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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

'Check-up anual' é importante, mas saúde preventiva é conquistada ao longo do ano

Cuidado é importante para prevenção de doenças e acessibilidade ao sistema de saúde, mas especialista recomenda acompanhamento constante para mais assertividade e eficácia
 

É muito comum ouvir que, pelo menos uma vez ao ano, é necessário fazer um “check-up completo” para avaliar se há algum problema de saúde e se certificar de que tudo está bem. A prática é realmente válida e recomendada, mas já parou para pensar se você está utilizando o conceito do “check-up de saúde” de forma correta? Você sabe o que é o check-up e em quais momentos ele é recomendado? 

Para o Médico de Família da Amparo Saúde, Dr. Lucas Tiso Gurgel, o conceito é realmente importante e fundamental inclusive para a garantia de acesso à saúde a todos, pois está amparado pelos valores de Atenção Primária à Saúde (APS), ou seja, “prevenir é melhor do que remediar”. Apesar disso, muitas pessoas fazem isso errado, pois tratam o check up como uma série de exames que são utilizados como atestado de saúde e álibi para manter um estilo de vida. Caso uma doença já esteja instalada, o exame poderá apontar a alteração, mas perceba que toda a janela de oportunidade de correção de mudança de estilo de vida foi perdida. Há ainda os casos em que o check up não requer exames laboratoriais ou de imagem, mas sim uma investigação do bem estar mental, rotina de alimentação e prática de atividade física. 

“O problema não é o check-up em si, mas a forma como as pessoas lidam com ele. O que precisamos ter em mente é que ele é uma estratégia para que as pessoas não se esqueçam de fazer ao menos uma consulta no ano, e com isso ter a oportunidade de manter a saúde e o estímulo de bons hábitos de vida. Na APS falamos muito em prevenção e essa é uma oportunidade para fazer essa abordagem, que vai levar em consideração aspectos individuais de cada paciente, ou seja, a consulta de check up é uma das mais complexas que o médico de família executa. É necessário conjugar o saber de diversas áreas do conhecimento médico e principalmente da pessoa que está atendendo. Existem casos, que para um check up ser executado com qualidade, o médico de família precisa conhecer inclusive o histórico social de toda a família. Não são apenas exames, mas sim uma consulta que é preciso empatia, individualização e muito conhecimento técnico. Para que isso não fique restrito à consulta, o médico de família conta com uma equipe para fazer o cuidado coordenado do paciente ao longo do ano. Isso sim fará a diferença, e se necessário o paciente poderá contar com o médico e a equipe nos casos em que precise fazer exames mais extensos e profundos. Solicitar exames sem critérios e dizer que é check up causa mais malefícios ao paciente, o contrário do que queremos proporcionar em experiência na APS”, afirma o profissional. 

E como fazer o check-up anual da forma correta? Confira as dicas do especialista da Amparo Saúde:
 

1. Escolha um médico de confiança, e de preferência da especialidade de medicina da família: Se o seu objetivo é fazer a prevenção de doenças, o médico de família é o médico que especializou seu conhecimento nessa área de saber. Nesse caso ele é o mais indicado para tratar e te acompanhar ao longo de todo o ano. Além de saber todo o seu histórico pessoal e familiar, é ele quem direciona as necessidades do check-up para especialidades que podem ser importantes para você.
 

2. Faça os exames que são realmente indicados: Muitos pacientes fazem o check-up anual sem ao menos saber o que estão fazendo. Apenas pedem para que o seu médico lhe passe todos os exames possíveis e que não falte nenhum, ou ainda solicitam um exame que um conhecido fez e deu alterado. Lembre-se que fazer uma grande quantidade de exames de uma única vez não significa que você estará protegido de fato dos problemas de saúde. Outro ponto, o check up deve ser individualizado, de acordo com seu histórico de vida e risco de adoecimento. Por isso é importante que você tenha o acompanhamento com o seu médico de confiança para justamente fazer o que você precisa. As necessidades dos pacientes não são iguais e os exames pedidos também não devem ser. Isso é sobre humanização e personalização de acordo com o paciente.
 

3. Tenha atenção com a sua saúde o ano todo e acompanhamento periódico: Se você fizer um check-up completo e somente depois de 12 meses voltar ao médico, muita coisa pode ter mudado e em pouco tempo. Ter os resultados todos perfeitos é um ótimo sinal, mas não significa relaxamento ao longo de todo o ano. Caso seu exame esteja normal, mas você é sedentário e come batata frita diariamente, não preciso nem dizer que seu risco de adoecimento é muito elevado, certo? Se o papel do check-up é realmente atuar na prevenção de doenças e garantir melhor qualidade de vida, faça um acompanhamento periódico com o seu médico de família. O seu médico deve te conhecer para assim poder indicar os melhores caminhos para você ter uma saúde melhor.


 
Amparo Saúde


5 riscos da automedicação durante a pandemia


Pesquisa revela que uma em cada quatro pessoas "tratou precocemente" ou "preveniu" a Covid-19. Consequências podem levar à morte
 

25% das pessoas se automedicam com o chamado "tratamento precoce" para "prevenção" da Covid-19.

 

A automedicação traz riscos para o organismo e pode levar à identificação tardia de diversas doenças. Mas durante a pandemia a situação é ainda mais preocupante. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revela que mesmo no segundo ano da pandemia, em 2021, uma em cada quatro pessoas "tratou precocemente" ou "preveniu" a Covid-19 com o uso de medicamentos sem orientação médica ou comprovadamente ineficazes no combate e prevenção da doença. 

A farmacêutica do marketplace Consulta Remédios, Francielle Mathias, explica que o simples ato de tomar remédios sem a recomendação médica pode ser prejudicial à saúde. "Os riscos da automedicação vão além do agravamento da doença. Os sintomas podem ser mascarados e, ao procurar atendimento, o caso pode ser irreversível, levando até mesmo à morte." 

A especialista comenta que é comum as pessoas terem uma pequena farmácia em casa para amenizar sintomas como dores de cabeça ou musculares, resfriados ou crises alérgicas. "O alívio dos sintomas, especialmente no caso da Covid-19 e que muitas vezes podemos confundir com um resfriado, pode retardar o tratamento adequado. Ou seja, podemos ter uma situação crítica que teria sido evitada sem a automedicação." 

De acordo com uma pesquisa realizada em 2020 pelo Consulta Remédios, 73% das pessoas se automedicam. Os números revelam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas que tomam remédios sem receita. Já os dados divulgados por um levantamento realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) apontam que os principais prescritores leigos e informais no Brasil são familiares (68%), balconista de farmácia (48%), amigos (41%) e vizinhos (27%). Os sintomas mais tratados com a automedicação são dor de cabeça (56%), febre (32%), resfriado (31%), dores musculares (28%), tosse (24%) e dor de barriga (18%). A maioria destes sintomas podem ser percebidos em todas as variantes da Covid-19 identificadas até o momento. 

Leia abaixo os cinco principais riscos para a saúde com a automedicação durante a pandemia: 

  1. O uso recorrente de medicamentos sem prescrição médica pode sobrecarregar os rins e fígado e ter como consequências outras doenças, como as insuficiências renal ou hepática.
  2. Dificultar o diagnóstico de determinadas doenças e atrasar o tratamento adequado, agravando o problema.
  3. Alguns medicamentos - como os antibióticos - se utilizados sem prescrição médica, podem aumentar a resistência dos microorganismos e comprometer a eficácia do tratamento.
  4. Medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos são os principais causadores de intoxicação pelo uso de remédios. A superdosagem pode levar até à morte.
  5. A interação com outros medicamentos ou problemas de saúde pré-existentes, como a diabetes, podem ser agravados com a automedicação. Por isso é importante a prescrição por um médico que conheça o histórico da pessoa que será tratada.

 


Consulta Remédios - marketplace mais utilizado por pacientes, profissionais da saúde e drogarias quando o assunto é medicamento, saúde e beleza.


Médico dá 5 dicas para ajudar na adesão ao tratamento do diabetes

O Brasil é o 3º país com maior prevalência de diabetes tipo 1  


“A adesão é o grau de correspondência entre as informações da equipe médica que assiste o paciente e o que ele realmente segue”, explica Dr. Felipe Martins Oliveira, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP). O médico aponta cinco dicas importantes para melhorar a adesão ao tratamento:

 

Dica 1 – Mantenha atenção nas cinco áreas que envolvem o tratamento: alimentação, exercício, teste de glicose, manejo de hipoglicemias e uso de insulina ou medicamentos.

 

Dica 2 – Esteja alinhado aos profissionais de saúde que cuidam de você: confira se a prescrição médica que segue é a mais atual e se você consegue compreender perfeitamente as instruções que estão nela. Na dúvida, entre em contato com a equipe de saúde.

 

Dica 3 - Estabeleça uma rotina escrita: marque em agenda ou calendário as ações realizadas no tratamento. No caso das medicamentos, faça um diário daquilo que precisa tomar da hora que se levanta até o momento de ir dormir. Respeite os horários e anote tudo, em ordem cronológica.

 

Dica 4 – Mantenha os medicamentos em lugares que sejam intuitivos para você: no móvel ao lado da cama, na pia da cozinha, enfim, nos lugares que julga serem os mais fáceis para você se lembrar de encontrá-los e realizar a medicação. “Caixas organizadoras que separam os comprimidos por dia da semana e horário de tomada são bem úteis”, comenta Dr. Felipe.

 

Dica 5 – Avalie se é necessário ter ajuda de alguém para coordenar o seu tratamento. Não é vergonha pedir ajuda!

 

O diabetes no Brasil - Os dados (leia aqui) da Federação Internacional do Diabetes (IDF) apontam que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países com adultos (20 a 79 anos) com diabetes em 2021 (e nas projeções para 2045); Somos o 3º país com maior prevalência de diabetes tipo 1 (92.300 pessoas), em pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos.

 

Insuficiência renal, problemas cardiovasculares, amputação de membros, cegueira e acidente vascular cerebral (AVC) são algumas das complicações causadas pelo diabetes mal controlado.

 


SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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A proteína SARS-CoV-2 interage com a proteína de Parkinson e promove a formação de amiloide


Relatos de casos de pacientes relativamente jovens com covid-19 que desenvolveram a doença de Parkinson semanas após a contração do vírus levaram os cientistas a se perguntar se poderia haver uma ligação entre as duas condições. Agora, pesquisadores relatando na ACS Chemical Neuroscience mostraram que, pelo menos no tubo de ensaio, a proteína N do SARS-CoV-2 interage com uma proteína neuronal chamada α-sinucleína e acelera a formação de fibrilas amiloides, feixes de proteínas patológicas que implicam na doença de Parkinson. 

Além dos sintomas respiratórios, o SARS-CoV-2 pode causar problemas neurológicos, como perda de olfato, dores de cabeça e "fog cerebral". No entanto, ainda é controverso se esses sintomas são causados ​​pelo vírus que entra no cérebro ou se os sintomas são causados ​​por sinais químicos liberados no cérebro pelo sistema imunológico em resposta ao vírus. Na doença de Parkinson, uma proteína chamada α-sinucleína forma fibrilas amiloides anormais, levando à morte dos neurônios produtores de dopamina no cérebro. Curiosamente, a perda do olfato é um sintoma pré-motor comum na doença de Parkinson. Esse fato, bem como relatos de casos de Parkinson em pacientes com covid-19, fez com que Christian Blum, Mireille Claessens e colegas se perguntassem se os componentes proteicos do SARS-CoV-2 poderiam desencadear a agregação de α-sinucleína em amiloide. Eles escolheram estudar as duas proteínas mais abundantes do vírus: a proteína spike (S-), que ajuda o SARS-CoV-2 a entrar nas células, e a proteína nucleocapsid (N-), que encapsula o genoma de RNA dentro do vírus. 

Em experimentos em tubo de ensaio, os pesquisadores usaram uma sonda fluorescente que liga fibrilas amiloides para mostrar que, na ausência das proteínas do coronavírus, a α-sinucleína exigia mais de 240 horas para se agregar em fibrilas. A adição da proteína S não teve efeito, mas a proteína N diminuiu o tempo de agregação para menos de 24 horas. Em outros experimentos, a equipe mostrou que as proteínas N- e α-sinucleína interagem diretamente, em parte por meio de suas cargas eletrostáticas opostas, com pelo menos 3 ou 4 cópias de α-sinucleína ligadas a cada N-proteína. Em seguida, os pesquisadores injetaram proteína N e α-sinucleína marcada com fluorescência em um modelo de célula da doença de Parkinson, usando uma concentração semelhante de proteína N como seria esperado dentro de uma célula infectada por SARS-CoV-2. Em comparação com células de controle com apenas α-sinucleína injetada, cerca de duas vezes mais células morreram após a injeção de ambas as proteínas. Além disso, a distribuição da α-sinucleína foi alterada nas células co-injetadas com ambas as proteínas, e estruturas alongadas foram observadas, embora os pesquisadores não pudessem confirmar que eram amiloides. Não se sabe se essas interações também ocorrem dentro dos neurônios do cérebro humano, mas se assim for, elas podem ajudar a explicar a possível ligação entre a infecção por covid-19 e a doença de Parkinson, dizem os pesquisadores.
 


 Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.


Fonte: Slav A. Semerdzhiev et al, Interactions between SARS-CoV-2 N-Protein and α-Synuclein Accelerate Amyloid Formation, ACS Chemical Neuroscience (2021). DOI: 10.1021/acschemneuro.1c00666


Fístula pós cirurgia bariátrica: quais os riscos?

Apesar de ser uma das principais preocupações do paciente, a incidência é de cerca de 1%


A fístula pós cirurgia bariátrica costuma ser uma grande preocupação dos pacientes que serão operados. Isso acontece porque, no início da cirurgia bariátrica, há 20 anos, quando ela era feita por laparotomia, abrindo o abdome por uma incisão, a fístula era um pouco mais frequente. Hoje, a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia, que é aquela feita por furinhos, chamada de cirurgia minimamente invasiva, é muito mais segura.

“A fístula – ou vazamento – é quando existe um extravasamento do conteúdo de dentro do estômago ou do intestino, através da linha de grampeamento ou na emenda entre o estômago e o intestino delgado, chamada de anastomose, ou mesmo na emenda do intestino delgado, o Y de Roux”, explica o cirurgião bariátrico Admar Concon Filho, presidente do Hospital e Maternidade Galileo. “Lembrando que essas emendas nós temos na cirurgia do by-pass, mas não temos na do sleeve. O sleeve tem apenas uma linha de grampeamento longa, onde também pode ocorrer uma fístula, mas a incidência é muito pequena”, complementa.

De acordo com o cirurgião, a fístula pode ocorrer em uma situação muito rara, em uma incidência de 1% - ou até menos – dos casos cirúrgicos. “Ela é mais frequente no paciente idoso, por isso deve-se operar o quanto antes; no paciente diabético ou com diabetes descompensado; e no paciente superobeso, com IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 50, em que as complicações, de forma geral, são mais frequentes. Por isso, nós orientamos e insistimos para que o paciente emagreça antes da cirurgia”, diz.

Quando acontece a fístula, é muito importante fazer o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento e evitar que o paciente evolua para um quadro infeccioso grave, quando a recuperação é mais difícil. A fístula pode ocorrer em até 12 dias após a cirurgia. Na maioria dos casos, ela ocorre em até dois dias. Um pouco menos comum, é a ocorrência até sete dias. E, mais raro ainda, até 12 dias do pós-cirúrgico.

“Os sintomas mais comuns da fístula são dor forte na barriga, presença de febre e de taquicardia, que é o aumento da frequência cardíaca. Quando o paciente apresenta esses sintomas, nós fazemos uma tomografia computadorizada para confirmar essa fístula. No exame, ele vai tomar um contraste por boca para sabermos se existe esse extravasamento”, explica Concon.

Caso a fístula seja confirmada, o paciente precisa passar por um tratamento cirúrgico para fazer a correção. “Muitas vezes, nós associamos tratamento endoscópico, que é a colocação de uma prótese dentro do estômago, fechando essa pequena abertura para acabar com o vazamento”, comenta o cirurgião.

Ele ressalta que a cirurgia bariátrica é um procedimento seguro, com riscos semelhantes aos de uma cesárea ou de uma retirada da vesícula. Os riscos de permanecer obeso são muito maiores que os de realizar o procedimento.


Saiba mais sobre a trombose pulmonar, doença que pode agravar os casos de COVID-19

Divulgação / MF Press Global
Coronavírus gera um estado pró-inflamatório e pró-trombótico nos pacientes mais graves



A trombose no pulmão, também conhecida como trombose pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP), é uma doença grave e de alta mortalidade, podendo ser até duas vezes mais letal que o infarto agudo do miocárdio. “O tromboembolismo pulmonar mata aproximadamente 13% dos acometidos e a mortalidade pode chegar em até 70% nos casos de TEP maciço, somando aproximadamente 100 mil mortes só nos Estados Unidos”, contextualiza o médico cardiologista Roberto Yano.

Por que essa doença é tão grave e fatal? O Doutor Roberto Yano explica: "na maioria dos casos, forma-se um coágulo em alguma veia profunda da perna. Então este coágulo, pode se desprender e ir em direção da artéria pulmonar, entupindo a artéria, o que irá prejudicar a troca gasosa de oxigênio. O sangue do paciente torna-se incapaz de carregar oxigênio suficiente para nutrir todas as nossas células”, afirma Doutor Yano.

Os sintomas da doença são falta de ar, tosse, tosse com sangue, tontura, dor no peito, respiração rápida, desmaio e pode gerar até mesmo morte súbita. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o mais rápido possível e salvar a vida do paciente.



Diagnóstico

O cardiologista Roberto Yano descreve como a doença pode ser diagnosticada: ”podemos realizar um ultrassom venoso das pernas quando suspeitamos de trombose venosa profunda. Pois é dela que se origina o trombo que pode levar à TEP. Além disso, o tratamento inicial, seja para trombose das pernas ou do pulmão, será na maioria dos casos o mesmo: uso de anticoagulantes” contextualiza o especialista em cardiologia.

Um exame para excluir o TEP é o dímero D: “quando o valor do exame está normal, descartamos a doença. Caso haja alteração no resultado, é dada continuidade à investigação da patologia. Atualmente, um dos exames mais utilizados para diagnosticar a doença é angiotomografia pulmonar”, alerta o médico Roberto Yano. Outros exames utilizados são a cintilografia pulmonar e o cateterismo pulmonar.



Fatores de risco e prevenção

Os fatores de risco para o tromboembolismo pulmonar são: tabagismo, imobilização ou cirurgia nas últimas 4 semanas, viagens longas de mais de 5 horas, obesidade e câncer. “Para prevenção, é essencial se movimentar e se exercitar diariamente. Alimentar-se de forma saudável e no caso de cirurgia e tentar na medida do possível, movimentar o membro conforme a orientação do seu médico”, informa o cardiologista Roberto Yano.

  

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e Associação Médica Brasileira (AMB). Hoje suas redes sociais contam com um número expressivo de seguidores, #amigosdocoracao. São mais de 1 milhão de seguidores bem engajados entre Facebook, Youtube e Instagram.O seu intuito é divulgar informações valiosas aos seus seguidores sempre visando os preceitos do código de ética médico.


Turismo da beleza: Estrangeiros aproveitam o cambio e mergulham nas clínicas de estéticas


A diferença cambial favorável e a excelente relação custo-benefício fazem da capital carioca um destino potencial para outros tratamentos de saúde. Os turistas americanos economizam cerca de 30% em tratamentos estéticos no Brasil.

Brasil, janeiro de 2022: Fatores como segurança hospitalar, fama internacional e custo reduzido tem atraído cada vez mais os estrangeiros a virem ao Brasil exclusivamente para realizar cirurgias e outros procedimentos estéticos. Segundo o Ministério do Turismo, os eventos de estética vêm impulsionando as viagens de negócios no país, tornando- se líder no setor de turismo estético e tendo a cidade do Rio de Janeiro como principal destino brasileiro.

De acordo com a Patients Beyond Borders, o tamanho do mercado atual gira entre US$ 65 e 87,5 bilhões. São cerca de 24 milhões de pacientes, que gastam uma média de US$ 3.410 por visita, incluindo custos médicos, serviços locais, transporte, internação, acomodação e tratamentos estéticos

Já para 2022, o Ministério do Turismo, além de focar no turista brasileiro, que enfrenta a dificuldade da alta cotação das moedas estrangeiras para viajar para o exterior, pretende promover o Rio de Janeiro no exterior, estado que promete serviços plásticos e estéticos de alta qualidade a preços acessíveis, atraindo cada vez mais pacientes viajantes internacionais para cuidar da saúde e bem-estar.

Mediante esse cenário, quem está surfando nessa onda da capital carioca são os empreendedores.  O Rio de Janeiro está entre as 30 melhores cidades do Brasil para se abrir uma franquia, informa um estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Analisando os dados favoráveis, os amigos Yuri Bastos, Anderson Braga, Leonardo de Siqueira, e Joemar Narciso resolveram abrir uma franquia da rede de estética Ad Clinic em Copacabana. A empresa é uma das franchisings mais bem-sucedidas dos últimos anos.

A clínica, que hoje conta com mais de 100 procedimentos estéticos, tem um ranking com os tratamentos mais procurados: Depilação a Led, Aplicação de Enzimas para emagrecimento, Lipos sem cortes, Botox, Preenchimento e Harmonização Facial, sempre proporcionando o que há de melhor nos tratamentos corporais e faciais, com segurança, autocuidado e saúde para seus clientes.

Joe, Leonardo e Yuri já investiram antes na franquia e na sociedade, com a parceria tendo início na unidade da Ad Clinic Downtown, na Barra da Tijuca, também no Rio. Agora, o mais novo integrante, Anderson Braga, vendo os o sucesso e a competência dos amigos, decidiu embarcar nos negócios.

“Sei o quão importante é empreender e é isso que eu estou fazendo. Tenho certeza de que fiz uma boa escolha, afinal os dados são promissores, a franquia tem resultados incríveis, acompanhei de perto o processo com meus amigos. Tenho a intenção de proporcionar mais que um procedimento estético para os cariocas, mas sim uma experiência de bem-estar completo”, comenta Anderson.

Ainda de acordo com a ABF, o Brasil é o quarto maior mercado de estética e beleza, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. Ainda segundo a Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, (ABIHPEC) o setor cresceu cerca de 567%, envolvendo mais de 480 mil profissionais. No ramo de franquias, na área da Saúde, Beleza e Bem-estar, faturou-se aproximadamente R$34,2 bilhões.

Para o CEO da franquia, Rodrigo Nunes, que transformou R$ 5 mil de investimento inicial em franquias com faturamento de R$ 32 milhões e já anunciou 600 operações até 2024, sendo 10 unidades internacionais, afirma que agora é o melhor momento de investir . “Em tempos de crise, é onde se vê os melhores resultados, nessa hora o empreendedorismo cria asas”. Afirma

O mais surpreendente de tudo é que a rede de estética iniciou com um investimento do casal no valor de R$ 5 mil em panfletos para divulgar a primeira loja. Enquanto Aline Medici, sócia e namorada, realizava os procedimentos estéticos, Rodrigo panfletava nas ruas para atrair mais clientes.

 

 

AD CLINIC COPACABANA

Av. Nossa Sra. de Copacabana, 1155 - Copacabana, Rio de Janeiro

Tratamentos Faciais e Corporais Exclusivos

Instagram: https://www.instagram.com/adclinic.copacabana/?utm_medium=copy_link

 

Ranking dos 10 carros mais baratos em 2022


Preço do carro zero dispara e Brasil se torna um dos 5 países mais caros do mundo para se ter um carro

 

Nos últimos anos o preço dos carros zero subiram consideravelmente. Somente no ano de 2021, os preços dos carros populares tiveram um aumento de 26,83% a 47,95%.

O aumento foi tão grande, que hoje dificilmente é possível encontrar um carro zero por menos de R$50.000.

É o que revela um estudo divulgado pela plataforma CupomValido.com.br que compilou preços dos veículos da Tabela FIPE e dados da Scrap Car Comparison.

Veja abaixo o ranking dos top 10 carros mais baratos do Brasil com os preços já atualizados em 2022.

 


 

Ranking dos 10 carros mais baratos do Brasil

Antes do início da pandemia, em janeiro de 2020, era possível encontrar um carro popular zero por aproximadamente R$35.000.

Em janeiro de 2021, o preço subiu para aproximadamente R$38.000. Em 2022, já são pouquíssimas as opções na faixa de R$50.000.

Atualmente o Fiat Mobi é o carro mais barato do Brasil, custando R$49.949.

No segundo lugar está o Renault Kwid, custando R$50.240. Neste caso, podemos até considerar um empate técnico, uma vez que a diferença entre os dois, é de apenas 0,58%.

 


 

Brasil é o 5º país mais caro do mundo para se ter um carro

O estudo comparou o preço da compra e manutenção de um automóvel, em relação à renda média salarial de cada país. Assim, é possível comparar o poder de compra entre os diversos países.

O resultado é que o Brasil ficou na 5ª colocação, como um dos países mais caros do mundo. Os brasileiros precisam gastar 441,89% do rendimento médio anual para se comprar e manter um carro zero.

No ranking, o Brasil só fica atrás de dois países da América Latina (Uruguai e Colômbia), e da Turquia e Argentina, dois países que estão passando por severas crises econômicas e inflação descontrolada.

 

Por que os preços subiram tanto?

A alta dos preços dos automóveis está relacionada a diversos fatores.  O primeiro é a pandemia, que paralisou a montagem de veículos por alguns meses. Mais recentemente, a indústria sofreu com a escassez de componentes eletrônicos.

Estes dois fatores fizeram com que os preços dos veículos aumentassem no mundo todo. Porém, aqui no Brasil houve um fator adicional que contribuiu ainda mais na subida dos preços.

Como o real se desvalorizou perante o dólar nos últimos meses, isso fez com que o preço da importação das peças e componentes para a fabricação dos automóveis também fossem encarecido, o que fez com que nós brasileiros tivéssemos um aumento ainda maior que em outros países.

 

Fonte: Tabela FIPECupomValido.com.brScrap Car Comparison


5 riscos da automedicação durante a pandemia

Pesquisa revela que uma em cada quatro pessoas "tratou precocemente" ou "preveniu" a Covid-19. Consequências podem levar à morte 


25% das pessoas se automedicam com o chamado "tratamento precoce" para "prevenção" da Covid-19.

 

A automedicação traz riscos para o organismo e pode levar à identificação tardia de diversas doenças. Mas durante a pandemia a situação é ainda mais preocupante. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revela que mesmo no segundo ano da pandemia, em 2021, uma em cada quatro pessoas "tratou precocemente" ou "preveniu" a Covid-19 com o uso de medicamentos sem orientação médica ou comprovadamente ineficazes no combate e prevenção da doença. 

A farmacêutica do marketplace Consulta Remédios, Francielle Mathias, explica que o simples ato de tomar remédios sem a recomendação médica pode ser prejudicial à saúde. "Os riscos da automedicação vão além do agravamento da doença. Os sintomas podem ser mascarados e, ao procurar atendimento, o caso pode ser irreversível, levando até mesmo à morte." 

A especialista comenta que é comum as pessoas terem uma pequena farmácia em casa para amenizar sintomas como dores de cabeça ou musculares, resfriados ou crises alérgicas. "O alívio dos sintomas, especialmente no caso da Covid-19 e que muitas vezes podemos confundir com um resfriado, pode retardar o tratamento adequado. Ou seja, podemos ter uma situação crítica que teria sido evitada sem a automedicação." 

De acordo com uma pesquisa realizada em 2020 pelo Consulta Remédios, 73% das pessoas se automedicam. Os números revelam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas que tomam remédios sem receita. Já os dados divulgados por um levantamento realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) apontam que os principais prescritores leigos e informais no Brasil são familiares (68%), balconista de farmácia (48%), amigos (41%) e vizinhos (27%). Os sintomas mais tratados com a automedicação são dor de cabeça (56%), febre (32%), resfriado (31%), dores musculares (28%), tosse (24%) e dor de barriga (18%). A maioria destes sintomas podem ser percebidos em todas as variantes da Covid-19 identificadas até o momento. 

Leia abaixo os cinco principais riscos para a saúde com a automedicação durante a pandemia: 

  1. O uso recorrente de medicamentos sem prescrição médica pode sobrecarregar os rins e fígado e ter como consequências outras doenças, como as insuficiências renal ou hepática.
  2. Dificultar o diagnóstico de determinadas doenças e atrasar o tratamento adequado, agravando o problema.
  3. Alguns medicamentos - como os antibióticos - se utilizados sem prescrição médica, podem aumentar a resistência dos microorganismos e comprometer a eficácia do tratamento.
  4. Medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos são os principais causadores de intoxicação pelo uso de remédios. A superdosagem pode levar até à morte.
  5. A interação com outros medicamentos ou problemas de saúde pré-existentes, como a diabetes, podem ser agravados com a automedicação. Por isso é importante a prescrição por um médico que conheça o histórico da pessoa que será tratada.

 


Consulta Remédios - marketplace mais utilizado por pacientes, profissionais da saúde e drogarias quando o assunto é medicamento, saúde e beleza.


O avanço no uso de dados por profissionais de marketing para o desenvolvimento de mídias mais assertivas

Informações de qualidade serão essenciais para marcas melhorarem a relação com o público

 

Os dados se tornaram um componente essencial para os setores de marketing. Isso porque, a partir de informações levantadas junto ao público, os profissionais conseguem criar campanhas digitais, ou mesmo crossmedia, cada vez mais assertivas e eficientes. 

Desde 2020, há uma busca incansável no sentido de coletar informações de alta qualidade e torná-las mais acessíveis, com base nos desejos dos consumidores. De acordo com 65% dos profissionais de marketing, a opinião dos clientes é o fator mais importante para as tomadas de decisões de companhias de todos os portes – essa porcentagem subiu 10% desde 2020, dada a relevância do assunto. As informações fazem parte do relatório Tendências & Previsões de Mídia 2022, da Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

Já o estudo Media Navigator – estratégias de dados para o crescimento de marcas, também da Kantar, revela ainda que 64% dos anunciantes acreditam que os dados de alta qualidade crescerão nos próximos anos e serão fundamentais para as marcas. Além disso, 76% das empresas buscam informações mais dinâmicas, dialogando e colaborando com agências para isolar as variáveis que podem trazer mais lucro para a companhia. 

Em 2022, as marcas terão de controlar os dados disponíveis para tomar decisões criativas de forma mais rápida, gerando crescimento e se destacando diante da concorrência. Além disso, o uso de dados primários – que são coletados diretamente com os clientes – serão essenciais para as empresas melhorarem a relação com os consumidores e criarem campanhas voltadas para eles. 

Para isso, as companhias também deverão investir em sistemas eficazes de segurança, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Dessa forma, passarão mais credibilidade aos clientes, que se sentirão confortáveis em compartilhar as informações pessoais. 

Dentro desse cenário, valerá a pena firmar parcerias com consultorias e empresas de inteligência de dados. Essa união ajudará as empresas a compreender de modo eficiente quais tipos de anúncios os consumidores preferem e como criar mídias específicas da marca.

 

 Kantar

www.kantar.com/brazil


Especialista explica como é possível tirar as finanças do vermelho durante a pandemia

Thiago Martello revela pontos importantes que podem salvar a vida financeira de muitas famílias nesse período instável


Durante a pandemia, a saúde financeira de várias famílias brasileiras entrou em risco por diversos motivos diferentes. Desde a falta de empregos no país, até a alta nos preços de qualquer produto no mercado. São diversos os fatores que contribuem para esse cenário. 

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, existem algumas maneiras para se precaver ou superar esses momentos, começando com a análise de tudo o que é cobrado de forma automática, mas teve seu uso reduzido durante o período de Covid. "O isolamento fez do home office uma obrigatoriedade no estilo de trabalho. Com isso, a utilização de dados móveis nas redes 3G ou 4G diminuiu e as pessoas passaram a utilizar mais a internet fixa (wi-fi) de casa. Portanto, alguns indivíduos podem reduzir o valor desse pacote de telefonia móvel", relata.

Além disso, serviços como TV a cabo e streaming de filmes e músicas podem tomar grande parte do orçamento e serem pouco aproveitados. "São serviços que muitas vezes colocamos para cobrança automática ou no cartão de crédito. Com frequência, essas cobranças caem no esquecimento e os pacotes não são utilizados em sua totalidade", revela Martello.

Também é possível tentar renegociar outros serviços, como plano de saúde, aluguel e financiamento da casa, criando uma portabilidade de dívida ou atualizando sua taxa de juros para um valor menor, reduzindo o montante daquelas contas.

Com o advento da tecnologia diversas atividades se tornaram rotineiras, mas algumas delas acabam trazendo despesas enormes a longo prazo. É o caso dos aplicativos de Delivery, por exemplo. Martello acredita que é necessário criar uma rotina de planejamento. "Para economizar, é indicado se organizar no final de semana pensando nas principais refeições que serão realizadas durante a semana e deixar os alimentos pré-preparados, pois a rotina nos dias úteis costuma ser mais corrida. Desta forma, o bolso e alimentação estarão saudáveis", pontua.

Já para os apps de transporte, o educador financeiro vê a necessidade de uma readequação da sociedade, usando meios alternativos que ajudem a fechar a conta no fim do mês. "Vale levar em consideração que de R$7,00 em R$7,00 uma tonelada de dinheiro gasto é formada durante um período. Adiante-se para ir aos compromissos marcados, utilize transporte público ou meios alternativos como patinete ou bicicleta, ou até mesmo uma carona com um colega", detalha.

Em situações em que a economia está mais abalada, o especialista sugere que a família faça uma busca pelos itens que não são mais usados e podem ser vendidos. "Vasculhe e separe tudo o que não foi usado nos últimos seis meses e está em bom estado, como roupas e eletrodomésticos que outras pessoas possam comprar. Com isso, é possível iniciar o processo de tirar fotos e anunciar nas redes sociais ou em sites especializados. Também é possível vender os dias de férias disponíveis para a empresa em que você trabalha. Normalmente, ao realizar essas ações, é feita uma injeção de capital considerável para todos os integrantes do lar, que pode ser um “salvador” nas contas mensais ou até mesmo para pagar alguma dívida em atraso", finaliza.

 


Thiago Martello - Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida e que transformou a vida de muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/

 

Como a tecnologia certa pode ajudar a lidar com a crescente quantidade de dados, trazer mais segurança para os pacientes e reduzir custos da assistência médica

O sistema de saúde vive em constante pressão por maior eficiência e melhor controle de custos. Embora algumas barreiras tenham sido quebradas nesses últimos anos, ainda existem vários desafios a serem superados, muitos deles relacionados à falta de emprego de tecnologia (na medida certa) para lidar com o elevado volume de informações.

As principais perguntas são: como os hospitais têm trabalhado com a tecnologia para melhorar a disponibilidade da informação para médicos, time de enfermagem, farmacêuticos, de forma a aumentar a segurança do paciente? Como esta informação tem sido utilizada para reduzir os custos dos tratamentos?

Nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 15% da atividade e das despesas hospitalares são decorrentes de eventos adversos. Os erros de medicação são uma das principais causas de lesões e danos evitáveis nos sistemas de saúde: globalmente, o custo anual associado a isto foi estimado em US 42 bilhões. Já no Brasil, R 10 bilhões foram consumidos pelos eventos adversos, no ano de 2017, somente na saúde suplementar, segundo a pesquisa mais recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG).

É nesse cenário que a tecnologia se apresenta como uma forte aliada dos serviços de saúde. Não é mais possível imaginar uma instituição de saúde segura sem recursos de suporte à decisão clínica (CDS “Clinical Decision Support”). Hoje, o seu emprego está diretamente relacionado à qualidade e segurança assistencial prestada ao paciente. Ela ajuda a padronizar os processos e, ao mesmo tempo, viabilizar um atendimento personalizado, diminuindo erros de diagnósticos e mantendo uma relação mais humanizada. Sem o apoio da tecnologia, por exemplo, um farmacêutico clínico passa várias horas do dia revisando prescrições, ou então, assim como médicos, no caso de dúvidas, tem que recorrer aos livros.

Este tipo de recurso é também fator impactante no que tange à redução de custos e sustentabilidade, que é o segundo maior objetivo de uma instituição de saúde (o primeiro segue sendo a segurança do paciente, obviamente).

A tecnologia atualmente disponível já nos permite oferecer uma ajuda efetiva para estes profissionais. Sabemos o quanto é importante que o médico (durante o atendimento) e o farmacêutico também contem com o apoio de uma solução que concatene e avalie um conjunto de informações, tanto sobre o que está sendo prescrito, como a respeito das condições clínicas; exames mais adequados naquele caso; previsão de alta; abordagens possíveis; dosagens; alergias; duplicidades de drogas; interações medicamentosas; condições genômicas alteradas etc.

Ferramentas de automação e soluções que empregam evidências científicas são cruciais para viabilizar a fármaco segurança e a fármaco economia. Trazer informações relevantes, com aprofundamento sob demanda, validadas cientificamente, estruturadas e confiáveis são fatores para qualidade e segurança, e acima de tudo, sustentabilidade, em especial em sistemas públicos. Ou seja, assegurar simultaneamente aumento de qualidade e redução de custos.

Tecnologias avançadas conseguem mapear todos os dados ao mesmo tempo e ainda criar milhões de combinações, agregando capacidade analítica e oferecendo as melhores respostas para a tomada de decisão do médico. Obviamente, este tipo de transformação digital não é para todos. Inserir tecnologia nas atividades apenas por modismo, sem objetivos claros e sem o apoio do corpo clínico pode trazer muito desconforto, aumentar os custos e piorar a qualidade da assistência. É necessário o autoconhecimento para se obter reais benefícios.

Em suma, as instituições de saúde precisam da tecnologia certa, na médica certa. E é isso que irá responder aos desafios de segurança, custos e de colocar o paciente, sempre, no centro de tudo.



Matheus Barbosa - Gerente de Canais & Alianças para Medi-Span Clinical na Wolters Kluwer, empresa líder global no fornecimento de informações profissionais, soluções e serviços para médicos e enfermeiros.


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