecimento, então não tenha medo de se aventurar nisso, especialmente se você deseja aprender um novo idioma, já que este é um estudo diretamente voltado para a comunicação, tema mercuriano.

Você pode aproveitar as energias do ano de 2022, regido por Mercúrio, até março de 2023, quando o Sol retornar para o signo de Áries.



Astrolink
www.astrolink.com.br


Atitudes têm mais poder do que palavras

Falar até papagaio fala, já dizia o dito popular. Quem tem boca fala o que quer e pode persuadir, dizer o que achar que deve. Aqueles que buscam desenvolver hábitos de poder em busca de crescimento e desenvolvimento devem ter consciência de que só a fala não basta, é preciso ter atitude. A verdade é que o momento perfeito não existe, devemos fazer agora. 

É necessário esforço e ação, pois as atitudes têm mais poder do que as palavras. Isso é decorrente de uma passagem bíblica, que diz "Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens, nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas" (Eclesiastes 11:4-5).

Ou seja, não devemos esperar o amanhã para colocar um projeto de pé ou para tomar uma decisão na nossa vida. Devemos seguir em frente, pois não existe o momento perfeito, o que existe é apenas o agora.  Nós não temos garantia nenhuma do amanhã, por isso não devemos adiar aquilo que nós sabemos que deve ser feito. Não devemos procrastinar para adiar aquele curso que queríamos fazer, aquela decisão na empresa que deveria ter sido tomada. 

Devemos realizar agora, porque o depois, em geral, é similar ao nunca. Nós só temos domínio sob o momento presente, o passado já se foi e virou história e o momento futuro não pode ser controlado. Devemos tomar as decisões e fazer acontecer imediatamente, sem deixar para amanhã. É como iniciar uma dieta, que sempre é deixado para a segunda-feira e acaba sempre sendo adiada.

Sabemos que existem pessoas que falam muito. Por exemplo, no mercado de trabalho, existem pessoas que falam bastante sobre si no currículo, prometem mundos e fundos, mas quando começam a trabalhar na empresa, não se desenvolvem.  Ou seja, falam da boca para fora. Então, falar não faz sentido se não há entrega de resultados.

O indivíduo mal-intencionado pode até conseguir enganar um pouco de gente durante um tempo sobre algumas coisas.  Mas não consegue enganar todo mundo o tempo todo, e sobre tudo.  Ou seja, uma hora a fala não vai convencer, a atitude não poderá mais ser procrastinada e a verdade aparecerá.

 

José Paulo Pereira Silva - administrador de empresas, PhD em Relações Internacionais, CEO do Grupo Ideal Trends e autor de 20 livros, incluindo o lançamento “Segredos do Poder”


Redes Sociais podem gerar problemas de autoestima

Psicóloga explica como as redes sociais podem influenciar negativamente na autoestima das pessoas

 

Nos tempos atuais, estar conectado na internet é algo comum. As redes sociais, como WhatsApp, Instagram, Facebook, TikTok e Twitter, tomam muito tempo da vida de grande parte da população. Para algumas pessoas, o hábito de compartilhar o seu dia a dia nessas plataformas pode ser uma necessidade exagerada de conseguir curtidas e comentários nas publicações. O perigo é quando os usuários dessas redes passam a comparar, por exemplo, sua vida, seu emprego, corpo e suas roupas com as de outras pessoas. Isso mostra que, mesmo parecendo algo inofensivo e divertido, o uso dessas plataformas pode trazer diversos problemas para a saúde mental. 

As redes sociais acabam transmitindo uma ideia equivocada da realidade, gerando ansiedade, autoestima baixa ou outros transtornos mentais. Fotos com edições e filtros e postagens que dão a entender o quanto a vida é boa e sem problemas acabam gerando um sentimento de frustração em quem consome o conteúdo. Segundo a psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, “as pessoas criam personagens e ilusões, causando vários danos à saúde mental”.  

Outro fator contribuinte para os distúrbios na saúde mental é a interação entre os perfis, mais precisamente as curtidas. “Muita gente apresenta o quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada por conta dos ‘likes’, mas é necessário compreender que curtida não é afeto, comentário não é amor e ninguém precisa creditar a própria vida esperando a validação do outro”, comenta Márcia. Segundo ela, as pessoas, ao fazerem uma postagem, buscam pela aprovação das outras, temendo a rejeição social. Elas acabam depositando nas redes sociais a falsa ideia de que é amado ou rejeitado.  

Para Márcia, “as pessoas se preocupam com o que os outros pensam e isso causa sofrimento em quem não sabe lidar com a impopularidade. O importante para manter a autoestima nessa e em todas as situações é estar bem consigo mesmo, independente das imperfeições. Ninguém vive a vida perfeita de feed de Instagram, por exemplo. No geral, todos só divulgam a parte boa.” 

Um passo importante para recuperar a saúde mental dos danos causados pelas comparações nas redes sociais é buscar conversar com um psicólogo. A terapia tem um papel importante na melhora da autoestima. Além disso, o profissional da área vai auxiliar no controle da ansiedade e na reconstrução da autoestima.

 

Entenda a influência dos hábitos familiares à obesidade infantil

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 22% da população brasileira adulta sofre com a obesidade. Entre crianças de até 5 anos de idade, a proporção é de uma a cada dez

 

Considerado prioridade pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o combate à obesidade se tornou ainda mais relevante em meio à pandemia, cujos fatores associados ao isolamento social e seus impactos na saúde física e mental da população levaram ao aumento de casos entre crianças e adultos. Conforme dados da organização, divulgados em 2021, 22% da população adulta brasileira estava obesa, enquanto análise feita pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil indica que, atualmente, uma em cada dez crianças de até cinco anos de idade está acima do peso no Brasil. A endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP Cristiane Lauretti alerta para o risco deste número aumentar ainda mais. “A estimativa da OMS é que, em 2025, até 700 milhões de pessoas atinjam a massa corporal (IMC) acima de 30, indicando obesidade”, destaca. De acordo com a médica, entre os fatores que contribuem para o sobrepeso e obesidade estão os hábitos cultivados no dia a dia, muitas vezes propagados em família. “Os hábitos perpetuados em casa influenciam diretamente na saúde da família como um todo, sobretudo na saúde dos filhos”, reitera.

O que diz a ciência? Este tema foi abordado por uma pesquisa realizada pela Península Medical School, na Inglaterra, que sugere que o vínculo comportamental pode ser ainda mais relevante para a obesidade infantil do que fatores genéticos. Segundo o estudo, publicado na revista científica International Journal Obesity, mães obesas apresentaram dez vezes mais probabilidades de terem filhas obesas, e, entre pais e filhos, essa proporção foi de seis vezes mais. Com esses dados, os especialistas entendem que afinidades entre os gêneros em uma mesma família contribuem para a reprodução do estilo de vida. “É comum vermos no consultório histórias que nos levam a uma análise semelhante a esta pesquisa”, afirma a nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Tatiana Bononi. “Muitas vezes, a criança começa a ganhar peso devido a hábitos alimentares ruins que são comuns em casa, como o consumo excessivo de açúcar e embutidos, refrigerantes e bolachas recheadas, por exemplo.” Esses hábitos, somados à falta de estímulo para a prática de atividades físicas e brincadeiras ao ar livre, são os principais causadores da obesidade, o que é observado tanto nos pais como nos filhos. “A sobrecarga com a rotina de trabalho e ritmo acelerado do dia a dia foi modificando os hábitos das famílias ao longo dos anos e isso só piorou com o agravante do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 e seus consequentes impactos econômicos”, salienta Tatiana. Conforme ressaltam as especialistas do Hospital São Camilo SP, geralmente, os familiares são os responsáveis pelos primeiros contatos das crianças com os alimentos, e a introdução de hábitos saudáveis nesta etapa pode evitar problemas graves à saúde dos pequenos ao longo da vida. “Com a manutenção deste quadro, essas crianças terão um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares e complicações metabólicas no início da vida adulta”, alerta Dra. Cristiane. A nutricionista, por sua vez, acredita que a conscientização da população é o melhor caminho, estimulando ações de combate à obesidade por meio de informação e educação, sobretudo considerando a avaliação dos hábitos dentro da realidade de cada família. “São os adultos que levam para casa os alimentos que a criança consumirá no dia a dia. Portanto, devemos atuar junto a esses pais e cuidadores para que novos e melhores hábitos sejam perpetuados no meio familiar, evitando apresentar aos filhos produtos ultra processados ou açucarados”, orienta.

Riscos e tratamentos Considerada pela OMS uma doença crônica, a obesidade está entre os principais fatores de risco para diversas doenças cardiovasculares, tipos de cânceres e diabetes, além de estar associada à redução da expectativa de vida. Dr. Ivan Sandoval, cirurgião geral e responsável pelo Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital São Camilo de São Paulo, explica que a obesidade é uma doença do metabolismo que acarreta muita facilidade em ganhar peso. “Bons hábitos e estilo de vida saudável, em alguns casos, não são suficientes para resolver a questão. Porém, são parte fundamental em qualquer tratamento.” Ele ressalta que a doença é multifatorial e, por isso, seu tratamento deve ser conduzido por uma equipe formada por vários especialistas. “Embora o mercado esteja cheio de promessas de soluções rápidas, essas medidas são ilusórias e não trazem resultados positivos”, alerta. Segundo o especialista, o paciente que está com excesso de peso necessita de acompanhamento multidisciplinar e tratamento contínuo, assim como qualquer outra doença crônica. “Não devemos culpar ou discriminar o paciente, mas sim incentivá-lo a participar de todo este processo, incluindo as mudanças na rotina do dia a dia. Caso isso não seja feito, haverá grande chance de ganho ou reganho de peso.” Por isso, além de levar em conta a história do paciente à identificação das causas do problema, um programa eficaz de tratamento da obesidade envolve abordagem nutricional e psicológica durante todo o processo, podendo estar associado a outras medidas, como uso de medicamentos, intervenções como a gastroplastia endoscópica ou cirurgia bariátrica.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Desenvolvimento infantil para além das habilidades cognitivas

Na obra "O menino que entrou dentro de si mesmo", escritor e psicólogo Arnaldo Vicente compartilha 21 atividades para estimular inteligência emocional das crianças

 

Não é novidade que um dos primeiros passos para desenvolver comportamentos mais saudáveis entre os pequenos é a capacidade de reconhecer e lidar com as emoções. O que muitos pais, educadores e cuidadores desconhecem são as ferramentas para oportunizar este desenvolvimento infantil, processo que vai muito além de andar, falar e ler. 
 
Para solucionar esta demanda, o psicólogo especialista em Terapia Cognitiva Comportamental Arnaldo Vicente escreveu O menino que entrou dentro de si mesmo. Lançado pelo Editora Caminho Suave, do Grupo Editorial Edipro, o livro integra a Coleção Crescidinhos e convida o pequeno leitor a embarcar junto com o protagonista em uma viagem dentro de si para enfrentar diversos sentimentos. O grande aprendizado é lidar de forma leve com as frustrações do dia a dia. 

Após o grande sucesso da primeira publicação do livro, a nova edição da obra passa a incluir um guia com técnicas para que adultos possam identificar quando a criança não está bem, ajudá-los a praticar a atenção plena (mindfulness) e como trabalhar o pensamento positivo. Outra novidade é uma lista com 21 atividades simples de terapia cognitiva que auxiliam na compreensão dos sentimentos.   

Segundo Arnaldo Vicente, toda criança passa por dificuldades e, quando não consegue o que deseja, se frustra, faz birras e pode ficar agressiva ou triste. Neste momento, é imprescindível trabalhar a respiração e a concentração para deixá-las mais calmas e à vontade.  "Ao trabalhar o mindfulness nessas horas de vulnerabilidade, a criança tem a chance de se desenvolver, de se capacitar para realizar suas escolhas e construir uma personalidade saudável", complementa o psicólogo. 

Ficha técnica  
Editora: Caminho Suave 
Autor: Arnaldo Vicente  
Assunto: Literatura Infantil  
Ilustrações: Kelly Adão  
ISBN: 9786586742152  
Edição: 2ª edição, 2022  
Número de páginas: 40  
Preço: R$ 45,90  
Link de venda: https://amzn.to/3pZFxyh 
 
Sinopse: O menino que entrou dentro de si mesmo conta a história de um garotinho que, cansado de ser triste, decide entrar no próprio coração para desvendar seus problemas. Cauteloso, ele confronta os medos e todos os sentimentos ruins e, assim, torna-se uma pessoa mais alegre e otimista. 

 

Arnaldo Vicente - psicólogo e criador de um moderno método para gerenciar as emoções inteligentes chamado Autoterapia Positiva Intencional. Também é especializado em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), com formação em Mindfulness, Psicologia Positiva e Psicoterapia Analítica. Professor e supervisor de Cursos de Formação e Especialização em TCC, Arnaldo atende e dá aulas no Centro de Terapia Cognitiva Comportamental (www.ctccbauru.com.br). 

@arnaldovicenteatpi


A era dos erros indesculpáveis

É comum dizer que não é possível corrigir um erro, assim como não é possível devolver para o revólver a bala disparada. Um erro é algo que se concretiza na realidade de outra pessoa, afetando-nos a partir das consequências que ela sofre. É uma espécie de efeito bumerangue. Ou como diz o ditado sobre a raiva: "Um copo de veneno que você toma esperando que mate outra pessoa." Somos atingidos não pelos atos que praticamos, mas pelos danos que eles provocam. Por isso, só é possível reparar algumas das consequências dos erros. E assumir a promessa de não repetir. E não repetir é uma decisão complexa, difícil, pois, no mais das vezes, agimos de um certo modo porque nos dá uma satisfação muito particular fazê-lo assim. E queremos (mesmo sem o querer conscientemente) retornar a essa sensação prazerosa. Por isso erramos - e depois erramos de novo -, e ainda mais uma vez, e quando buscamos nos justificar, dizemos: “Eu não sei por que faço isso.” Sabemos. Porque é bom. Mas tem consequências.

Ao longo da vida, conseguimos identificar vários erros que cometemos. Outros tantos escapam - parcial ou completamente - porque perdemos o rastro das nossas “vítimas”. Das que são próximas ainda somos capazes de distinguir as cicatrizes que produzimos. Quando nos cobrimos de vergonha e remorso, sabemos que chegamos a algum lugar, pois estamos conseguindo superar o desejo de repeti-los. Nosso mal-estar é nossa vitória, fruto de um olhar sério e compenetrado em nós mesmos, em nossos afazeres no mundo, em nossos parâmetros de estabilidade diante do outro. Perguntamo-nos: “Preciso estar com esta 'estaca' apontada para o coração alheio? Qual a necessidade deste sangue em minhas mãos?" Na selva frenética de nossas ações disparatadas, quando esses pensamentos se impõem, sabemos que estamos conquistando algo muito importante.

"Errar é humano", diz o brocardo. Gosto do meme que coloca um “h" na frente do errar e faz a afirmação ficar ainda mais destacada. Não há imunidade contra o erro, porque ele é uma das interfaces do desejo - e o desejo é indestrutível. Erramos. É assim. Não há como evitar de todo. Resta-nos, então, escolher como conviver com os efeitos de nossas ações, que é a convivência com os outros danificados por elas. Torcemos pela capacidade de esquecimento dos afetados pelos nossos erros - que é um descaso com a própria memória da dor, ou, pior, um afastamento involuntário dos seus efeitos insuportáveis - ou torcemos pela capacidade mais sofisticada do perdão, que é um não-esquecer, mas um aceitar-aquele-que-fere-apesar-de. 

Nestes nossos tempos, a satisfação de apontar o dedo para os erros (presentes e passados) e desclassificar a pessoa do convívio comum tem funcionado como uma droga leve que faz sucesso em quase todos os ambientes. Temos vivido em um estado de prontidão contra palavras e gestos, e tomados de uma fúria interpretativa e identificadora do “possível erro”, condição suficiente para o exercício gozoso do apertar o botão do “cancelamento”. Por causa disso, todos os dias aparecem nos muros das cidades os corpos pendurados em gaiolas suspensas dos vetados do convívio por qualquer coisa dita como "inaceitável", mesmo para aqueles que sequer estavam diante do alvo do gesto. Não importa. Não há mais um cuidado em olhar para quem erra, mas tão somente para as curtidas da repercussão da minha recusa.

Vemo-nos diante desse espaço de reverberação que ignora pessoas, reflexões, arrependimentos e mudanças sinceras de posturas. Só importa o que um dia foi feito e que pode ser jogado como alimento no poço das fúrias sempre dispostas à vingança. A nós, que cometemos erros, cabe suportar. Ou resistir por meio da palavra fundadora de novos gestos.

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Você já ouviu o termo: consciência do descanso?!

O termo vem ganhando força no mercado de trabalho e para o desenvolvimento na carreira. A mente para ser produtiva precisa do descanso dos neurônios e outras partes do cérebro.

Fazer pausas durante o dia é necessário para recarregar as energias e retornar com disposição e mente renovada durante um trabalho ou uma aula. (Imagem: Unsplash)

Uma pessoa exerce várias atividades por dia e por isso o descanso é um dos fatores essenciais para atingir mais rendimento. Todo ser humano por si, pela sua saúde e por querer obter mais resultados na escola e/ou no trabalho, precisa ter um desempenho eficiente, e para isso, os hábitos saudáveis são essenciais, incluindo a pausa para relaxar e o sono equilibrado. Cerca de 70% da população brasileira apresenta dificuldades para dormir após a pandemia, segundo um levantamento do Instituto do Sono, realizado com 1.600 pessoas de 24 estados do país por meio de um questionário virtual. 

É importante ter a consciência do descanso,o termo já é usado com frequência por médicos neurologistas, psicólogos, e consultores de carreira. Entender e respeitar o limite do corpo e da mente durante um dia é produtivo e traz qualidade de vida. O descanso serve para preparar um indivíduo a render mais nas aulas e no trabalho, favorecendo também a saúde mental. Há tempos cientistas apontam a necessidade do ser-humano a manter um equilíbrio entre a vida de estudos/trabalho versus lazer e descanso. Durante o cenário pandêmico, as pessoas não conseguiram estabelecer essa meta, pois tiveram que inserir também o trabalho e/ou aulas dentro de suas casas. 

Um dia possui 24 horas, e quem tem essa consciência sabe fazer com que o seu dia se torne mais prazeroso e feliz. Tudo que é em excesso faz mal, tanto o descanso, quanto às horas de atividades durante um dia. Portanto, o termo consciência do descanso traz a ideia de cada ser-humano saber como utilizar o seu tempo e colocar um tempo para relaxar durante as atividades: é organizar o dia para cada coisa. O termo “descanso merecido” apresentou 78% de buscas, no dia 04 de março de 2022, segundo a pesquisa do Google. 

Pesquisa do Ministério da Saúde com mais de 17 mil pessoas apontou que 86% dos entrevistados registraram sintomas de ansiedade, 45,5% de estresse pós-traumático e 16% de depressão. Não por acaso, a própria residência foi apontada como o principal local de trabalho pela maioria dos participantes, durante o isolamento. 

Esses sintomas surgem com a ausência do descanso, do relaxamento e de separar a vida profissional dos momentos de lazer, o que muitas pessoas não conseguem mais desatrelar. De acordo com o estudo “The Art of Rest” (Arte do Descanso), as respostas sobre a enquete “Como saber o que realmente relaxa a sua mente?” variou para cada pessoa, conforme as respostas de mais de 18 mil pessoas de 135 países. A pesquisa indicou que não se trata apenas de dormir, mas também fazer coisas que aliviam a cabeça e que recarregam as energias do corpo, como seguem os dados: 58% hábito de leitura; 53% ter contato com a natureza; 52% ficar sozinho; 40% ouvir música; 40% não fazer nada, apenas relaxar. 

A consciência do descanso traz uma pergunta: Você realmente sabe descansar? Para Jefferson Vendrametto, Diretor de Relações Corporativas e Institucionais do Cebrac, ter consciência de descansar está atrelado a ter hábitos saudáveis. “ Um aluno que organiza o seu tempo e sabe dividi-lo entre ‘hora de estudos’ e ‘hora de lazer’, consequentemente, terá um bom rendimento durante as aulas, mais disposição para aprender e mais felicidade na vida. Ter a consciência do descanso é ter responsabilidade com a saúde mental e física, respeitando os seus limites'', explica Vendrametto. 

Pensando nisso, o especialista Jefferson Vendrametto, do Cebrac, cita 6 dicas para seguir um ritmo de vida adequado levando em consideração a consciência do descanso que é vital para a saúde física e mental. Confira: 

1- Regule o seu sono;

2 - Pratique exercícios físicos;

3- Estabeleça uns 15 minutos no seu trabalho/ ou no curso para relaxar;

4 - Invista no seu lazer;

5 - Desfrute a sua casa - separando um ambiente de estudos do seus hobbies e do ambiente de descanso.

6 - Tenha um cronograma de estudos e/ou do trabalho a ser executado no dia!
 

A partir do descanso, um aluno/profissional relaxa, recupera a energia, tem mais vitalidade e restabelece a qualidade do raciocínio durante as aulas e/ou trabalho. 

O Cebrac oferece os melhores cursos profissionalizantes e com flexibilidade no modelo de aula para você aproveitar o ensino da melhor forma e no melhor horário. Saiba mais aqui!


Saúde Mental: qual a importância de falar do assunto e como criar estratégias nas empresas para o debate do tema?


Saúde mental nas empresas é um tema muito abordado, mas você sabe o motivo? A importância desse cuidado com os colaboradores vem sendo, cada vez mais, um diferencial das organizações que retêm talentos e promovem um ambiente de qualidade favorável à produtividade e resultados acima da média. Dessa forma, o estigma que permeia o tema em nossa sociedade vem sendo desconstruído, mas ainda existe muito preconceito em relação aos cuidados com a saúde mental. 

Nosso corpo fala o tempo todo, nos avisando de como estamos, de como está nossa mente e o que precisa de atenção. Precisamos apenas aprender a ouvi-lo. Durante a pandemia de covid-19, metade dos jovens sentiu impactos na saúde mental, segundo pesquisa divulgada pelo laboratório Pfizer em setembro de 2021. Segundo o estudo, 39% das pessoas na faixa de idade entre 18 e 24 anos disseram que a saúde mental ficou ruim no período e 11% responderam que ficou muito ruim.  

Esses dados mostram o quanto ter a mente sã é importante porque com ela debilitada não daremos conta dos compromissos diários, da agenda lotada, dos projetos e metas, ou seja, nosso rendimento no trabalho será afetado, por isso, a saúde mental nas empresas é uma estratégia a ser abordada constantemente. 

Muitas questões pessoais influenciam em nosso estado mental, mas questões relacionadas ao trabalho como estresse, lideranças abusivas, preconceito e ambientes de pressão, podem contribuir para gerar diversos tipos de transtornos mentais. Com a ajuda da psicóloga Patrícia Lenine da Zero Barreiras, abaixo estão listados as principais doenças mentais que podem ocorrer no espaço de trabalho:
 

1 - Ansiedade
A diferença entre a ansiedade normal -- que nos lembra de passar na padaria comprar o pão que acabou ou que nos apressa para chegar na hora da reunião -- e a patológica, é justamente o transtorno que ela causa em nossas vidas. O transtorno de ansiedade é uma falta de momento presente, pois o pensamento fica mais no futuro e suas possibilidades.

2 - Síndrome do Pânico
A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno de ansiedade aguda no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo ou sinais de perigo. Pode ser desencadeada por situações de estresse extremo, morte ou adoecimento de uma pessoa próxima, mudanças radicais ocorridas na vida ou experiências traumáticas.

3 - Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico e a principal causa da doença é o excesso de trabalho, ritmo intenso e falta de intervalos e momentos de descanso. Mais comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com grandes responsabilidades constantes, aparece em profissões desgastantes que demandam muita competitividade.

4 - Depressão
É uma doença psiquiátrica que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto e desesperança. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore. No trabalho ela pode aparecer como um “descaso” pelas entregas e compromissos e aquele funcionário excelente, parece não existir mais.
 

Dados coletados pela Organização Internacional do Trabalho e pela Organização Mundial da Saúde em outubro de 2021 mostram que 8% da carga global de doenças mentais são atribuídas a riscos ocupacionais. É importante o apoio e a inserção de políticas de saúde mental nas empresas e ações em direção ao bem-estar mental dos colaboradores.
 

Mas o que a minha empresa pode fazer para diminuir estes impactos?

Proporcionar um ambiente de trabalho de qualidade, esta é a resposta. Isto vai além dos elementos necessários para as atividades e segurança física dos funcionários. Algumas ações que podem ser feitas para mudar este cenário são:

  • Treinamentos com lideranças;
  • Benefícios como práticas de yoga, meditação e outras atividades de descompressão;
  • Políticas de apoio legal e emocional;
  • Realizar eventos e disponibilizar um guia de saúde mental com dicas e informações;
  • Estabelecer metas que estejam alinhadas à realidade e possibilidades das pessoas.

Lideranças humanas, compreensivas, times com bons relacionamentos, ambiente livre para ser você mesmo, com o respeito como principal valor entre as pessoas, são essenciais tanto para a saúde mental nas empresas quanto para a produtividade. Uma pessoa que pode ser ela mesma, sem receio de ser julgada, por exemplo, não perde tempo ou energia tentando esconder suas características e pode focar em ser produtiva e entregar o que se espera.

 

Danieli Closs - formada em Comunicação Social, com conhecimento avançado em marketing digital e comunicação com empregados. Busca inspirar os profissionais a transformarem a comunicação colocando as pessoas em primeiro lugar.


Os aspectos jurídicos por trás do "gaslighting", termo utilizado para o ato de silenciar mulheres configurando abuso psicológico

Advogadas contam como a violência psicológica contra a mulher pode gerar inúmeros e irreparáveis danos às vítimas

 

O assunto “gaslighting” ganhou espaço recentemente após alguns casos em meios populares serem levantados pela mídia. Nas redes sociais, discussões geram dúvidas em torno do tema e suas situações. O termo surgiu na década de 1930 e serve para descrever um abuso psicológico praticado de forma velada, onde o abusador desacredita a vítima, que chega a duvidar de si própria.

De acordo com as sócias do escritório Lemos & Ghelman, Bianca Lemos e Débora Ghelman, “o gaslighting é compreendido como uma forma velada de manipulação psicológica por um abusador, que tem o objetivo de fazer crer sua inocência, desqualificando os argumentos da vítima que acaba, muitas vezes, taxada de louca”, explicam.

Trata-se de uma violência psicológica e sutil que, quando realizada entre um casal, está no rol de formas de violência doméstica previstas pela Lei Maria da Penha. A violência doméstica e familiar contra mulher é entendida pelo art. 5° da Lei Maria da Penha como ‘qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial'. Nesse sentido, ela independe de parentesco e, na maioria das vezes, ocorre de modo combinado com outras violências abarcadas pela violência doméstica - como a física, patrimonial e emocional, encaixando-se nesse conceito o gaslighting.

A advogada Bianca Lemos explica que “o gaslighting é muito difícil de identificar, especialmente pela sua atuação ser tão sutil. Mas, normalmente, há uma culpabilização da vítima, colocando-se sempre a mulher como louca. Outra característica típica é a mentira convicta, fazendo a vítima do gaslighting até se questionar se o que pensava era isso mesmo ou se, de fato, não está ‘ficando louca’ ou ‘inventando coisas na sua cabeça’. Esse tratamento cria na vítima muitas vezes uma situação de dependência com o agressor, justamente por afetar diretamente a autoestima da vítima”.

A violência psicológica é sempre muito difícil de se provar documentalmente. Mensagens de texto e voz nas redes sociais e em aplicativos de mensagens podem ser uma boa fonte de comprovação de tortura psicológica. Infelizmente, essa tortura ocorre oralmente e no âmbito privado do casal. Débora Ghelman enfatiza que “em casos de denúncias, se possível, o arrolamento de testemunhas que tenham presenciado a violência psicológica contra a mulher também ajuda a comprovar o abuso. Uma perícia psicológica, dependendo do caso, também pode ser requerida. Vale destacar que, em casos de violência doméstica, a palavra da vítima tem muito peso e o princípio do in dubio pro réu é relativizado exatamente pelo fato dos casos desse tipo de violência se darem no âmbito privado”.

gaslighting como uma violência psicológica contra a mulher pode gerar inúmeros e irreparáveis danos às vítimas. Por exemplo, a mulher pode acabar desenvolvendo sintomas característicos da depressão, da ansiedade, além de fobias sociais, insônia, distúrbios alimentares etc. Isso tudo sem contar as consequências que esses danos por si acabam por desencadear.

As sócias da Lemos & Ghelman finalizam explicando que “gaslighting, por ser uma prática típica de violência psicológica contra a mulher, pode ser denunciado em diversos canais disponibilizados especificamente para esse tipo de denúncia como as delegacias especializadas de atendimento à mulher, o Disque Denúncia (Ligue 197), a central de atendimento à mulher (Disque 180), na defensoria pública, dentre diversos outros órgãos”.

 

Influenciadores desde o berço: quais os impactos dessa nova realidade?

Especialistas falam sobre crianças que, ainda muito novas, conseguiram fazer da internet uma fonte de renda, e pontuam as consequências positivas e negativas da atuação profissional na infância

 

Com a presença tão marcante das redes sociais no cotidiano, trabalhar com a internet se tornou algo muito lucrativo, uma vez que sua monetização fez com que muitas pessoas passassem a garantir renda através da geração de conteúdo e entretenimento. Mas o que falar dos jovens prodígios? Por volta de 20 anos atrás, com a popularização da web no Brasil, os incentivos passaram a ser mais intensos e velozes.  

Há algum tempo, tudo não passaria de um hobby, no entanto, conforme os talentos foram surgindo, novas oportunidades de fazer com que a diversão virasse profissão foram se revelando, como no caso do youtuber Felipe Molero. Conhecido em suas redes por trazer uma abordagem descomplicada para o público jovem sobre finanças, com apenas 13 anos já é produtor de conteúdo, palestrante, investidor, empresário e influenciador digital.  

Mas não para por aí, pensar no Kid Investor, nome de seu canal, como uma exceção raríssima pode ser um engano ao não levar em consideração as diversas crianças com aptidão que abordam temáticas importantes e desenvolvem entretenimento no espaço virtual. O senso de responsabilidade que está sendo formado e as diferentes maneiras de se obter conhecimento e transmiti-lo têm sido cada vez mais bem recebidas entre a juventude, pais e educadores.

 

Impactos diversos 

“O impacto que a tecnologia trouxe para essa geração causou novos estímulos, tendo efeitos tanto emocionais, quanto sociais. Hoje em dia, se pararmos para pensar nos inúmeros benefícios da tecnologia, podemos observar o despertar de novos aprendizados, desenvolvimento da independência intelectual, capacidade de networking e interação com público maior fazendo com que os jovens aprimorem sua capacidade de socialização e comunicação”, expõe o psicólogo Fernando Machado.  

A partir do estímulo correto e supervisão adequada, esse contato com o digital é certamente convertido em habilidades remuneradas e proveitosas para o desenvolvimento pessoal, indo além do financeiro, influenciando os pequenos a terem mais desenvoltura em várias áreas da vida. Com isso, vale ressaltar como pode ser relevante a visão de um adulto, familiar ou profissional para que esse desenvolvimento possa ser traçado e trilhado com excelência.  

O psicólogo do Hospital Anchieta de Brasília, ainda traz um olhar sensível também sobre as crianças que são introvertidas e os impactos negativos para saúde mental causados pela imposição dessa exposição ao mundo virtual. “Não muito raro, jovens na fase da pré- adolescência costumam ser mais introvertidos e os pais que vêem essa contenção social como algo que precisa de cura, por diversas vezes, acabam causando significativas marcas na saúde mental de seus filhos. Complexos de inferioridade, problemas de autoestima, desincentivo, são alguns dos problemas gerados a partir dessa exigência de que os mesmos sejam ativos nas redes sociais.”


PRECONCEITOS

Podemos estar livres de preconceitos? Não creio, ainda que tenhamos horror a nos identificar como preconceituosos. Afinal, como nos admitir com tais modos? Mas, antes de formular recusa ao argumento, pensemos com a ajuda do dicionário. Conforme o Houaiss, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico; sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio”.

O Aurélio reitera: “Preconceito: Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia preconcebida. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste. Superstição, crendice”. Quer dizer: avalio um acontecimento com posições valorativas prévias, tendo meus valores como métrica. No correr da História pessoas mataram e morreram por crenças, religiosas, sobretudo, sem controvertê-las.


Como está visto, então, se formamos sentimento ou opinião sobre algo sem o devido exame crítico, sentiremos ou opinaremos com preconceito. Exato? E se uniformizamos nossos sentimentos e opiniões, se os recebemos acriticamente do meio social em que vivemos, estaremos, igualmente, sendo preconceituosos, não é verdade? E mais: se, sem análise percuciente de posição, sentirmos e opinarmos com hostilidade, já estaremos machucando pessoas, de acordo?


O mais danoso do preconceito, contudo, não está no intolerante que ostenta com violência suas concepções ou insulta quem pensa diversamente. Quando a atitude preconceituosa é assumida pelo agente, posso identificá-la, desprezá-la ou respondê-la. O que tenho por difícil de combater é o jeito não hostil de formar, divulgar, perpetuar preconceitos. Os aparelhos ideológicos de formatação e reprodução de preconceitos são a forma sutil, sorrateira e não percebida desse mal.


Louis Althusser é o formulador da concepção de aparelhos ideológicos como meio de produzir e reproduzir modos de pensar, ou seja, de perpetuar concepções previamente estabelecidas sobre o mundo. Althusser explica que o Estado detém meios repressivos para manter determinado status quo, mas que igualmente instituições da sociedade civil cumprem esse papel na manutenção de um determinado estado de coisas, incluindo os valores que fundamentam as nossas opiniões.


Essas instituições de “fazer cabeças” são o aparelho religioso, o escolar, o familiar, o jurídico, o político, o cultural, o de informação. No correr da vida, somos expostos a esses sistemas, que nos selecionam, premiando-nos por comportamento adequado, excluindo-nos se não seguimos a maioria. E nós nem suspeitamos disso, empenhando-nos voluntariamente a reproduzir um sistema de produção de preconceitos que nos acabam parecendo, e até sendo, tão indispensáveis.


Estamos, pois, todos nós, submetidos a uma máquina ideológica de uniformizar. Essa máquina dominadora opera formando uma unidade hegemônica que nos alcança generalizadamente; é difícil pensar criticamente sobre ela ou sobre seus efeitos, exatamente porque seus efeitos somos nós e o que nós pensamos. Seja, nós pensamos sobre o sistema social em que estamos inseridos a partir da formatação recebida do sistema social em que estamos inseridos.


Que fazer? Não há receita de salvação contra o sistema. Eu, pelo menos, não sei formulá-la. Todavia há coisas já sabidas que nos podem ser úteis. Dois pensadores iluministas colaboram. Diderot: “A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito”; Rousseau: “Prefiro mais ser um homem de paradoxos do que um homem de preconceitos”. O ignorante e o paradoxal estariam, pois, melhormente posicionados contra “verdades” que o “médio” esclarecido?


Essa é a questão: o pensamento “senso comum” lavrado nas instituições ideológicas listadas por Althusser; em regra, são uma ampla coletânea de explicações simplificadoras. Para Diderot o ignorante não sabe, já o “senso comum” sabe preconceitos, e preconceitos não são facilmente removíveis. Diderot não propõe que nos deseduquemos, está claro, mas que discutamos as origens de nossas crenças, que suspeitemos de nossos valores (Genealogia da Moral, Nietzsche).
 

Rousseau não nos almeja desbussolados, apenas sem tantas certezas: que não fixemos compromisso com o que pensamos; que desconfiemos, que troquemos nosso pensar, se não conseguirmos fundamentá-lo racionalmente. Preconceito é, mesmo, uma soberba e uma falta de posição (auto)crítica. Não sejamos, pois, hostis para com as variadas concepções de mundo. Ideias têm sido efêmeras invenções da humanidade, que sempre as vem mudando pelos tempos, logo... Né?

 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


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