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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Como manter a qualidade de vida durante a quimioterapia


Especialista dá dicas para lidar com os efeitos colaterais causados pelo principal tratamento para combater o câncer


Com mais de 600 mil novos casos por ano no Brasil, a quimioterapia ainda representa um dos principais métodos para o tratamento do câncer. O procedimento consiste no emprego de compostos químicos, ou na combinação deles, que destroem e impedem que as células cancerígenas se espalhem pelo corpo. Porém, muitos medicamentos podem acabar afetando as células saudáveis também, acarretando nas conhecidas e muito temidas, reações adversas.

Vale ressaltar que, assim como a quimioterapia não é a mesma para cada paciente, os efeitos secundários também podem variar de pessoa para pessoa. Entre os sintomas mais comuns está fadiga, vômitos e náuseas, a perda do apetite e do cabelo. Porém, da mesma forma que os tratamentos evoluíram, atualmente também já existem formas de controlar os efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico.


Queda de cabelo

A técnica, chamada de Crioterapia ou Scalp Cooling (em inglês), aumenta as chances de preservação dos fios durante o processo da quimioterapia. Ela consiste no uso de uma touca gelada, que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.

"Hoje uma estratégia para tentar reduzir ou evitar a perda de cabelo, são aparelhos que causam o resfriamento do couro cabeludo durante a administração da quimioterapia. O frio faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, assim menos sangue passa por partes do corpo que estão geladas. A ideia por trás dessa estratégia é fazer com que menos quimioterapia circule pela pele do couro cabeludo, reduzindo assim o efeito de queda de cabelo", pontua o Dr. Felipe Ades, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO).


Vomito e náusea

Muitos medicamentos podem irritar o trato gastrointestinal, ocasionando em náuseas e vômitos que podem ocorrer logo após a sessão, algumas horas ou até mesmo dias depois. "Para evitar estes efeitos colaterais existem inúmeros medicamentos que podemos utilizar. O desenvolvimento de antieméticos foi uma das áreas de maior avanço na oncologia nos últimos 30 anos. Antes do início do tratamento administramos a "pré-quimioterapia" com medicamentos para evitar náuseas e vômitos, além de antialérgicos, dependendo do tipo do medicamento. Depois do tratamento podemos seguir por 2 a 3 dias com comprimidos em casa. Também tem papel importante nesses casos a alimentação. A indicação é comer alimentos que são fáceis de digerir e beber água em pequenos goles para se manter hidratado", sugere o oncologista.

O gengibre se mostrou um bom aliado para combater esse efeito colateral, mesmo que em pequenas quantidades. Frutas cítricas também podem ajudar, devido a grande presença de ácido fólico, que estimula a produção de ácidos digestivos e ainda podem reduzir outro efeito comum, a boca seca. Algumas pessoas têm bastante alívio deste sintoma tomando água gelada com gotas de limão ou abacaxi. Evitar alimentos gordurosos, apimentados ou com cheiro intenso também pode auxiliar.


Fadiga

A fadiga é um dos sintomas mais apresentados nos pacientes oncológicos, atingindo cerca de 75% a 95% dos doentes, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esse sintoma pode surgir em decorrência da própria doença, pela baixa ingestão de calórica, pelo tratamento quimioterápico ou ainda por fatores psicológicos, como a depressão. A Medicina Integrativa, abordagem que une técnicas corporais não invasivas como acupuntura, musicoterapia, yoga, suporte emocional, psicologia vem conquistando cada vez mais espaço em centros médicos.

"Pessoas que se exercitaram durante o tratamento apresentaram uma melhor qualidade de vida, menos cansaço, menos ansiedade e depressão e menos problemas com o sono. Esses resultados foram conseguidos com vários tipos diferentes de exercícios indo de caminhada, bicicleta, treinos em academia, até levantamento de peso e yoga. Todos estes tipos de atividade física foram avaliados em estudos clínicos e comprovadamente melhoram a fadiga, mas vale ressaltar que são indicados apenas para pessoas que estão dispostas. Caso a pessoa se sinta cansada depois do tratamento o melhor é repouso e retomar os exercícios alguns dias depois", finaliza Ades.






Grupo Oncoclínicas


Cuidados simples ajudam a asma não estragar suas férias

Jornada de trabalho, organização doméstica, trabalhos da faculdade, a rotina multidisciplinar da criançada. A correria do dia a dia faz com que uma palavra não saia das nossas cabeças: férias. Mas quem tem asma, doença crônica que afeta as vias áreas e gera dificuldade de respiração1, precisa estar atento para aproveitar por completo os dias de descanso. Alguns cuidados simples podem evitar crises e garantir o aproveitamento deste período tão desejado.

1.   Cuidado com resfriados
Evite mudanças bruscas de temperatura como, por exemplo, as alterações provocadas por ar condicionado, torna o corpo mais vulnerável a resfriados2que, consequentemente, podem provocar sintomas de asma. 

2.    Beba bastante água
No inverno, temos a tendência a beber menos água. Porém, o funcionamento do aparelho respiratório sofre uma alteração que pode levar à desidratação por causa da baixa umidade do ar2. Beber bastante líquido por dia pode amenizar este quadro.

3.   Atenção às casas de temporada
Certifique-se que a casa ou apartamento é arejado. Providencie uma limpeza prévia, com pano de chão úmido, e evite objetos que acumulam poeira, como tapetes, cortinas e carpetes3. Também é importante ter os ventiladores limpos e o ar condicionado com a manutenção em dia.

4.    Não esqueça os medicamentos de controle
Você está de férias, sua asma não. Mantenha o uso dos medicamentos de controle conforme a prescrição do seu médico2. Providencie dosagens extras para sua mala de viagem, caso você não saiba se o medicamento é comercializado no seu local de destino, e leve sempre a receita médica com você.




Referências
1.    ABC DA SAÚDE. Asma, 2010. Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/pneumologia/asma>. Acesso em: 17 jan. 2018.
2.    MINHA VIDA.Asma: sintomas, tratamentos e causas, 2013. Disponível em:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/asma. Acesso em: 17 jan. 2018. 
3.    INSTITUTO DA CRIANÇA. Asma. Disponível em: <http://icr.usp.br/interna.aspx?portalid=@LDKRLUJ&areaid=EJGLNQQO&pagid=JQDGTMRQ&navid=-1&menuid=-1&AC=>. Acesso em: 17 jan. 2018.


Atividade física é uma grande aliada para combater o estresse


 O ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, Dr. Luiz Antonio Vianna Lopes, explica como o corpo funciona durante o processo agressor


Sobrecarga de trabalho, mudanças na rotina, tensões diversas, privação de sono e repouso, problemas financeiros e sociais, entre outros fatores podem contribuir para um quadro de estresse. De acordo com o Dr. Luiz Antonio Vianna Lopes, ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, o organismo passa por três estágios e a atividade física é essencial para auxiliar o problema. “Primeiro o agente agressor é reconhecido e o sistema neuroendócrino ativado. Depois entra o estágio de resistência ou adaptação e, por fim, o de exaustão. Se o indivíduo passa a se exercitar, os níveis de neurotransmissores noradrenalina e serotonina aumentam, melhorando o humor; sem contar na redução da ansiedade e liberação maior de endorfinas.”

Quando o corpo reconhece a mudança de quadro, as glândulas passam a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, além de reduzir a digestão e a libido. “Caso avance para o segundo estágio, podem aparecer ulcerações no aparelho digestivo, irritabilidade, insônia, mudanças de humor, depressão e diminuição do desejo sexual. Em relação às modificações cognitivas, pode haver um decréscimo da concentração, deteriora-se a memória de curto e longo prazo, a velocidade de resposta reduz, e aumentam os índices de erros, as ilusões e os distúrbios de pensamentos”, complementa o especialista.

O sedentarismo é responsável por alterações sistêmicas no organismo, como doença arterial coronariana, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, câncer de cólon, câncer de mama, diabetes tipo 2 e osteoporose. Na infância é ainda mais grave, sendo o principal responsável pela obesidade juvenil, o que pode interferir no estado geral de saúde e desenvolvimento de doenças neuroendócrinas, neuromusculares, osteoarticulares, renais e cardiovasculares.

De acordo com o especialista, a atividade física permite que a pessoa se supere aos poucos. “Por aumentar os níveis dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina, o estado de humor melhora. Durante a prática, há um aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, estimulando mais o hemisfério direito cerebral em relação ao esquerdo, gerando respostas emocionais positivas como redução da ansiedade. Dependendo da intensidade e duração do exercício, há uma maior liberação das endorfinas, que atuam como neurohormônios e neurotransmissores.”







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